sábado, 18 de abril de 2015

ESCANDALÔMETRO: MENSALÃO, TREMSALÃO, PETROLÃO...

18/04/2015
TREMSALÃO: MP-SP DENUNCIA EXECUTIVOS DO SETOR FERROVIÁRIO POR CARTEL 

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) denunciou à Justiça 11 executivos de empresas do setor ferroviário e um funcionário da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) por formação de cartel em contratos firmados para o fornecimento de trens e materiais ferroviários na execução de três projetos da CPTM, firmados em 2007 e 2008. 
De acordo com a denúncia as empresas dividiram entre si três contratos administrativos, combinando as propostas a serem apresentadas nas licitações. 
“As empresas dividiram o mercado e o preço final superfaturado, direcionando cada licitação e sabendo previamente qual empresa seria a vencedora de cada um dos contratos e quais os preços de cada uma, o que fazia com que as outras empresas que participavam do cartel ofertassem suas propostas a preços superiores ou simplesmente não participassem da concorrência na referida licitação, deixando de oferecer proposta”, diz a denúncia. A acusação é resultado de investigação criminal feita a partir de documentos encaminhados pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da análise das licitações, que demonstram práticas anticoncorrenciais nos procedimentos instaurados pela CPTM. 
Foram denunciados David Lopes e Wilson Daré, executivos da Temoinsa do Brasil Ltda.; César Ponce de Leon, Luiz Fernando Ferrari e Ruy Grieco, executivos da Alstom Transport S/A; José Manuel Uribe Regueiro, da CAF Brasil – Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles S/A; Carlos Levy, executivo da Bombardier Transportation Brasil Ltda/ DaimlerChryler Rail Systems (Brasil) Ltda.; Mauricio Memoria; Manuel Carlos do Rio Filho e Telmo Giolito Porto, da Tejofran – Empresa Tejofran de Saneamento e Serviços Ltda; Massimo Giavina-Bianchi, da T’Trans – Trans Sistemas de Transportes S/A; e Reynaldo Rangel Dinamarco, quer era presidente da Comissão de Licitações da CPTM. Flávia Albuquerque, Agência Brasil 


NOVO TESOUREIRO DO PT RECEBEU DOAÇÃO DE EMPREITEIRA ALVO DA OPERAÇÃO LAVA JATO 

Escolhido nesta sexta-feira, 17, por unanimidade como novo tesoureiro do PT, o ex-deputado federal Márcio Macedo (SE) recebeu uma doação R$ 95 mil da empreiteira Andrade Gutierrez na eleição de 2014. 
A empresa é alvo da Operação Lava Jato. O valor corresponde a quase 20% dos recursos que a campanha Macedo arrecadou, R$ 493 mil no total. 
O repasse foi feito via Diretório Nacional do PT, cujo responsável pelas finanças era, até ser preso esta semana pela Lava Jato, João Vaccari Neto.
Eleito deputado federal pela primeira vez em 2010 com 58.782 votos – número expressivo para o Estado, após ter sido secretário do ex-governador Marcelo Déda, que morreu em dezembro de 2013, Macêdo, contudo, não conseguiu se reeleger ano passado. Obteve 40.814 votos, ficando na suplência para a Câmara. A Andrade Gutierrez aparece nas investigações da Polícia Federal como uma das construtoras que se envolveram no esquema de corrupção da Petrobrás. Em uma das delações premiadas, o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa listou a Andrade Gutierrez junto com outras três construtoras como responsáveis pela doação de R$ 21 milhões ao PT em 2013. Segundo Costa, o repasse ao partido seria propina paga por contratos obtidos em obras na Petrobrás.
A empreiteira é uma das construtoras alvo de processos administrativos abertos pela Controladoria-Geral da União em razão das investigações da Lava Jato. O vice-presidente do PT, deputado José Guimarães (CE), afirmou que a doação não é “problema” para a chegada do novo tesoureiro do partido. “Isso (a doação da construtora) não é problema nenhum. Daqui a pouco vão dizer que doação legal é crime? Qual deputado não recebeu recurso legal de alguma dessas empresas (da Operação Lava Jato)?”, disse. Ricardo Brito e Nivaldo Souza, Estadão Conteúdo


CAMARGO CORRÊA PAGOU R$ 110 MI EM PROPINAS 


Eduardo Leite, vice-presidente da Camargo Corrêa, afirmou em depoimento a membros da força-tarefa da operação Lava Jato que pagou R$ 110 milhões em propinas para obter contratos na Petrobas. 
Os valores começaram a ser desembolsados em 2007, sob Lula. E fluíram até 2012, já sob Dilma Rousseff.
O depoimento do executivo foi divulgado na noite desta sexta-feira. Ele falou aos inquiridores na condição de delator premiado. Os repórteres Renato Onofre e Germano Oliveira contam que Eduardo Leite dividiu assim as propinas: R$ 63 milhões foram para o ex-diretor de Serviços Renato Duque, homem do PT. 
Os restantes R$ 47 milhões molharam a mão do então diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, apadrinhado do PP. Josias de Souza 


