29/05/2017
A cassação do governador do Amazonas, José Melo (PROS), e de seu vice, Henrique Oliveira (SD), no início deste mês, poderá balizar o julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e já preocupa aliados do presidente.
A dupla foi afastada imediatamente após a medida da corte eleitoral – antes da publicação do acórdão, uma síntese da decisão colegiada.
Até então, políticos condenados no TSE ganhavam sobrevida no cargo até a finalização do acórdão, que não tem prazo para ser publicado e depende da transcrição das notas taquigráficas do processo.
Por cinco votos a dois, o TSE manteve a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Amazonas e determinou o afastamento imediato de Melo, apesar de caber recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à própria corte eleitoral.
O TSE também decidiu que os substitutos serão escolhidos por meio de eleições diretas.
“Temos de pensar no Brasil agora. No povo brasileiro, na classe trabalhadora. Essa é a prioridade”, disse o ex-prefeito de São Bernardo do Campo Luiz Marinho, presidente eleito do PT de São Paulo e um dos colaboradores mais próximos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No dia 20, Lula disse que um processo de impeachment contra Temer duraria mais do que os seis meses que o Congresso levou para afastar Dilma, mas não verbalizou qual caminho considera ideal.
Segundo aliados de Dilma, ela tem se mostrado resignada quanto à cassação no TSE e torce para que Temer também seja punido.
O principal alvo da ira da petista, hoje, são o publicitário João Santana e a empresária Monica Moura, que fizeram delação à Lava Jato. Estadão
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