18/06/2017
O empresário Joesley Batista, um dos donos do Grupo J&F – holding que inclui a JBS –, disse em entrevista à revista Época que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT “institucionalizaram a corrupção” no País, cujo modelo foi reproduzido por outros partidos.
Segundo Joesley, há 10, 15 anos houve uma “proliferação de organizações criminosas” no Brasil.
“Nós participamos e tivemos de financiar muitas delas”, afirmou o empresário, que indicou o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega como o seu contato no PT.
“Foi no governo do PT para a frente. O Lula e o PT institucionalizaram a corrupção.
Houve essa criação de núcleos, com divisão de tarefas entre os integrantes, em Estados, ministérios, fundos de pensão, bancos, BNDES.
O resultado é que hoje o Estado brasileiro está dominado por organizações criminosas.
O modelo do PT foi reproduzido por outros partidos”.
Apesar de citar o ex-presidente, Joesley disse que nunca teve “conversa não republicana com Lula”. “Zero, eu tinha com o Guido”, afirmou.
“Não estou protegendo ninguém, mas só posso falar do que fiz e do que posso provar. Não estou entregando pessoas.
Entreguei provas aos procuradores. E o PT tenha o maior saldo de propina.
O que posso fazer se a interlocução era com o Guido?”
O empresário citou repasses ilícitos envolvendo um esquema de corrupção no BNDES e disse que o “crédito” que “o PT gastou para comprar a eleição de 2014” chegou a R$ 300 milhões. Joesley disse ainda que quando eram liberadas parcelas de financiamentos captados no banco de fomento, ele “creditava o valor da propina na conta do Guido na Suíça”.
Ele, contudo, isenta de responsabilidade nos crimes o ex-presidente do banco, Luciano Coutinho e o corpo técnico.
“Nunca pagamos um centavo de propina dentro do BNDES.”
Ainda sobre propinas pagas ao PT, o empresário reiterou o que relatou em sua delação e disse que a ex-presidente Dilma Rousseff pediu R$ 30 milhões para o atual governador de Minas Fernando Pimentel na eleição de 2014. Estadão. BZ-Depois de se aproveitar da “proximidade” com o Lula, que lhe abriu as portas do cofre do BNDES, os irmãos açougueiros/bandidos deram de denunciar tudo e todos. Gente ingrata, não é mesmo? De um simples açougueiro, a ser o maior processador de proteína animal do mundo, estes pilantras andaram um longo caminho. E o pior, usaram recursos do povo brasileiro (BNDES), para comprar uma série de ativos fora do Brasil, gerando emprego, impostos e rendas para gente estrangeira. Esses emprestimos bem que poderiam ser revistos e o que resta do patrimônio da J&F, service de caução da operação.
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