18/04/2017
O executivo Luiz Eduardo da Rocha Soares disse em delação premiada que a Odebrecht evitava a realização de pagamentos lícitos, por isso elegia a via do caixa 2 e da propina para satisfazer políticos e partidos.
Em um dos depoimentos à força-tarefa da Procuradoria-Geral da República, tranquilamente ele explicou.
“Primeiro que não gostávamos de fazer muitos pagamentos lícitos, porque chamava muito a atenção.”
“Por exemplo, se a gente fosse pagar tudo da forma lícita daria 100 milhões de dólares em doações eleitorais da Odebrecht”, disse, referindo-se às eleições de 2010.
“Em 2010 acho que foram 50 milhões de reais, então é pouco.” ‘É pouco?”, questionou um procurador. “É pouco, é pouco”, respondeu o delator.
Neste relato, Luiz Eduardo da Rocha Soares abordou exclusivamente a rotina de apoio a pagamentos lícitos e ilícitos nas campanhas eleitorais de 2006, 2008, 2010 e 2012. Da eleição de 2014 – reeleição de Dilma – ele não participou, segundo afirmou, porque a Lava Jato já estava na rua.
“Logo que nós assumimos essa área, Hilberto (Mascarenhas, chefão do Departamento de Propinas da empreiteira) e eu, essa área de operações estruturadas, tivemos que apoiar toda parte de pagamento a campanhas eleitorais e apoiar o Benedicto Júnior (o ‘BJ’) para fazer isso.” Estadão
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