
01/07/2010
O meio campo brasileiro provavelmente voltará a ter a segurança de Felipe Melo contra a Holanda. Sem Ramires, suspenso pelo segundo cartão amarelo, Dunga teria de quebrar a cabeça para definir o titular na partida de amanhã à tarde. Mas, o treinador recebeu uma boa notícia ontem. Felipe Melo e Júlio Baptista treinaram normalmente com bola.
Foi o primeiro treino completo no campo da dupla que se lesionou na última sexta-feira. Eles, contudo, ainda não estão liberados pelo departamento médico. Já os titulares da última partida fizeram um trabalho com carga mais leve.
No mesmo dia em que o departamento médico anunciou a ausência de Elano para sexta-feira, nas quartas de final contra a Holanda, Felipe Melo e Júlio Baptista aparentaram estar recuperados dos problemas que sofreram diante de Portugal. O primeiro machucou o tornozelo esquerdo; o segundo, o joelho esquerdo.
Ao lado dos reservas, Felipe Melo e Júlio Baptista participaram de um treino físico e depois de uma atividade técnica. Ficaram em campo do início ao fim e não mostraram limitações. Após o treino físico, Dunga e o auxiliar Jorginho reuniram os reservas, reforçados por Felipe Melo e Júlio Baptista, e fizeram treino de finalizações e cruzamentos. Recuperados, os dois trabalharam normalmente e aparentemente sem dores.
O médico José Luís Runco afirmou que irá aguardar as reações de ambos depois do treino para anunciar se eles estarão liberados na sexta, em Port Elizabeth. “Eles vão para campo, vão treinar, mas ainda não posso dizer que vão jogar nas quartas-de-final”, comentou Runco.
A definição se Felipe Melo e Júlio Baptista vão ter condições de enfrentar a Holanda deve sair depois do treino de hoje. “Eu dependo do trabalho de campo. Não existe teste de vestiário, não existe definição na hora do jogo”, disse o médico brasileiro.
Enquanto isso, os titulares da vitória por 3 a 0 sobre o Chile na última segunda, pelas oitavas de final, apenas correram ao redor do gramado com o preparador físico Fábio Mahseredjian.
Dunga já avisara que a carga de trabalho seria leve nesses dias que antecedem o duelo com a Holanda. O Brasil é o time que terá o menor intervalo entre as oitavas e as quartas de final: são três dias e 18h.
Além de Elano, desfalque certo e ameaçado de não atuar mais nesta Copa, Ramires também não enfrentará a Holanda por estar suspenso com dois cartões amarelos. Dunga fica na expectativa para saber se o titular Felipe Melo e o reserva Júlio Baptista estarão à disposição.
A partida contra os holandeses acontece às 11h (de Brasília) desta sexta-feira, no estádio Nelson Mandela Bay, em Port Elizabeth. Quem avançar pega na semifinal o vencedor do confronto entre Uruguai e Gana.
A Copa do Mundo está perto de se tornar uma Copa América de luxo. Com as classificações de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, a competição tem pela segunda vez os sul-americanos como maioria entre os oito melhores times do Mundial. Feito que só ocorreu em 1930. E mais, na África do Sul existe ainda a possibilidade de uma inédita semifinal com quatro seleções da América do Sul.
Em 80 anos de disputa, jamais os países sul-americanos superaram os europeus em quantidade de equipes nas quartas de final. Na Copa de 30, a primeira da história, a fase de grupo foi seguida já das semifinais. Argentina, Estados Unidos, Uruguai e Iugoslávia decidiram o título.
A superioridade histórica dos times do Velho Continente entre os finalistas é justificável. Em 2010, por exemplo, 53 seleções jogaram pelas Eliminatórias Europeias e lutaram por 13 vagas na Copa, enquanto no território sul-americano apenas 10 duelaram por quatro lugares - e um quinto time disputou a repescagem com o quarto lugar da Concacaf.
Mesmo assim, o número de conquista das duas regiões está empatado. São nove títulos para cada continente. Os troféus estão distribuídos entre Brasil (cinco), Itália (quatro), Alemanha (três), Argentina e Uruguai (dois) e Inglaterra e França (um).
