A NOVÍSSIMA ELITE
Por Eliane Catanhêde (Folha)
Tem toda a razão Fernanda Torres ao dizer que “ser considerado parte da elite virou ofensa das mais graves” e em seguida perguntar: “Mas quem é a elite?”. Os bancos, que nunca lucraram tanto, as empreiteiras, eternamente gratas a Lula, a oligarquia, recheada de ministérios? Ou as levas de petistas em todos os escalões?
Há inclusive a elite enxovalhada por Lula e pelos lulistas radicais sempre que lhes falta explicação para alguma peraltice tipo mensalão. Aí, a elite somos nós, que damos um duro danado, ganhamos a vida honestamente, temos apreço aos princípios e exigimos moralidade e exemplo dos governantes.
Hoje, nada encarna melhor a neoelite que o time de Ronaldinhos de Lula -os Lulinhas. Os meninos são uns craques. Entraram pobres em 2003 e saem com seis empresas em 2011, um deles vivendo em apartamento de R$ 12 mil mensais pagos por empresário com contratos, ora, ora, com o governo do pai.
Se o presidente pode, a ministra da Casa Civil pode, o amigão Sarney pode, todo mundo pode. É educativo. Ou melhor, deseducativo. Nunca antes neste país se viu uma herança tão maldita.
BZ-Nos anos da poderosa União Soviética, o povo passava a maior necessidade, inclusive de gêneros alimentícios. Fila em Moscou, para comprar gêneros, era uma coisa comum. A elite governante entretanto, conhecida como NOMENKLATURA, nas suas DACHAS (mansões luxuosas, contruidas e escondidas dentros de bosques, na periferia de Moscou) viviam nababescamente, à base de caviar e patê de "fois gras". vinhos e champagne francesa, etc... O exemplo está sendo imitado.
EMBAIXADA EM PARIS PODE SER O DESTINO DE JOBIM
O ministro Nelson Jobim (Defesa) tem demonstrando que ama tanto Paris quanto os caças Rafale, que a França tenta empurrar ao Brasil por R$ 20 bilhões. Jobim ama tanto tudo aquilo que agora quer ser nomeado embaixador brasileiro em Paris, quando em abril deixar o cargo de ministro. É o prazo que a presidenta Dilma Rousseff estabeleceu para bater o martelo na compra bilionária dos caças.
Conquista ameaçada. Todos os embaixadores são profissionais de carreira. Nelson Jobim indicado representaria o fim dessa conquista da diplomacia brasileira.
Honra ao mérito. Por sua dedicação aos franceses, Nelson Jobim já faz jus a Legião de Honra, maior honraria deles, e virar embaixador da França em Brasília.
Vale-tudo. Para apressar Dilma na compra dos caças, Nelson Jobim agora alega que “em 2016 começam a vencer os ciclos de vida dos Mirage-2000”.
Mais uma lorota. Fontes da Aeronáutica desmentem Jobim: os Mirage 2000 da FAB foram recém-repotencializados, com novas armas, aliás, a custo alto. (CLÁUDIO HUMBERTO)
BZ-Os dados sobre armamentos das forças armadas, pelas razões óbvias, são confidenciais. Isto favorece à corrupção. É preciso encontrar fómulas de resolver o assunto, equipando devidamente as nossas forças armadas, hoje quase toda sucateada, sem dar margem à corrupção. Soluções há, e esperamos que a presidenta Dilama saiba encontrá-las.
FUNDAÇÃO SARNEY BUSCA APOIO ESTATAL
Enquanto briga na Justiça para continuar instalada no Convento das Mercês, em São Luís, a Fundação José Sarney não só mantém as portas abertas como se prepara para, neste ano, buscar patrocínio da iniciativa privada e de governos. Mesmo após denúncias de desvio de verbas e apropriação indevida, a fundação continua a tocar ações sociais e a exibir o acervo de José Sarney (PMDB-AP). Isso inclui os carros –um Landau e uma Caravan–, livros, fotos e outros apetrechos dos tempos em que o hoje senador governou o Maranhão e presidiu o Brasil. Leia mais na Folha.
BZ-Essa fundação já esteve envolvida em vários escândalos. Dinheiro público doados à fundação acabou em contas particulares. Embora o fato tenha sido comprovado, nunca foi devidamente apurado nem punido. Na ocasião, o senador Sarney declarou que não tinha nenhuma responsabilidade sobre a administração da fundação que leva o seu nome. Agora, apostando na memória fraca do povo brasileiro, voltam a cogitar de mais recursos públicos.