BICO PREMIADO: FALA DE ARGÔLO NA OPERAÇÃO LAVA JATO DEIXA POLÍTICOS BAIANOS APREENSIVOS 

O depoimento do ex-deputado federal Luiz Argôlo (SD-BA), iniciado nesta quinta-feira (16) e finalizado nesta sexta (17), está deixando amedrontada a cena política baiana. Segundo informações chegadas ao Bahia Notícias, Argôlo teria contado muito além das expectativas iniciais, demarcando ligações entre figurões da política baiana – prioritariamente ligados ao PP – e o escândalo de desvios de recursos por intermédio do doleiro Alberto Youssef. 
A revolta do ex-progressista (hoje solidário) seria resultado de uma promessa não cumprida: em troca do silêncio, Argôlo não seria preso na Operação Lava Jato. 
Além dele, outros ex-deputados baianos, a exemplo de Mário Negromonte, atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), e João Leão, vice-governador da Bahia, e o deputado federal Roberto Britto (PP-BA) foram arrolados no processo, encaminhado pelo juiz Sérgio Moro ao Supremo Tribunal Federal (STF). por Ricardo Luzbel/Fernando Duarte/Bahia Notícias 


GRUPO SCHAHIN SE UNE A OUTRAS CINCO EMPRESAS ALVO DA LAVA JATO E PEDE RECUPERAÇÃO JUDICIAL 

O grupo Schahin protocolou nesta sexta-feira (17) pedido de recuperação judicial, de acordo com a Folha. O grupo tem por volta de R$ 12 bilhões em dívidas, mas optou por incluir apenas cerca de R$ 6 bilhões no processo. 
Esta é a sexta companhia alvo da Operação Lava Jato que recorrer à Justiça para não quebrar. 
Já solicitaram a proteção judicial as empresas Inepar, Alumini, Jaraguá, Galvão Engenharia e OAS. 
No total, 28 empresas do conglomerado estão no pedido de recuperação, entre elas a Shahin Óleo e Gás e a Schahin Engenharia. Por meio de nota, o grupo afirmou que decidiu abandonar o setor de engenharia e construção para concentrar suas atividades na área de petróleo e gás. Diante da falta de recursos para arcar com gastos de manutenção, a empresa interrompeu a operação de cinco sondas que alugava para a Petrobras. 
"O Grupo Schahin lamenta principalmente as demissões envolvidas na reestruturação de seu negócio, mas confia solidamente na recuperação da sua capacidade empresarial no prazo mais breve possível", diz o texto da nota, sem informar quantos funcionários foram demitidos. 
Na semana passada, a agência Fitch rebaixou a nota da Schahin Óleo e Gás de 'B-' para 'C', indicando que a empresa tem risco alto de inadimplência. A Schahin é acusada na Operação Lava Jato de participar do cartel que superfaturava obras para a Petrobras. Apesar de seus executivos não terem sido presos, a companhia teve seu nome citado nas delações premiadas e faz parte do grupo de 23 empresas que foram excluídas das novas licitações pela Petrobras. 


LAVA JATO: CUNHADA DE VACCARI SE ENTREGA À PF 

A cunhada do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, se entregou à Polícia Federal, em Curitiba, por volta das 14h desta sexta-feira, 17. Marice Correa de Lima chegou de táxi, acompanhada de seu advogado, o criminalista Claudio Pimentel. 
Marice está com prisão temporária decretada pela Justiça Federal do Paraná, base da Operação Lava Jato.
A cunhada de Vaccari teve seu nome citado nas primeiras fases da Operação Lava Jato, no início de 2014. 
Ela teria recebido propina no dia 3 de dezembro de 2013 da empreiteira OAS, alvo da investigação sobre corrupção e desvios na Petrobras. 
Os valores teriam sido entregues em espécie a mando do doleiro Alberto Youssef, peça central da Lava Jato, no endereço onde ela mora, em São Paulo. 
A PF suspeita que Marice e outros familiares de Vaccari – a mulher, Giselda, e a filha Nayara ¬- foram usadas para ocultar valores ilícitos arrecadados pelo ex-tesoureiro do PT. 
Uma linha da investigação aponta para negócio lucrativo que Marice realizou com a OAS. Ao comprar um apartamento Bancoop da empreiteira ela lucrou 100% em apenas um ano – adquiriu o imóvel por R$ 200 mil e o vendeu um ano depois por R$ 432 mil para a própria empreiteira. Ricardo Brandt, Estadão Conteúdo

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