segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

NACIONAIS

17/01/2011

MINISTROS CRITICAM FALTA DE CLAREZA DA PRESIDENTA DILMA
Na primeira reunião com os 37 integrantes do primeiro escalão do governo, a presidente Dilma RoussefF foi clara nas orientações técnicas, masdeixou a desejar na mensagem política a ponto de confundir sua equipe. A avaliação é de ministros que participaram do encontro, realizado anteontem por cerca de quatro horas no Palácio do Planalto. Por seu caráter inédito, naturalmente suscitou comparações com o estilo do antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. O temor dos ministros é que o Congresso paute o governo, emvez do contrário, como todos eles consideram ideal. “Se o governo não der trabalho ao Congresso, o Congresso dará trabalho ao governo”, afirmou um desses ministros à reportagem. As queixas partiram principalmente de ministros egressos do governo Lula. (Folhapress)

DILMA DEVE CONDENAR INVASÃO DE TERRA PRODUTIVA
A relação do governo Dilma Rousseff com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra (MST) deve ser a mesma tida com o governo Lula: apoio, em certa medida, aos pleitos do movimento, mas condenação às invasões de terras produtivas e as ações violentas. Esta é a opinião de analistas políticos e parlamentares ouvidos pela reportagem de A TARDE. (Leia mais no A Tarde, disponível para assinantes)

PETISTAS CONTROLAM 60% DOS CARGOS DO GOVERNO FEDERAL
A hegemonia do PT no governo Dilma Rousseff se revela mais pelo domínio dos cargos na administração federal do que pelo controle das verbas orçamentárias. Segundo levantamento feito pela Folha, os ministérios entregues aos petistas, que movimentam pouco mais de 30% de todo o Orçamento da União, abrigam algo em torno de 60% dos cargos de livre nomeação existentes na Esplanada. Em potencial, são 13,4 mil postos de comando e assessoria, incluindo os do gabinete presidencial, a serem oferecidos a especialistas do setor privado ou apadrinhados políticos, aos servidores públicos mais talentosos ou os mais alinhados às chefias. No total, o Executivo dispõe de 21,7 mil cargos desse tipo, disputados pelos partidos e conhecidos no jargão brasiliense pelas siglas NES (Natureza Especial) e, principalmente, DAS (Direção e Assessoramento Superiores) –cujos níveis vão de um a seis, crescentes conforme a posição do nomeado na hierarquia federal. (Leia mais na Folha)

PALOCCI SE SOLIDIFICA COMO PRINCIPAL MINISTRO DE DILMA
Duas semanas de Dilma Rousseff foi tempo suficiente para consolidar a impressão de que há dois tipos de ministro sob a nova presidente: Antonio Palocci e os demais. Exceto pela própria Dilma, Palocci foi o personagem que mais frequentou o gabinete presidencial desde 3 de janeiro, primeiro dia últil depois da posse. Até aqui, não houve reunião que Dilma convocasse sem que o novo chefe da Casa Civil estivesse entre os participantes. Além das audiências individuais, Palocci participou de despachos da presidente com colegas de Esplanada. Almoçou um par de vezes com Dilma. Afeita ao hábito de alimentar-se no ambiente de trabalho, ela mastiga a comida e os problemas do dia simultaneamente. Entre todos os discursos de posse, o de Palocci foi o mais curto: 14 minutos. Dedicou-se sobretudo a espancar a idéia de que seria um superministro. Em 16 dias, a retórica foi pulverizada pela prática. Palocci foi chamado a opinar sobre tudo –de reforma tributária e câmbio à distribuição de cargos. Aos primeiros sinais de crise, foi acionado para conter os apetites do PMDB. Como o noticiário continuasse eletrificado, Dilma chamou Michel Temer. Na reunião com o vice-presidente, mandachuva licenciado do PMDB, Dilma trazia Palocci a tiracolo. Decidiu-se recobrir a guerra pelo segundo escalão, que opõe o partido de Temer ao PT, com um manto diáfano de silêncio. (Leia mais no Blog do Josias de Souza)

Um comentário:

  1. Nem tudo são flores

    Na formatação da imagem da nova presidente há também espinhos. Enquanto que, aqui e lá fora, Dilma tenta mudar o tom que o Brasil vinha até então utilizando quando o assunto era Direitos Humanos em países "amigos", o Irã, o tal país "amigo", já começa a se coçar. Além da reclamação da diplomacia iraniana à embaixada brasileira em Teerã, que o "Estadão" vazou depois de ter acesso a telegramas diplomáticos, a bronca ficou mais alta e aberta. A presidente da comissão de direitos humanos do Parlamento iraniano, Zohre Elahian, repudiou publicamente as críticas de Dilma e sua defesa de prisioneiros que, para a brasileira, são políticos, mas que, para a iraniana, "têm registrado em seus antecedentes crimes de segurança contra o povo iraniano" (?). O problema é que o Brasil, por muito tempo e ainda hoje, a depender do país "amigo", comprou estes embrulhos semânticos. Parar não será fácil, mas já é um passo.
    Dilma, com o passado que fez questão de não esconder durante a campanha e que provavelmente, pelas mãos do genial João Santana, lhe deu muitos votos, tem toda razão para criticar e combater a existência de presos políticos no Irã (ou seja lá como se queira chamá-los). Mas nem só no Irã o problema se manifesta. Mais perto da terrinha, aqui na América Latina, há histórias de sobra para deixar em pé o cabelo de qualquer ex-guerrilheira. Mas esta ainda é a terra de Marco Aurélio Garcia e, deste lado de cá do mundo, ninguém ainda quer falar. Venezuela e Cuba deveriam ser os próximos na lista deste novo Itamaraty.

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