CONTRASTE – Nas 19 edições anteriores dos Mundiais, o máximo de equipes sul-americanas presentes entre os oito finalistas foram três, no torneio de 1970. Brasil, Uruguai e Peru chegaram a essa etapa, ao lado de Inglaterra, União Soviética, Alemanha Ocidental, Itália e do anfitrião México, do norte da América.
Nesta edição, os europeus, por sua vez, amarguraram seu pior desempenho. Apenas Holanda, Alemanha e Espanha estão nas quartas-de-final, superando negativamente o número de representantes de 70 e 2002.
SEMIFINAL – O feito sul-americano pode se tornar ainda mais notável se as seleções conseguirem a classificação para as semifinais. Caso a Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai derrotem a Alemanha, a Holanda, a Espanha e Gana, respectivamente, a decisão ficará restrita aos sul-americanos.
Essa seria a primeira vez que quatro seleções de fora da Europa estariam entre os quatro primeiros colocados do Mundial. O contrário já aconteceu algumas vezes. Em 1934 (Itália, Tchecoslováquia, Alemanha e Áustria); em 1966 (Inglaterra, Alemanha Ocidental, Portugal e União Soviética); em 1982 (Itália, Alemanha Ocidental, Polônia e França); e em 2006 (Itália, França, Alemanha e Portugal).
O poder sul-americano neste Mundial só não é maior porque já houve um confronto direto nas oitavas. O Brasil eliminou o Chile (segundo colocado nas Eliminatórias Sul-Americanas).
“Os times sul-americanos chegaram muito bem preparados à Copa. Além de ter bons valores individuais, chegamos em um grande momento coletivo. Lamento a eliminação do Chile, porque foi uma das seleções que jogou muito bem na Copa”, disse o técnico do Paraguai, o argentino Gerardo Martino.
A Copa do Mundo está perto de se tornar uma Copa América de luxo. Com as classificações de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, a competição tem pela segunda vez os sul-americanos como maioria entre os oito melhores times do Mundial. Feito que só ocorreu em 1930. E mais, na África do Sul existe ainda a possibilidade de uma inédita semifinal com quatro seleções da América do Sul.
Em 80 anos de disputa, jamais os países sul-americanos superaram os europeus em quantidade de equipes nas quartas de final. Na Copa de 30, a primeira da história, a fase de grupo foi seguida já das semifinais. Argentina, Estados Unidos, Uruguai e Iugoslávia decidiram o título.
A superioridade histórica dos times do Velho Continente entre os finalistas é justificável. Em 2010, por exemplo, 53 seleções jogaram pelas Eliminatórias Europeias e lutaram por 13 vagas na Copa, enquanto no território sul-americano apenas 10 duelaram por quatro lugares - e um quinto time disputou a repescagem com o quarto lugar da Concacaf.
Mesmo assim, o número de conquista das duas regiões está empatado. São nove títulos para cada continente. Os troféus estão distribuídos entre Brasil (cinco), Itália (quatro), Alemanha (três), Argentina e Uruguai (dois) e Inglaterra e França (um).
CONTRASTE – Nas 19 edições anteriores dos Mundiais, o máximo de equipes sul-americanas presentes entre os oito finalistas foram três, no torneio de 1970. Brasil, Uruguai e Peru chegaram a essa etapa, ao lado de Inglaterra, União Soviética, Alemanha Ocidental, Itália e do anfitrião México, do norte da América.
Nesta edição, os europeus, por sua vez, amarguraram seu pior desempenho. Apenas Holanda, Alemanha e Espanha estão nas quartas-de-final, superando negativamente o número de representantes de 70 e 2002.
SEMIFINAL – O feito sul-americano pode se tornar ainda mais notável se as seleções conseguirem a classificação para as semifinais. Caso a Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai derrotem a Alemanha, a Holanda, a Espanha e Gana, respectivamente, a decisão ficará restrita aos sul-americanos.
Essa seria a primeira vez que quatro seleções de fora da Europa estariam entre os quatro primeiros colocados do Mundial. O contrário já aconteceu algumas vezes. Em 1934 (Itália, Tchecoslováquia, Alemanha e Áustria); em 1966 (Inglaterra, Alemanha Ocidental, Portugal e União Soviética); em 1982 (Itália, Alemanha Ocidental, Polônia e França); e em 2006 (Itália, França, Alemanha e Portugal).
