segunda-feira, 27 de março de 2017

SEM PUNIÇÃO A POLÍTICOS, LAVA JATO TERÁ SIDO EM VÃO, DIZ DELEGADO

27/03/2017 

Em sua mais difícil fase, a Operação Lava Jato perdeu nesta semana o delegado que iniciou, em 2013, as investigações de lavagem de dinheiro da família do ex-deputado José Janene (PP-PR) – morto em 2010 -, que resultaram no escândalo Petrobrás: Márcio Adriano Anselmo. 
Aos 39 anos, ele está de mudança para Vitória, onde vai assumir a Corregedoria da Polícia Federal, no Espírito Santo. 
Na última quinta-feira, 23, quando todas atenções estavam voltadas para os desdobramentos da Operação Carne Fraca – de corrupção em fiscalizações do Ministério da Agricultura, em empresas de carnes e processados -, foi publicada a ordem de remoção de Anselmo. 
Memória viva da Lava Jato, ele deixa a equipe da força-tarefa de Curitiba, depois de três anos de investigações ostensivas e 38 operações deflagradas. 
Enquanto limpava as gavetas e amontoava caixas de papelão com pastas de inquéritos, laudos e livros, na sala 213, do segundo andar da Superintendência Regional do Paraná, Anselmo deu sua última entrevista ao Estadão como membro da Lava Jato. 
“De nada adiantará a Operação Lava Jato se os políticos envolvidos não forem punidos.” Nascido em Cambé, pequena cidade da região metropolitana de Londrina, Anselmo pensou em seguir carreira de diplomata, antes de entrar para polícia. Estadão

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