03/04/2017
O PSDB vive uma crise de identidade. Tornou-se o pior tipo de ético —o tipo que não consegue enxergar a ética no espelho.
Houve tempo em que o partido se vangloriava até de sua divisão interna. Cada arranca-rabo para a escolha de uma candidatura tucana era tratado como um marco civilizatório na vida política nacional.
Dizia-se que uma disputa entre Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra só trazia vantagens, pois nenhuma outra legenda podia levar à vitrine contendores tão qualificados.
Agora, o tucanato se esforça para medir não a qualificação dos seus pássaros, mas a quantidade de lama que cada um traz sobre a plumagem.
Até ontem, o PSDB apresentava-se como campeão da moralidade. E se atribuía o direito de denunciar os adversários como salteadores.
Apanhados com a asa nas arcas da Odebrecht, os tucanos protegem-se alegando que caixa dois não é corrupção.
Suprema ironia: na crise do mensalão, o tucanato achou que poderia sangrar Lula e varrer para baixo de sua hipocrisia a aliança do seu presidente, Eduardo Azeredo, com Marcos Valério.
Na era do petrolão, o ninho acha natural ecoar o lero-lero da verba “não-contabilizada” do tesoureiro petista Delúbio Soares.
Mandou a credibilidade para o beleléu.
Nas pegadas da derrota apertada de Aécio Neves em 2014, o PSDB foi ao Tribunal Superior Eleitoral.
Acusou a coligação adversária de prevalecer na base do abuso do poder político e, sobretudo, econômico.
Pedia, então, a cassação da chapa Dilma—Temer e a posse da chapa Aécio—Aloysio Nunes, segunda colocada.
O tempo passou. Sobreveio o impeachment. Tucanos viraram ministros. E o PSDB pede ao TSE que condene Dilma à inelegibilidade, mas livre Temer da guilhotina.
Sustenta que o dinheiro sujo que bancou a continuidade de madame não contaminou a reeleição do seu substituto constitucional.
O tucanato perdeu o nexo.
Sem ética, sem credibilidade e sem nexo, o PSDB já não é o que foi —ou imaginava ser.
E ainda não sabe o que será. Deve doer em Aécio, Alckmin e Serra a ideia de encenar o papel de políticos que fazem pose de limpinhos numa peça imunda.
Meteram-se num enredo em que a personagem principal é a Odebrecht e cujo epílogo é uma candidatura presidencial do prefeito João Dória fazendo cara de nojo e alardeando na televisão que é um empresário, não um político. Blog do Josias de Souza.
BZ-A reportagem de Veja desta semana, já nas bancas aqui en São Paulo, sobre a corrupção de Aécio Neves, é capaz de destruir qualquer possibilidade dele em chegar à presidência da República.
Trocar o PT pelo PMDB ou PSDB é o mesmo que,como diz o ditado popular:"Trocar seis por meia dúzia"são a mesma porcaria!Um bando de "enternados"falando bonito para enganar o povo e enriquecer às custas deste.A maioria dos parlamentares entraram política não para ajudar o povo como eles "badalam"tanto em seus discursos,mas para desfrutar das regalias e benesses do poder que no Brasil são quase infinitas!Máfia legalizada a política brasileira!
ResponderExcluirO Brasil está dominado em todas as esferas,mas em especial,na esfera política pela CORRUPÇÃO!O Brasil desde a sua fundação,sofre com essa "doença crônica"cujas bactérias causadoras são seus próprios representantes.Pelo andar da carruagem,muitos brasileiros encontram-se desesperançosos quanto ao futuro e desacreditam veementememte nas promessas políticas de políticos que se apresentam como "salvadores da pátria"mas,na realidade,são em sua grande maioria "lesa-pátria!Se o povo brasileiro não abrir bem os olhos,corre o risco,já em 2018 de dar carta branca às quadrilhas e quadrilheiros que estão agindo e querem agir na política brasileira!NÃO VOTE EM CORRUPTO!
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