O poder sul-americano neste Mundial só não é maior porque já houve um confronto direto nas oitavas. O Brasil eliminou o Chile (segundo colocado nas Eliminatórias Sul-Americanas).
“Os times sul-americanos chegaram muito bem preparados à Copa. Além de ter bons valores individuais, chegamos em um grande momento coletivo. Lamento a eliminação do Chile, porque foi uma das seleções que jogou muito bem na Copa”, disse o técnico do Paraguai, o argentino Gerardo Martino.
Se a seleção brasileira não passar para as semifinais no jogo contra a Holanda nesta sexta-feira, muita gente vai correndo chorar no pé do caboclo logo após a partida. Pelo menos, pela programação festiva da Independência da Bahia, 2 de Julho, dia do jogo do Brasil pelas quartas-de-final da Copa do Mundo da África, os baianos podem acompanhar a segunda fase do desfile e terminar com uma grande festa no Largo do Campo Grande, no caso da classificação brasileira.
Para evitar um constrangimento cívico, de uma festa sem a tradicional participação do povo baiano, do Bairro da Lapinha à Praça Municipal, na sua primeira fase, o governador Jaques Wagner decretou a antecipação do desfile em uma hora, pela manhã, para “dar tempo” de todos assistirem o jogo da seleção brasileira, que começa às 11h, horário de Brasília.
À tarde, a história é outra. Às 14h, o cortejo deixa a Praça Municipal com destino ao Campo Grande, onde terminam as comemorações com a realização de shows. Sem dúvida, mais uma ótima opção para o povo baiano comemorar a classificação da seleção brasileira para as semifinais do Mundial. Por enquanto, está tudo dentro dos conformes, como manda a tradição.
O fogo simbólico da Independência da Bahia saiu ontem pela manhã, da cidade de Cachoeira com destino a Salvador, passando pelos Municípios de Santo Amaro e São Francisco do Conde. Hoje o fogo simbólico sai com destino ao Panteão do Pirajá.
A previsão é de tempo ruim para amanhã, mas com chuva ou com sol, o grupo musical Tambores de Alfaya confirma que vai estar no Terreiro de Jesus, para animar os torcedores que acompanharão o jogo do Brasil contra a Holanda, em um telão instalado no espaço de eventos Lado B, na Rua João de Deus, perto da Sebrae.
A reportagem da Tribuna da Bahia foi às ruas de Salvador para saber que opção leva vantagem, nesta sexta-feira pela manhã, na disputa que acontece pela primeira vez na história, quando o desfile cívico da Independência da Bahia está no páreo com o jogo do Brasil. O resultado você confere aqui.
“Complicado, viu? Apesar de saber que é uma data importante, a independência do nosso estado, vou dar preferência ao jogo mesmo”. Joaquim Ribeiro, 24, vendedor
“Dá pra fazer os dois, não? Quero ver os dois, mas se não der vou ver o jogo”. Emília Miranda Moura, 29, cabeleireira
“Gosto do desfile, mas somos brasileiros e temos que torcer muito pela seleção”. Josefa dos Santos, 43, doméstica
“O jogo, claro. Estamos na Copa que só acontece de quatro em quatro anos. Desfile tem todo ano”. Luciana Cruz, 35, auxiliar administrativa
“Vou fazer as duas coisas. Dá tempo para tudo”. Cleonice Barbosa, 78, aposentada
“Fazer o quê lá na Lapinha? É a mesma coisa sempre. Olha que moro perto, mas não perco o jogo por nada”. Regiane Soares, 25, empresária
“Vou para o Dois de Julho. É mais importante que o jogo, pelo menos para mim”. Laudicéia Gomes, 28, socióloga
“Jogo, lógico! Dá tempo para fazer as duas coisas. Só não assisto o desfile porque vou trabalhar”. Márcio Lobo, 32, administrador
“Pretendo mesmo é viajar. O jogo não tem muita importância para mim. Só assisto se tiver oportunidade. O desfile eu só assistia quando era criança”. Antônio Carlos, 51, comerciante
Poucas pessoas podem descrever com tanto conhecimento de causa como é, e o que significa o duelo entre Brasil e Holanda em uma Copa do Mundo. Mário Jorge Lobo Zagallo é um desses nomes.
