WIKILEAKS: RÚSSIA VENDEU 100 MÍSSEIS ANTIAÉREOS A CHAVEZ
O Globo
O governo russo teria confessado em julho do ano passado a uma delegação americana que, até então, 100 mísseis antiaéreos haviam sido vendidos à Venezuela, armamento considerado por Washington um risco para a região.
A informação está em documentos filtrados pelo site WikiLeaks e reproduzidos nesta quarta-feira pelo jornal espanhol "El País".
Chávez nunca escondeu a compra dos mísseis Igla - que podem ser manuseados por uma única pessoa -, mas o tamanho da aquisição não havia sido revelado.
O temor dos americanos, que recentemente vem alertando seus aliados a não vender armamento a Caracas, é de que essas armas possam cair nas mãos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
DEPOIS DE ROMPIMENTO COM WIKILEAKS, MASTERCARD E BANCO SÃO ALVOS DE HACKERS
Supostos ataques de hackers que apoiam o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, bloquearam o site da promotoria sueca e o do advogado responsável pelas alegações de crimes sexuais cometidos por Assange, disseram autoridades nesta quarta-feira, 8. Hackers também teriam atacado a página da Master Card e de um banco suíço, instituições que romperam relações com o WikiLeaks. A promotora, cujo mandado de prisão resultou na decisão de um tribunal britânico, na terça-feira, de manter Assange detido, disse que havia informado a polícia sobre o ataque. “É claro, é fácil pensar que há uma ligação com o WikiLeaks, mas não podemos confirmar isso”, disse Fredrik Berg, editor do site da promotoria, falando à Reuters Television. O site ficou fora do ar durante a maior parte da noite de terça-feira e parte desta quarta-feira. Segundo um comunicado, o órgão apresentou uma queixa à polícia depois do incidente. A promotoria não disse de onde surgiu o ataque, mas uma informação do site Operation Payback, que diz lutar pela liberdade na internet, colocada 16 horas antes no Twitter, dizia que a promotoria seria um de seus alvos. A MasterCard e um banco na Suíça também confirmaram terem sido alvo de ataques. As duas instituições romperam nos últimos dias sua relação com o site WikiLeaks, que tem divulgado documentos diplomáticos secretos dos EUA. Leia mais no Estadão.
INCÊNDIO EM PRISÃO MATA 81 NO CHILE
Pelo menos 81 detentos morreram nesta quarta-feira (8) durante um incêndio na cadeia de San Miguel, em Santiago, capital do Chile. O fogo destruiu a penitenciária, que abriga 2,9 mil presos, durante a madrugada. As chamas teriam começado às 5h, após uma queima de colchões após uma briga entre detentos. A maioria dos presos morreu vítima de asfixia. Pelo menos 14 pessoas ficaram gravemente feridas e foram socorridas a hospitais próximos, segundo o ministro da Saúde do país, Jaime Mañalich. (G1)
FRANÇA ESTÁ CONFIANTE DE QUE VAI VENDER CAÇAS AO BRASIL
O governo francês está confiante de que vai vender para o Brasil os caças Rafale, da empresa Dassault, em uma licitação bilionária, apesar do anúncio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que deixará a decisão para a sucessora Dilma Rousseff. A declaração foi do porta-voz do governo francês, Francois Baroin, ao fim do conselho de ministros, nesta quarta-feira. – Temos confiança. Li as declarações de Lula citadas pela imprensa, mas não comento. Temos confiança.Ao todo, a FAB (Força Aérea Brasileira) deve reequipar sua frota com 36 caças em um contrato que pode chegar a US$ 10 bilhões [R$ 17 bilhões], custo mais alto que o do trem-bala que ligará Rio a São Paulo, previsto para 2014. (R7)
Nova revolução
ResponderExcluirO WikiLeaks e seu fundador, Julian Assange, serão reconhecidos um dia pela história como revolucionários. Assange e seus apoiadores estão deixando sua marca, nem tanto pelo vazamento em si de 250 mil documentos diplomáticos sigilosos dos EUA, mas com a reação causada pelo ato. Enquanto os americanos ainda procuram, sem sucesso, uma lei para punir Assange, usam também caminhos alternativos para sufocar o site do australiano. A pressão em instituições bancárias, como Mastercard e PayPal, fizeram com que as portas fossem fechadas ao WikiLeaks. A reação, com Assange já preso, foram ataques aos sites destas instituições, em ações de guerrilha como há muito tempo não se via. Tem, no ar, um gostinho de uma nova revolução, mais real que muitas outras, mesmo que no mundo virtual.
Também foram alvos de ataques de hackers que apoiam Assange o site da promotoria sueca e do advogado responsável pelas peculiares acusações de estupro formuladas contra o australiano. Enquanto que, do outro lado, a primeira vítima dos hackers, o PayPal, assumia que recebeu pressão americana para interromper a prestação de serviços ao revolucionário site colaborativo. É uma "guerra" (no sentido virtual) nova, na qual os hackers, ao invés de bandidos, se transformam em heróis, fabricando mitos. Revolucionário tanto pelos vazamentos como pela reação obtida, Assange, é possível comparar, é o Che Guevara do século 21 - inclusive porque está deixando os EUA de cabelo em pé.
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