terça-feira, 31 de março de 2015

ESCANDALÔMETRO: MENSALÃO, TREMSALÃO, PETROLÃO...

31/03/2015
PRESIDENTE DA CAMARGO CORRÊA PASSA A CUMPRIR PRISÃO DOMICILIAR APÓS ACORDO DE DELAÇÃO PREMIADA 
Dalton Avancini, um dos mega empresários presos graças à firmeza do juiz Sérgio Moro
O presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, foi solto na manhã desta segunda-feira (30). O executivo estava detido na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba, e vai cumprir prisão domiciliar em casa, em São Paulo, após fechar acordo de delação premiada. 
Avancini estava preso desde novembro, acusado de lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa. 
Durante o período da prisão domiciliar, Avancini será monitorado por tornozeleira eletrônica. 
Atualmente, Paulo Roberto Costa e Eduardo Leite, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras e vice-presidente da construtora Camargo Corrêa, respectivamente, também cumprem pena em casa. 
Em depoimento da delação premiada, Avanicini informou que a empresa pagou pouco mais de R$ 100 milhões em propina para obter contratos de obras na usina de Belo Monte. Ainda segundo Avancini, o valor foi dividido entre PT e PMDB, com cada um dos partidos levando 1% do valor dos contratos. 
A colaboração do empresário foi homologada também nesta manhã pelo juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara de Curitiba, no Tribunal de Justiça do Paraná. 


AÇÃO COLETIVA CONTRA PETROBRAS NOS EUA CITA GRAÇA, GABRIELLI E PWC COMO RÉUS 
Gabrielli e Graça Foster
A queixa consolidada da ação coletiva contra a Petrobras nos EUA cita 15 pessoas como réus, entre elas os ex-presidentes da companhia Maria das Gracas Foster e José Sérgio Gabrielli. Também é acusada a PwC, responsável pela auditoria dos balanços financeiros da petrolífera. 
O documento foi submetido nesta segunda-feira na Corte do Distrito Sul de Nova York pela firma de advocacia Pomerantz. 
O escritório representa o Universities Superannuation Scheme (USS), o maior fundo de pensão da Grã-Bretanha que foi apontado como líder do processo pelo juiz do caso no início de março. 
A ação coletiva acusa a Petrobras, duas de suas subsidiárias internacionais e vários dos seus executivos de promoverem um “esquema multibilionário de corrupção e lavagem de dinheiro, que durou vários anos e foi escondido dos seus investidores”
Podem ser beneficiados pelo processo qualquer investidor que tenha adquirido papéis da Petrobras, incluindo títulos de renda fixa emitidos no exterior, entre 22 de janeiro de 2010 e 18 de março de 2015. Rennan Setti, O Globo 
BZ-Essa é uma diferença entre o antigo e pequeno Mensalão e o atual e gigantesco Petrolão. Aqui no Brasil, parte dos culpados podem até escapar das garras da Justiça. Lá fora, isso será bem mais difícil.


PETROBRAS PEDE REAJUSTE DE 13% PARA SEUS DIRETORES 

Estatal quer que parcela de salário fixo tenha aumento maior, elevando remuneração para R$ 1,6 milhão por ano para cada um dos oito executivos. 
Já a proporção atrelada aos resultados da empresa seria reduzida, no momento em que companhia enfrenta pior crise de sua história. 
Na maior crise de sua história, com denúncias de corrupção e declínio financeiro em declínio, a Petrobras pede aos acionistas reajuste de 13% em relação a 2014 para diretores da empresa. Segundo a Folha de S.Paulo, a companhia também quer reduzir a remuneração variável, atrelada a resultados, e aumentar a proporção fixa. O assunto será discutido em assembleia com acionistas no próximo dia 29. Folha de São Paulo. 
BZ-Quanto foi mesmo o aumento das aposentadorias?

EX-PREFEITO DE ITABUNA É CONDENADO POR PARTICIPAÇÃO NA ‘MÁFIA DAS AMBULÂNCIAS’ 

O ex-prefeito de Itabuna, no sul do estado, Fernando Gomes Oliveira, foi condenado pela Justiça Federal por fraude em licitação para compra de ambulância. 
Junto com ele foram também condenados os réus Darci José Vedoin, Luiz Antônio Trevisan Vedoin, Cléia Maria Trevisan Vedoin e a empresa Planam Comércio e Representação Ltda, todos envolvidos na chamada “Máfia das Ambulâncias” ou “Máfia dos Sanguessugas”. 
A decisão é da juíza federal da 1ª Vara da Subseção Judiciária de Itabuna, Maízia Seal Carvalho Pamponet, em ação civil pública por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal. Com a decisão, os réus são obrigados a ressarcir aos cofres de Itabuna R$ 44.529,23, devidamente corrigidos, além do pagamento de multa civil de R$ 10 mil, cada um. 
Os réus ainda ficam proibidos de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios por cinco anos. 
Os réus pessoas físicas também tiveram suspensos os seus direitos políticos por cinco anos. Segundo o MPF, a União assinara convênio com o Município de Itabuna para a aquisição de ambulância, competindo ao ente federal o repasse de R$ 100 mil e ao Município, R$ 10 mil. 
Em 2004, o prefeito à época, Geraldo Simões, revogou a licitação por considerar inviável a proposta da empresa vencedora Planam. No entanto, em 2005, o então prefeito Fernando Gomes de Oliveira anulou a revogação, o que levou à compra de ambulância a preço superfaturado em flagrante prejuízo ao erário.

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