Nas três vezes em que as seleções se esbarraram, ele estava no banco de reservas, mas a seleção brasileira ganhou mais do que perdeu. Em 1974, quebrou a cabeça para tentar conter um time fantástico, sofreu, lutou, mas saiu derrotado. Comemorou em outras duas oportunidades: 1994 nos Estados Unidos e 1998 na França.
“A Holanda tem demonstrado sempre que é um adversário difícil para nós, como foi em 74, 94 e 98”, lembrou Zagalo ressaltado que apesar da Laranja Mecânica ser atualmente menos encantadora e mais pragmática, inspira cuidados da mesma forma.
O Velho Lobo, como é carinhosamente chamado, tem assistido a todos os jogos do Mundial da África do Sul, diz que a Holanda está sempre no caminho brasileiro, e faz um alerta sobre um jogador em especial.
“Eles têm bons jogadores, principalmente o Robben, o camisa 11 (atacante). Eles ficam como se não quisessem nada, mas fazendo marcação próxima, com o grupo todo atrás. Quando roubam a bola, partem em velocidade. O Robben recebe passe em diagonal na direita, faz o drible para dentro e chuta com a canhota", descreveu Zagallo, com detalhes.
Bem que Portugal tentou — e, desta vez, jogou bem mais do que o fizera contra o Brasil. Mas a Espanha foi melhor e mereceu a vitória que a tornou virtual semifinalista da Copa.
Ou será que alguém, em sã consciência, acredita mesmo que o limitadíssimo Paraguai, que se classificou ontem, nos pênaltis, numa partida medonha, contra o Japão, pode encarar a Fúria?
Os campeões europeus vão melhorando, jogo a jogo, e serão um osso duríssimo de roer para quem vencer o grande duelo entre Alemanha e Argentina. Ainda bem que este trio está do outro lado...
NAS MÃOS DOS MÉDICOS. As contusões de Elano, Felipe Melo e Júlio Baptista, aliadas à suspensão de Ramires, deixam a seleção diante de um quebra-cabeças complicado na hora de enfrentar o seu maior desafio até agora. Pelo visto, se Elano não puder jogar, vamos de Gilberto Silva, Josué, Daniel Alves e Kaká, no meio. Fora isso, a única opção é o Kléberson...
LARANJA ENJOADA. Se engana quem pensa que a Holanda só tem dois jogadores de destaque — Robben e Sneijder. O volante Van Bommel e o apoiador Van Persie são ótimos e o goleiro Stekelenburg tem feito excelente Copa. Mas o ponto forte da Laranja Mecânica é o conjunto. Graças a ele, a Holanda se classificou com 100% de aproveitamento nas eliminatórias europeias (oito vitórias em oito jogos) e, até agora, mantém a média na África do Sul. É um teste definitivo para o Brasil no Mundial.
ALVÍSSARAS! O presidente da Fifa, Joseph Blatter, enfim, admitiu que a tecnologia pode ser utilizada para auxiliar a arbitragem. Pressionado pelos erros absurdos ocorridos nos jogos de Alemanha x Inglaterra e Argentina x México, o cartola mor do futebol mundial disse ontem, que, pelo menos a implantação do “desafio” (como já existe no tênis) deve ser seriamente analisada, para os casos em que há dúvidas se a bola ultrapassou ou não a linha do gol. Como dizem os jovens: “Demorou, mané. Demorou...”
ADIDAS DOMINA. Entre as gigantes de material esportivo, a Adidas é a que possui mais representantes nas quartas de final — veste Argentina, Alemanha, Paraguai e Espanha. A Puma tem Gana e Uruguai e a Nike, Brasil e Holanda. A Adidas é também uma das patrocinadoras do evento e a fabricante da polêmica bola Jabulani. Pelos confrontos que ainda teremos pela frente, são grandes as possibilidades de um duelo final entre Adidas (Argentina, Alemanha ou Espanha) e Nike (Brasil ou Holanda).
Foi o primeiro treino completo no campo da dupla que se lesionou na última sexta-feira. Eles, contudo, ainda não estão liberados pelo departamento médico. Já os titulares da última partida fizeram um trabalho com carga mais leve.
No mesmo dia em que o departamento médico anunciou a ausência de Elano para sexta-feira, nas quartas de final contra a Holanda, Felipe Melo e Júlio Baptista aparentaram estar recuperados dos problemas que sofreram diante de Portugal. O primeiro machucou o tornozelo esquerdo; o segundo, o joelho esquerdo.