De fato, jamais se poderá tirar a razão do ex-deputado Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, que se nunca foi na vida pública um exemplo de coerência e probidade absoluta, embora sobre ele não pesem condenações por estes malfeitos, ao menos foi de uma felicidade inominável quando comparou os garraios vermelhos do PT ao "sui sus scrofa" que passou a vida comendo jerimum meio estragado e em certo momento teve acesso ao mais saboroso farelo de aveia que um moinho inventado pelo homem pode produzir. Além de repudiar o trato anterior, nosso "sui sus scrofa" passa a exigir que o tempo todo, todos à sua volta, forneçam-lhe graciosamente farelo da melhor qualidade e do mais refinado paladar; tanto de aveia como de cevada, centeio, trigo, milho, painço, etc. E ai, ai, ai se rapidamente não lhe for servido o prato reclamado, vira tudo uma gritaria só. Vão ver se os "sui sus scrofa" que desmandam Cuba também se contentam com a austeridade que comunistas pregam! Para os outros...!
ResponderExcluirPelo visto nunca deixaremos de ser uma republiqueta, onde os eleitos se apropriam da cióisa pública, sempre (de modo muito conveniente), confundindo o público com o privado. Dona Marisa plantou uma estrela vermelha (o símbolo do PT) nos jardins do palácio da Alvorada, sua residência nos últimos 8 anos.
ResponderExcluirNão se sabe entretanto quantos caminhões foram usados para a ocupação do palácio da Alvoradam, pela família de Lula. Agora na saída do governo, 11 caminhões foram utilizados para fazer a mudança de seus bens pessoais. Muito elitismo para um líder que diz detestar as elites e se diz representante dos trabalhadores.
Aqui em Xiquexique, a família Braga age como se o município fosse sua propriedade particular, sua fazenda.
O que diria o Lula de 20 ou 30 anos atrás se um dos generais ou o ex-presidente FHC usassem assim as instalações militares para o deleite pessoal de si e sua família?
A mídia adesista e comprada com a publicidade do Lula foi a responsável pela falsa popularidade do Molusco e pela ignorância e desinformação do povo brasileiro sobre as “realizações” da gestão dele. Vendeu o homem com a ajuda da sua “experteza” como comunicador palanqueiro. Lula foi mais objeto de notícias do que de análises de seus atos e omissões. Foi tratado como um cidadão incomum, um iluminado, um “deus”. Omitiu-se tudo o mais, sua agressividade, sua ingratidão , suas duas caras, suas mentiras e contradições, sua condescendência com os malfeitos dos companheiros, sua inveja do antecessor, etc., etc., etc... Agora entra em cena a História que vai colocar o Apedeuta no seu devido lugar.
ResponderExcluirObrigação do sucessor
ResponderExcluirO novo Chanceler do Ministério das Relações Exteriores, diplomata Antônio Patriota, tem o dever de adotar todas as tais "providências necessárias" para investigar quantos passaportes diplomáticos foram concedidos irregularmente pelo seu antecessor. Feito isso, no mínimo, torne público para se conhecer os beneficiários e os que intercederam (com pedidos) na liberação daquelas identidades. Mas confesso que dificilmente isso acontecerá porquanto o Brasil tradicionalmente já é conhecido como o país da impunidade, e, claro, isso sobraria para o ex-chanceler Celso Amorim e outras autoridades. Igualmente, fica claro que não adotando as tais "providências necessárias" (jarguão popular que dificilmente vinga), o sucessor poderá ser responsabilizado por omissão, prevaricação, e outros enquadramentos legais, notadamente no âmbito do Direito Administrativo.
Jobin em Paris
ResponderExcluirNada mau para um político medíocre como Jobin. Influi na compra dos caças Rafale,salva a indústria aeronáutica francesa, se transforma em pessoa importante na França, põe no bolso uma gorda comissão de alguns milhões de dólares, e vai ser o embaixador do Brasil em Paris, com recursos para desfrutar dos melhores restaurantes, melhores e mais caros vinhos, champagnes e conhaques franceses.
Do túmulo de Colombey-les-deux-Eglises, onde está enterrado, o velho general De Gaulle, deve estar se lembrando de sua profecia sobre o Brasil: "ne c'est pas a pays serieux" (não é um país sério)
Isto é PINDORAMA