21/06/2017
Funaro, Gedel e Temer, peças da mesma máquina de corrupção |
No mesmo depoimento à Polícia Federal em que acusou o presidente Michel Temer (PMDB) de ter feito “orientação/pedido” para que fossem feitas duas “operações” de liberação de crédito junto ao Fundo de Investimentos do FGTS para duas empresas privadas que teriam gerado “comissões expressivas, no montante aproximado de R$ 20 milhões”, destinados, principalmente, à campanha presidencial de 2014, o corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro afirmou também ter pago, em espécie, um total de R$ 20 milhões ao ex-ministro Geddel Vieira Lima por “operações” na Caixa Econômica Federal.
As informações são da Folha de S. Paulo. Esse dinheiro, segundo o corretor, eram “comissões” por liberações de crédito a empresas do grupo J&F.
Segundo Funaro, foi ele quem apresentou Geddel ao empresário da empresa de carnes JBS Joesley Batista, hoje delator.
O peemedebista era então “vice-presidente de pessoa jurídica da Caixa Econômica” e o grupo J&F, holding que controla a JBS, segundo Funaro, “tinha interesse em obter linhas de créditos junto a esta instituição”.
“A primeira operação efetuada para a J&F foi a liberação de operação de crédito para a conta empresarial. Após essa [Funaro] fez mais empréstimos e outras operações de crédito para a própria J&F e outras empresas do grupo, como Vigor, Eldorado, Flora e Seara”.
De acordo com a Folha, Funaro, que está preso no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília, e prestou depoimento na direção-geral da PF, afirmou ainda que pagou uma “comissão” ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência e um dos principais aliados do presidente Michel Temer, Moreira Franco. O ministro Moreira Franco negou a acusação: “Que país é esse, em que um sujeito [Funaro] com extensa folha corrida tem crédito para mentir?
Não conheço essa figura, nunca o vi. Ele terá que provar o que está dizendo”, declarou. A Folha diz ter procurado as defesas de Temer e Geddel Vieira Lima, que ainda não se manifestaram sobre os relatos de Funaro. Estadão
BZ-Tudo indica que a "bola da vez é o ex ministro Geddel Vieira Lima".
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