PROTESTOS CONTRA A CORRUPÇÃO MARCAM SESSÃO NO SENADO
O Globo
As manifestações populares realizadas no dia 7 de setembro em algumas capitais do país para protestar contra a corrupção foram, novamente, o tema principal dos discursos no Plenário do Senado nesta sexta-feira. O primeiro a tratar do assunto foi o senador Pedro Simon (PMDB-RS), que felicitou os manifestantes e recomendou à presidente Dilma Rousseff firmeza no combate à corrupção. Em seguida, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) também elogiou a iniciativa da população, mas questionou o alcance dos protestos, observando que eles enfocam problemas imediatos, enquanto o Congresso é a instância responsável por refletir e formular leis sobre temas de longo prazo. Por sua vez, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) disse que a corrupção é uma das principais causas da precariedade do sistema de saúde brasileiro e afirmou que não adianta destinar mais recursos ao setor sem combater o desvio. (Agência Senado)
CGU: ‘SE APONTÁSSEMOS RESPONSÁVEIS ELES IRIAM GRITAR’
Lula Marques/Folha
O ministro Jorge Hage, chefe da Controladoria-Geral da União abespinhou-se com as críticas ao relatório da auditoria feita na pasta dos Transportes.
O documento aponta o milagre da subtração das verbas (R$ 682 milhões) sem mencionar os nomes dos santo$. Ouviram-se queixas generalizadas.
E Hage: “Se apontássemos responsáveis antes de ouvir um por um, em processos disciplinares específicos, essas mesmas pessoas iriam gritar, e aí com razão.”
O ministro recomenda calma: “Não adianta ficar ansioso e querer atropelar os prazos legais de defesa…”
PARA ROBERTO GURGEL, RDC PARA LICITAÇÕES DE OBRAS DA COPA É INCONSTITUCIONAL
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou nesta sexta-feira, 9, ao Supremo Tribunal Federal (STF) ação direta de inconstitucionalidade contra a Lei do Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), aprovada recentemente para viabilizar as obras da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. A Lei nº 12462/11 trata do RDC e de outros assuntos. Na ação enviada ao Supremo, Gurgel pede ainda medida cautelar para que, até final do processo, haja a suspensão da eficácia da lei. Para Gurgel, segundo texto publicado no site da Procuradoria-Geral da República, a lei contraria a vertente da legalidade. Ele argumenta que a norma não fixa parâmetros mínimos de identificação das obras, serviços e compras que devam seguir o RDC. “Como está fora de discussão a relevância dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016 e da Copa do Mundo de 2014, a mera referência a necessidades a eles vinculadas não oferece limitação alguma ao exercício da competência administrativa”, enfatiza o procurador-geral na ação. (Agência Estado)
BZ-Duro neles Dr. Gurgel, os defensores do RDC querem mesmo é se locupletarem.
MINISTRO DIZ QUE META DE CRIAÇÃO DE EMPREGO EM 2011 NÃO SERÁ CUMPRIDA
A meta de geração de 3 milhões de novos empregos em 2011 não será cumprida, segundo informou nesta sexta-feira o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Ele afirmou que já está revisando para baixo a estimativa feita no começo do ano. “A tendência é que esse ano não seja tão bom quanto a gente esperava. Vai ficar um pouco menos de 3 milhões. Estamos fazendo os cálculos e vamos divulgar na semana que vem”, afirmou ele sem detalhar qual seria a nova projeção. Lupi explicou que a geração mensal de vagas está num ritmo menor agora por conta de uma desaceleração da economia e da forte entrada de produtos importados, que está prejudicando as contratações na indústria. (Reuters)
MOBILIZAÇÃO POR ÉTICA FAZ CONTAS PARA NOVOS ATOS
As manifestações do 7 de Setembro contra a corrupção foram “um primeiro passo” e têm razões de sobra para crescer, mas não será fácil fazê-las superar os desafios e ganhar peso na sociedade. É assim que ongueiros, entusiastas e estudiosos veem os protestos da terça-feira em Brasília, São Paulo e outras capitais, cujos organizadores já marcaram para 12 de outubro uma segunda etapa da cruzada. “É um movimento positivo, só esperamos que não se torne um simples modismo”, diz o presidente do Ministério Público Democrático (MPD), Claudionor Mendonça dos Santos. Além disso, atacar a corrupção é complicado, adverte. “No caso, seria preciso as pessoas pararem de ver a sociedade como vítima dos políticos, porque ela é, em grande parte, coautora das irregularidades.” Animada com o que viu, Silva Kosac, do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), diz que as passeatas são “só um pedacinho” da luta. “No meu dia a dia, percebo que cada vez mais brasileiros estão dispostos a fazer algo prático contra a corrupção”, afirma. (Agência Estado)
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