Um editorial publicado nesta sexta-feira pelo diário econômico britânico “Financial Times” elogia o início do governo da presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e a mudança de estilo em relação ao antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva. Para o jornal, o primeiro mês de governo de Dilma já demonstrou que as previsões de que ela seria simplesmente uma continuação do governo Lula foram “apressadas”. O editorial afirma que ela “rompeu com as políticas de seu antecessor de várias maneiras animadoras”. “Um dos aspectos menos atraentes da Presidência de Lula foi sua aproximação com o Irã e sua recusa em falar sobre os abusos aos direitos humanos por lá. Essa postura tornou difícil as relações cordiais com os Estados Unidos”, comenta o texto. Para o jornal, Dilma “está revertendo essa posição”. (Folha)
BZ-São na realidade bem diferentes, e esperamos que continuem sendo ainda mais
O comportamento discreto da presidente Dilma Rousseff começa a incomodar alguns petistas. Segundo eles, as respostas do governo às detenções e agressões sofridas por jornalistas brasileiros no Egito esta semana foram “muito técnicas”. Mal-acostumados com o estilo falastrão do presidente anterior, acreditam que Dilma deveria ter ido a público comentar o caso. Em lugar disso, a presidente preferiu adotar a postura correta: deixou aos diplomatas a responsabilidade de se manifestar sobre uma situação que envolve a diplomacia. Por meio de nota, o Ministério de Relações Exteriores condenou a detenção dos jornalistas brasileiros durante as manifestações no Cairo contra o ditador egípcio Hosni Mubarak. E cobrou garantias para os estrangeiros que estão naquele país. Nada mais adequado. A Empresa Brasil de Comunicação (EBC), por sua vez, soltou nota lamentando a violência contra dois de seus funcionários.
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