Ao lado dos reservas, Felipe Melo e Júlio Baptista participaram de um treino físico e depois de uma atividade técnica. Ficaram em campo do início ao fim e não mostraram limitações. Após o treino físico, Dunga e o auxiliar Jorginho reuniram os reservas, reforçados por Felipe Melo e Júlio Baptista, e fizeram treino de finalizações e cruzamentos. Recuperados, os dois trabalharam normalmente e aparentemente sem dores.
O médico José Luís Runco afirmou que irá aguardar as reações de ambos depois do treino para anunciar se eles estarão liberados na sexta, em Port Elizabeth. “Eles vão para campo, vão treinar, mas ainda não posso dizer que vão jogar nas quartas-de-final”, comentou Runco.
A definição se Felipe Melo e Júlio Baptista vão ter condições de enfrentar a Holanda deve sair depois do treino de hoje. “Eu dependo do trabalho de campo. Não existe teste de vestiário, não existe definição na hora do jogo”, disse o médico brasileiro.
Enquanto isso, os titulares da vitória por 3 a 0 sobre o Chile na última segunda, pelas oitavas de final, apenas correram ao redor do gramado com o preparador físico Fábio Mahseredjian.
Dunga já avisara que a carga de trabalho seria leve nesses dias que antecedem o duelo com a Holanda. O Brasil é o time que terá o menor intervalo entre as oitavas e as quartas de final: são três dias e 18h.
Além de Elano, desfalque certo e ameaçado de não atuar mais nesta Copa, Ramires também não enfrentará a Holanda por estar suspenso com dois cartões amarelos. Dunga fica na expectativa para saber se o titular Felipe Melo e o reserva Júlio Baptista estarão à disposição.
A partida contra os holandeses acontece às 11h (de Brasília) desta sexta-feira, no estádio Nelson Mandela Bay, em Port Elizabeth. Quem avançar pega na semifinal o vencedor do confronto entre Uruguai e Gana.
A Copa do Mundo está perto de se tornar uma Copa América de luxo. Com as classificações de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, a competição tem pela segunda vez os sul-americanos como maioria entre os oito melhores times do Mundial. Feito que só ocorreu em 1930. E mais, na África do Sul existe ainda a possibilidade de uma inédita semifinal com quatro seleções da América do Sul.
Em 80 anos de disputa, jamais os países sul-americanos superaram os europeus em quantidade de equipes nas quartas de final. Na Copa de 30, a primeira da história, a fase de grupo foi seguida já das semifinais. Argentina, Estados Unidos, Uruguai e Iugoslávia decidiram o título.
A superioridade histórica dos times do Velho Continente entre os finalistas é justificável. Em 2010, por exemplo, 53 seleções jogaram pelas Eliminatórias Europeias e lutaram por 13 vagas na Copa, enquanto no território sul-americano apenas 10 duelaram por quatro lugares - e um quinto time disputou a repescagem com o quarto lugar da Concacaf.
Mesmo assim, o número de conquista das duas regiões está empatado. São nove títulos para cada continente. Os troféus estão distribuídos entre Brasil (cinco), Itália (quatro), Alemanha (três), Argentina e Uruguai (dois) e Inglaterra e França (um).
CONTRASTE – Nas 19 edições anteriores dos Mundiais, o máximo de equipes sul-americanas presentes entre os oito finalistas foram três, no torneio de 1970. Brasil, Uruguai e Peru chegaram a essa etapa, ao lado de Inglaterra, União Soviética, Alemanha Ocidental, Itália e do anfitrião México, do norte da América.
Nesta edição, os europeus, por sua vez, amarguraram seu pior desempenho. Apenas Holanda, Alemanha e Espanha estão nas quartas-de-final, superando negativamente o número de representantes de 70 e 2002.
SEMIFINAL – O feito sul-americano pode se tornar ainda mais notável se as seleções conseguirem a classificação para as semifinais. Caso a Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai derrotem a Alemanha, a Holanda, a Espanha e Gana, respectivamente, a decisão ficará restrita aos sul-americanos.
