sexta-feira, 21 de abril de 2017

MORO NEGOU À DEFESA DE PALOCCI DEPOIMENTO SEM FILMAGEM

21/04/2017

O juiz federal Sérgio Moro, dos processos da Operação Lava Jato, em primeira instância, em Curitiba, negou o benefício de uma audiência sem imagens do réu ao ex-ministro Antonio Palocci, ouvido nesta quinta-feira, 20. 
Ele é acusado em ação penal pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, como principal interlocutor do PT e do governo federal com o cartel de empreiteiras que desviou mais de R$ 40 bilhões da Petrobrás, entre 2004 e 2014. 
No início da audiência, o criminalista José Roberto Batochio, que defende Palocci, pediu ao juiz. “Excelência, poderia esse interrogatório poderia ser realizado sem imagem?.”
Moro negou. “Doutor, eu tenho reservado esse benefício apenas aqueles que têm feito a colaboração, então não tem uma base legal”, respondeu o magistrado. 
Palocci é um dos principais delatados na mega colaboração da Odebrecht, fechada com a força-tarefa da Lava Jato. 
Sob o codinome “Italiano” ele teria gerido uma “conta corrente” paralela que chegou a ter crédito de R$ 200 milhões de dinheiro não contabilizado para uso nas campanhas do PT. 
Possível candidato a delator, Palocci está preso, em Curitiba, desde setembro de 2016, é réu em duas ações penais abertas pelo juiz Sérgio Moro – na outra, ainda em fase inicial, o principal réu é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Palocci pediu para fazer uma breve contextualização dos episódios em que foi acusado pelo Ministério Público Federal, no início da audiência, e Moro pediu que ele a fizesse ao final do depoimento. 
Nesse processo, que trata do pagamento de propinas para o marqueteiro do PT João Santana, pela Odebrecht. Santana é o mais novo delator da Lava Jato. Estadão 
BZ-É a primeira vez que um petista de alto escalão fala abertamente. O depoimento do Palocci foi outro petardo contra os interesses e pretensões do Lula. Ao final, o Palocci sinalizou claramente para uma maior colaboração com a justiça, que pode desaguar na conhecida “delação premiada”. Palocci chegou mesmo a elogiar a operação Java Jato.

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