quarta-feira, 15 de março de 2017

DELTAN DALLAGNOL ACUSA CONGRESSO NACIONAL DE TENTAR ANISTIAR CORRUPÇÃO NO BRASIL

15/03/2017
Resultado de imagem para DELTAN DALLAGNOL ACUSA CONGRESSO NACIONAL DE TENTAR ANISTIAR CORRUPÇÃO NO BRASIL

O coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, acusou o Congresso Nacional de tentar anistiar a corrupção. Em entrevista à Globo News na tarde desta terça-feira (14), o procurador explicou que os projetos de lei que sugerem a anistia ao caixa 2 acabariam perdoando inclusive outros crimes. Integrantes do Congresso Nacional teriam retomado nos últimos dias discussões sobre aprovar um projeto que anistia o crime de caixa 2, pauta que foi abordada já em novembro do ano passado. 
No entanto, na interpretação do procurador, a proposta serve como uma "roupagem mais aceitável" para perdoar a corrupção. 
"A gente pode até discutir num plano teórico se caixa 2 é ou não correto, mas essa é uma falsa discussão", afirmou Deltan. "O que existia era uma anistia a todo crime relacionado a todo dinheiro usado para campanha eleitoral. 
Mas o dinheiro usado para campanha eleitoral pode ter vindo de corrupção. E é esse o objetivo: anistiar o dinheiro usado para financiamento de campanha e todos os crimes relacionados", explicou o procurador, em referência à emenda que circulou no Congresso no ano passado, mas acabou não sendo incluída no pacote anticorrupção que foi aprovado. 
O procurador também classifica a discussão sobre separar o crime de caixa 2 do crime de corrupção como uma falsa polêmica. Segundo ele, as classificações obedecem a critérios diferentes. "O dinheiro pode ser ou de corrupção ou de não corrupção com base num critério de origem. Quanto ao destino do dinheiro ele pode ter, o caixa 1, caixa 2, enriquecimento lícito ou enriquecimento ilícito", avaliou em entrevista à Globo News.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Espaço aberto para o leitor contribuir com o debate de forma qualificada. (O autor da matéria comentada ou o editor do blog dará uma resposta explicativa ao comentarista sempre que houver necessidade, abaixo do comentário).