Essa seria a primeira vez que quatro seleções de fora da Europa estariam entre os quatro primeiros colocados do Mundial. O contrário já aconteceu algumas vezes. Em 1934 (Itália, Tchecoslováquia, Alemanha e Áustria); em 1966 (Inglaterra, Alemanha Ocidental, Portugal e União Soviética); em 1982 (Itália, Alemanha Ocidental, Polônia e França); e em 2006 (Itália, França, Alemanha e Portugal).
O poder sul-americano neste Mundial só não é maior porque já houve um confronto direto nas oitavas. O Brasil eliminou o Chile (segundo colocado nas Eliminatórias Sul-Americanas).
“Os times sul-americanos chegaram muito bem preparados à Copa. Além de ter bons valores individuais, chegamos em um grande momento coletivo. Lamento a eliminação do Chile, porque foi uma das seleções que jogou muito bem na Copa”, disse o técnico do Paraguai, o argentino Gerardo Martino.
A Copa do Mundo está perto de se tornar uma Copa América de luxo. Com as classificações de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, a competição tem pela segunda vez os sul-americanos como maioria entre os oito melhores times do Mundial. Feito que só ocorreu em 1930. E mais, na África do Sul existe ainda a possibilidade de uma inédita semifinal com quatro seleções da América do Sul.
Em 80 anos de disputa, jamais os países sul-americanos superaram os europeus em quantidade de equipes nas quartas de final. Na Copa de 30, a primeira da história, a fase de grupo foi seguida já das semifinais. Argentina, Estados Unidos, Uruguai e Iugoslávia decidiram o título.
A superioridade histórica dos times do Velho Continente entre os finalistas é justificável. Em 2010, por exemplo, 53 seleções jogaram pelas Eliminatórias Europeias e lutaram por 13 vagas na Copa, enquanto no território sul-americano apenas 10 duelaram por quatro lugares - e um quinto time disputou a repescagem com o quarto lugar da Concacaf.
Mesmo assim, o número de conquista das duas regiões está empatado. São nove títulos para cada continente. Os troféus estão distribuídos entre Brasil (cinco), Itália (quatro), Alemanha (três), Argentina e Uruguai (dois) e Inglaterra e França (um).
CONTRASTE – Nas 19 edições anteriores dos Mundiais, o máximo de equipes sul-americanas presentes entre os oito finalistas foram três, no torneio de 1970. Brasil, Uruguai e Peru chegaram a essa etapa, ao lado de Inglaterra, União Soviética, Alemanha Ocidental, Itália e do anfitrião México, do norte da América.
Nesta edição, os europeus, por sua vez, amarguraram seu pior desempenho. Apenas Holanda, Alemanha e Espanha estão nas quartas-de-final, superando negativamente o número de representantes de 70 e 2002.
SEMIFINAL – O feito sul-americano pode se tornar ainda mais notável se as seleções conseguirem a classificação para as semifinais. Caso a Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai derrotem a Alemanha, a Holanda, a Espanha e Gana, respectivamente, a decisão ficará restrita aos sul-americanos.
Essa seria a primeira vez que quatro seleções de fora da Europa estariam entre os quatro primeiros colocados do Mundial. O contrário já aconteceu algumas vezes. Em 1934 (Itália, Tchecoslováquia, Alemanha e Áustria); em 1966 (Inglaterra, Alemanha Ocidental, Portugal e União Soviética); em 1982 (Itália, Alemanha Ocidental, Polônia e França); e em 2006 (Itália, França, Alemanha e Portugal).
O poder sul-americano neste Mundial só não é maior porque já houve um confronto direto nas oitavas. O Brasil eliminou o Chile (segundo colocado nas Eliminatórias Sul-Americanas).
“Os times sul-americanos chegaram muito bem preparados à Copa. Além de ter bons valores individuais, chegamos em um grande momento coletivo. Lamento a eliminação do Chile, porque foi uma das seleções que jogou muito bem na Copa”, disse o técnico do Paraguai, o argentino Gerardo Martino.
Se a seleção brasileira não passar para as semifinais no jogo contra a Holanda nesta sexta-feira, muita gente vai correndo chorar no pé do caboclo logo após a partida. Pelo menos, pela programação festiva da Independência da Bahia, 2 de Julho, dia do jogo do Brasil pelas quartas-de-final da Copa do Mundo da África, os baianos podem acompanhar a segunda fase do desfile e terminar com uma grande festa no Largo do Campo Grande, no caso da classificação brasileira.
