XIQUEXIQUE: O MILAGRE DE SÃO “RICARDIM” – CAPÍTULO I

06/03/2013
BZ PRESS 

Falando pelos cotovelos

O médico Alfredo Ricardo Bessa Magalhães, Dr. Ricardo como é mais conhecido, sempre exerceu a sua profissão dentro do padrão convencional. 

Entretanto, sua eleição em 07/10/2012, gerou tantas alterações comportamentais em nossa sociedade, de maneira tão rápidas e enfáticas, como se milagres fossem. 

Vejamos por exemplo, alguns deles: 

OS MUDOS COMEÇARAM A FALAR: pessoas de nossa cidade, que viviam “mudas”, que nunca se manifestaram (contra ou a favor) sobre os temas palpitantes, de repente começaram a falar, e falam de maneira enfática, firme, cheios de razão, plenos de indignação. Levantam bandeiras vibrantes, defendem causas apaixonantes. E tome-lhe críticas ao SAAE, aos postos de saúde (PSFs), à situação caótica da saúde hospitalar, às escolas, ao transporte escolar, etc.& etc... Pois sim!

OS NÉSCIOS E MENTECAPTOS, DE REPENTE FICARAM INTELIGENTES, e começam a ensinar-nos como e o que fazer, como governar (ao prefeito), como e quanto dar de aumento às categorias profissionais, como devemos e o que pensar, o que dar importância ou focar, como devemos agir, etc. 

Aqueles que se apresentavam acéfalos, hoje se apresentam como animais pensantes. 

Aqueles que liam textos redigidos por outrem, agora escrevem. 

Gente que só conhecia conta de somar, e mesmo assim em múltiplos de 4, e de repente, se transforma em peritos em contabilidade pública, analistas das finanças municipal, “experts” em administração pública. 

Gente que dizia abertamente que “mamava” e estava de barriguinha cheia, agora berra desesperadamente como bezerros desmamados. 

Não obstante, como todos os NÉSCIOS E MENTECAPTOS, ao invés de fazerem, tentam ensinar. 

DEFENSORES EMÉRITOS DOS CONTRATADOS E COMISSIONADOS, SE TRANSFORMAM EM ARDOROSOS DEFENSORES DO CONCURSO: na administração passada, o vereador Padeirinho exigiu sozinho a realização dos concursos. Ao seu redor, “ouvidos de mercadores”, os mesmos que agora exigem, clamam por concursos. 

Em 2007, o gestor anterior assinou com a Promotoria, um TAC-Termo de Ajuste de Conduta, para a realização de concursos, que só foi cumprido no setor da Educação, e mesmo assim, somente em 2011. 

Para a Saúde, preferiu-se contratar uma “entidade” que ninguém sabe de onde veio, e “terceirizou o assunto”. Faltou tutano e/ou recursos humanos à Promotoria, para entrar em juízo com a competente Ação Civil por Improbidade Administrativa... e o assunto foi esquecido, ou ao menos postergado. 

Agora, os “mudinhos” de ontem os defensores da “terceirização”, dos contratados e comissionados, do mais escancarado apadrinhamento, de repente se transformaram milagrosamente em ardorosos defensores do Concurso Público. (por hoje é só, amanhã tem mais)