quarta-feira, 21 de junho de 2017

PF AFIRMA QUE HOUVE ‘PAGAMENTO DE VANTAGEM INDEVIDA’ A TEMER E ROCHA LOURES

21/06/2017 
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O relatório parcial enviado pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 19, afirma que, pelos elementos reunidos no inquérito que tem como alvo o presidente Michel Temer, é possível concluir que houve ‘pagamento de vantagem indevida’ de maneira ‘remota’ ao peemedebista e ‘imediatamente’ a Rodrigo Rocha Loures (ex-deputado-PMDB-PR) pelos empresários do Grupo J&F. 
“Os elementos reunidos nos autos do Inquérito n° 4483 permitiram que fossem elaboradas conclusões acerca do fato ‘pagamento de vantagem indevida pelo Grupo J&F Investimentos S/A a Rodrigo Rocha Loures imediatamente e a Michel Miguel Elias Temer Lulia, Presidente da República, remotamente, em razão de interferência ou de suposta interferência no andamento de processo administrativo em trâmite na Conselho Administrativa de Defesa e Econômica (CADE)’”, diz o documento. 
A PF se reportou ao fato de que Temer não respondeu nenhuma das 82 perguntas a ele endereçadas sobre o caso JBS. 
“Diante do silêncio do mandatário maior da nação e de seu ex-assessor especial, resultam incólumes as evidências que emanam do conjunto informativo formado nestes autos, a indicar, com vigor, a prática de corrupção passiva.” 
No relatório, a PF diz ainda que é “recomendável” esperar a conclusão da perícia na conversa gravada entre Temer e o empresário Joesley Batista para emitir conclusões sobre se houve tentativa de embaraço a investigação criminosa. 
O documento, assinado pelo delegado Thiago Machado Delabary, afirma ainda que a PF precisa de mais cinco dias de prazo para dar prosseguimento a investigações relacionadas a outros dois fatos: se houve pagamentos periódicos ao deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Lúcio Bolonha Funaro, como forma de mantê-los em silêncio, ou seja, evitando eventual celebração de acordo de colaboração premiada deles, e para a confissão que Joesley fez a Temer que estava corrompendo magistrados e membros do Ministério Público. 
Cabe ao relator do inquérito no STF, ministro Edson Fachin, decidir se vai atender ao pleito da Polícia Federal e estender o prazo para as investigações. A expectativa é que isso aconteça ainda nesta terça-feira, 20. Estadão

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