Para evitar um constrangimento cívico, de uma festa sem a tradicional participação do povo baiano, do Bairro da Lapinha à Praça Municipal, na sua primeira fase, o governador Jaques Wagner decretou a antecipação do desfile em uma hora, pela manhã, para “dar tempo” de todos assistirem o jogo da seleção brasileira, que começa às 11h, horário de Brasília.
À tarde, a história é outra. Às 14h, o cortejo deixa a Praça Municipal com destino ao Campo Grande, onde terminam as comemorações com a realização de shows. Sem dúvida, mais uma ótima opção para o povo baiano comemorar a classificação da seleção brasileira para as semifinais do Mundial. Por enquanto, está tudo dentro dos conformes, como manda a tradição.
O fogo simbólico da Independência da Bahia saiu ontem pela manhã, da cidade de Cachoeira com destino a Salvador, passando pelos Municípios de Santo Amaro e São Francisco do Conde. Hoje o fogo simbólico sai com destino ao Panteão do Pirajá.
A previsão é de tempo ruim para amanhã, mas com chuva ou com sol, o grupo musical Tambores de Alfaya confirma que vai estar no Terreiro de Jesus, para animar os torcedores que acompanharão o jogo do Brasil contra a Holanda, em um telão instalado no espaço de eventos Lado B, na Rua João de Deus, perto da Sebrae.
A reportagem da Tribuna da Bahia foi às ruas de Salvador para saber que opção leva vantagem, nesta sexta-feira pela manhã, na disputa que acontece pela primeira vez na história, quando o desfile cívico da Independência da Bahia está no páreo com o jogo do Brasil. O resultado você confere aqui.
“Complicado, viu? Apesar de saber que é uma data importante, a independência do nosso estado, vou dar preferência ao jogo mesmo”. Joaquim Ribeiro, 24, vendedor
“Dá pra fazer os dois, não? Quero ver os dois, mas se não der vou ver o jogo”. Emília Miranda Moura, 29, cabeleireira
“Gosto do desfile, mas somos brasileiros e temos que torcer muito pela seleção”. Josefa dos Santos, 43, doméstica
“O jogo, claro. Estamos na Copa que só acontece de quatro em quatro anos. Desfile tem todo ano”. Luciana Cruz, 35, auxiliar administrativa
“Vou fazer as duas coisas. Dá tempo para tudo”. Cleonice Barbosa, 78, aposentada
“Fazer o quê lá na Lapinha? É a mesma coisa sempre. Olha que moro perto, mas não perco o jogo por nada”. Regiane Soares, 25, empresária
“Vou para o Dois de Julho. É mais importante que o jogo, pelo menos para mim”. Laudicéia Gomes, 28, socióloga
“Jogo, lógico! Dá tempo para fazer as duas coisas. Só não assisto o desfile porque vou trabalhar”. Márcio Lobo, 32, administrador
“Pretendo mesmo é viajar. O jogo não tem muita importância para mim. Só assisto se tiver oportunidade. O desfile eu só assistia quando era criança”. Antônio Carlos, 51, comerciante
Poucas pessoas podem descrever com tanto conhecimento de causa como é, e o que significa o duelo entre Brasil e Holanda em uma Copa do Mundo. Mário Jorge Lobo Zagallo é um desses nomes.
Nas três vezes em que as seleções se esbarraram, ele estava no banco de reservas, mas a seleção brasileira ganhou mais do que perdeu. Em 1974, quebrou a cabeça para tentar conter um time fantástico, sofreu, lutou, mas saiu derrotado. Comemorou em outras duas oportunidades: 1994 nos Estados Unidos e 1998 na França.
“A Holanda tem demonstrado sempre que é um adversário difícil para nós, como foi em 74, 94 e 98”, lembrou Zagalo ressaltado que apesar da Laranja Mecânica ser atualmente menos encantadora e mais pragmática, inspira cuidados da mesma forma.
O Velho Lobo, como é carinhosamente chamado, tem assistido a todos os jogos do Mundial da África do Sul, diz que a Holanda está sempre no caminho brasileiro, e faz um alerta sobre um jogador em especial.
