17/04/2017
Vamos repetir o que disse o procurador Carlos Fernando, da Lava Jato, na sua entrevista ao Estadão:
"Estadão: Muitos ficaram chocados com as revelações da Odebrecht.
Essa prática sistêmica de corrupção revelada pelo grupo era uma exclusividade dessa companhia?
Carlos Fernando: O noticiário tende a ser excessivamente reducionista. No início da Lava Jato limitava a corrupção à Petrobras, o que se mostrou incorreto, como sabíamos desde o começo.
Agora falam em uma República Federativa da Odebrecht. Nada mais errado, pois a Odebrecht é apenas uma das empresas que compravam o poder político.
Nem mesmo o setor de empreiteiras é o único, essa prática se espalha por todo espectro empresarial, como é revelado por exemplo pela Operação Zelotes.
No fim, o que temos é que quando Marcelo Odebrecht saía por uma porta de um gabinete do poder, por outra entrava outro empresário. Temos então a República Federativa da Corrupção, pois ela se estendia por todos os níveis da federação e era democraticamente distribuída entre Eikes e Marcelos, entre todos que podiam pagar."
Ainda falta, portanto, muita coisa a ser investigada em praticamente todos os campos da atividade econômica.
Como dissemos no fim de semana, um deles é o setor bancário. E, no setor bancário, sabemos que um banco especialmente manteve estreita ligação com a República da Corrupção. O Antagonista
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