RIO: 50 CORPOS NÃO IDENTIFICADOS SÃO SEPULTADOS EM NOVA FRIBURGO
Militares do Exército, usando máscaras cirúrgicas, ajudaram a sepultar neste sábado, 15, cerca de 50 corpos ainda não reconhecidos da tragédia em Nova Friburgo no cemitério municipal Trilha do Céu, no bairro de Conselheiro Paulino. Carregados por militares da quadra da escola de samba Unidos da Saudade, no Centro, na manhã de sábado os primeiros 20 caixões lotaram três caminhões de transporte de tropa. O comboio seguiu por ruas da cidade com uma escolta da Polícia Militar e faria uma nova viagem até o centro para buscar os outros caixões. Enquanto isso, funcionários da prefeitura cavavam outras 200 covas rasas na Trilha do Céu.
O coordenador do Ministério Público em Nova Friburgo, Hedel Nara Ramos, explicou que todos os 50 corpos ainda não reconhecidos foram identificados por impressões digitais e fotografias. Os seis corpos, em estado avançado de decomposição, em que não foi possível recolher digital, nem fazer foto, tiveram material genético colhido para futuro reconhecimento. (Estadão)
RIO: GALÃO DE ÁGUA CUSTA R$40 EM ÁREAS AFETADAS PELAS CHUVAS
Socorristas relatam dificuldades para chegar a áreas isoladas de Nova Friburgo e Teresópolis, no Rio de Janeiro, onde ainda há pessoas ilhadas e faltam alimentos e água. Diante da escassez, comerciantes chegam a cobrar R$ 40 pelos galões de água que restam. O combustível também falta e, segundo relata o socorrista voluntário Francisco Almeida, um litro de gasolina custa até R$ 4 em alguns poucos postos em funcionamento. A conta das mortes na região serrana do Rio já ultrapassa mais de 500 vítimas. “Ainda tem muita gente ilhada, com alguma segurança mínima, mas sem alimento e sem água potável”, informa Almeida. O risco passa a ser a transmissão de doenças pela água contaminada como explicou a Terra Magazine o presidente do departamento de infectologia da Associação Paulista de Medicina (APM), Hélio Arthur Bach. (Leia mais no Terra Magazine)
DINHEIRO DO CÉU
‘A culpa não é da Natureza”, afirmou à Deutsche Welle o especialista em planejamento urbano Carlos Vainer. Ele acusou de “negligência” os governos que privilegiam a construção para ricos em áreas de risco, como Petrópolis, mostrando o elo entre autoridades e construtoras.
JUSTIÇA DE RORAIMA MANDA DEMOLIR CASA DE EX-GOVERNADOR
A Justiça Federal em Roraima mandou demolir um “suntuoso imóvel” do ex-governador Neudo Campos (PP) em Pacaraima (RR), na fronteira com a Venezuela. Segundo a sentença, do mês passado, a casa viola um acordo com o país vizinho que impede qualquer construção a menos de 30 metros da linha fronteiriça. O imóvel, de dois andares, três quartos, escritório e ampla sala, fica a 18 metros da fronteira, disseram perícias feitas no processo. Localizada em uma montanha a mais de 1.000 metros de altura, a casa tem uma vista privilegiada. O juiz do caso, Helder Girão Barreto, levantou até a hipótese –não confirmada– de que Campos tenha substituído, de maneira “criminosa”, um dos marcos de pedra da fronteira para tentar legalizar sua situação, segundo escreveu na decisão. (Leia mais na Folha)
A cada ano a queima de fogos em dezembro é mais bonita e a tragégia de janeiro é mais feia... ... Porque será? Me lembro de uma tragédia nos primeiros dias de governo do Carlos Lacerda com pedras enormes rolando e massacrando tudo. Poucos dias depois ele criou a Geotécnica e passaram anos sem mais nenhuma tragédia por chuva, mas a queima de fógos nem existia. No terremoto do Chile o Brasil enviou ajuda 2 dias depois, mas para Friburgo ... Não vi os Boings pela TV. É obrigação governamental toda ajuda sem esperar a mobilização popular com doações, já que nada fizeram para prevenir e nem para atenuar (como a prefeitura de Areal). Decretar luto somente no sabado chega a ser vergonhoso, mas o governador estava viajando em férias, se estivesse presente, na mesma noite da tragédia teria enviado, equipamentos, homens, máquinas, alimentos, água, medicamentos, medicos, tendas, colchões e cobertores, com certeza. Mas estava viajando, não sabia que todos os anos acontecem tragédias semelhantes e previsíveis.
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