“Eles têm bons jogadores, principalmente o Robben, o camisa 11 (atacante). Eles ficam como se não quisessem nada, mas fazendo marcação próxima, com o grupo todo atrás. Quando roubam a bola, partem em velocidade. O Robben recebe passe em diagonal na direita, faz o drible para dentro e chuta com a canhota", descreveu Zagallo, com detalhes.
Bem que Portugal tentou — e, desta vez, jogou bem mais do que o fizera contra o Brasil. Mas a Espanha foi melhor e mereceu a vitória que a tornou virtual semifinalista da Copa.
Ou será que alguém, em sã consciência, acredita mesmo que o limitadíssimo Paraguai, que se classificou ontem, nos pênaltis, numa partida medonha, contra o Japão, pode encarar a Fúria?
Os campeões europeus vão melhorando, jogo a jogo, e serão um osso duríssimo de roer para quem vencer o grande duelo entre Alemanha e Argentina. Ainda bem que este trio está do outro lado...
NAS MÃOS DOS MÉDICOS. As contusões de Elano, Felipe Melo e Júlio Baptista, aliadas à suspensão de Ramires, deixam a seleção diante de um quebra-cabeças complicado na hora de enfrentar o seu maior desafio até agora. Pelo visto, se Elano não puder jogar, vamos de Gilberto Silva, Josué, Daniel Alves e Kaká, no meio. Fora isso, a única opção é o Kléberson...
LARANJA ENJOADA. Se engana quem pensa que a Holanda só tem dois jogadores de destaque — Robben e Sneijder. O volante Van Bommel e o apoiador Van Persie são ótimos e o goleiro Stekelenburg tem feito excelente Copa. Mas o ponto forte da Laranja Mecânica é o conjunto. Graças a ele, a Holanda se classificou com 100% de aproveitamento nas eliminatórias europeias (oito vitórias em oito jogos) e, até agora, mantém a média na África do Sul. É um teste definitivo para o Brasil no Mundial.
ALVÍSSARAS! O presidente da Fifa, Joseph Blatter, enfim, admitiu que a tecnologia pode ser utilizada para auxiliar a arbitragem. Pressionado pelos erros absurdos ocorridos nos jogos de Alemanha x Inglaterra e Argentina x México, o cartola mor do futebol mundial disse ontem, que, pelo menos a implantação do “desafio” (como já existe no tênis) deve ser seriamente analisada, para os casos em que há dúvidas se a bola ultrapassou ou não a linha do gol. Como dizem os jovens: “Demorou, mané. Demorou...”
ADIDAS DOMINA. Entre as gigantes de material esportivo, a Adidas é a que possui mais representantes nas quartas de final — veste Argentina, Alemanha, Paraguai e Espanha. A Puma tem Gana e Uruguai e a Nike, Brasil e Holanda. A Adidas é também uma das patrocinadoras do evento e a fabricante da polêmica bola Jabulani. Pelos confrontos que ainda teremos pela frente, são grandes as possibilidades de um duelo final entre Adidas (Argentina, Alemanha ou Espanha) e Nike (Brasil ou Holanda).
Também fora de campo, Pelé voltou a criticar Diego Maradona. Em entrevista ao jornal alemão Der Tagesspiege, o Rei do Futebol atacou o comportamento do técnico da seleção argentina. "Acho que ele não é um bom treinador. Tem um estilo de vida excêntrico e isso raramente é positivo para uma equipe", disse.
Personagem. Pela participação aquém do esperado no Mundial, o presidente nigeriano Goodluck Jonathan resolveu intervir. "Ordenou que a equipe não participe de nenhuma competição internacional durante dois anos para colocar as coisas em ordem", dizia o comunicado à imprensa. A seleção terminou na 27.ª colocação.
Craque. Beber para esquecer. Esse foi o lema da seleção inglesa, que promoveu uma festinha com bebidas e cigarros, após a eliminação por 4 a 1 para a Alemanha. Estilo de vida questionável, mas que merece respeito.
Perna de pau. O médico da seleção brasileira José Luiz Runco complicou. Ao tentar explicar a grave contusão de Elano, deixou escapar que se o exame tivesse feito já nas primeiras horas após o choque, o jogador receberia um tratamento diferente do aplicado. Só não dá para saber se a recuperação não foi exatamente a correta. Ficou a dúvida no ar.
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