Do G1, com agências internacionais
Ditador ameaçou manifestantes e prometeu lutar 'até última gota de sangue'. Repressão a protestos contra o governo deixou centenas de mortos no país.
O ditador Muammar Kadhafi "amaldiçoou" nesta terça-feira (22) os responsáveis pelos protestos de rua contra o seu governo, que paralisam o país desde 15 de fevereiro, e criticou os países "árabes e estrangeiros" que estariam tentando desestabilizar a Líbia.
Em um tom raivoso, gesticulando e apontando o dedo para o alto, ele disse que ainda é o "chefe da revolução" no país, que governa desde 1º de setembro de 1969 após um golpe de estado, e disse que deixar a Líbia "não está entre as suas opções" e que pretende morrer no país.
"Muammar Kadhafi é o líder da revolução, sinônimo de sacrifícios até o fim dos dias. Este é o meu país, de meus pais e antepassados", disse.
BZ-Note que o local de onde estava sendo transmitida a fala do ditador, parece um "bunker" subterrâno, o que significaria que êle está escondido, entocado.
Os tempos são outros. Não há mais tolerância para com os ditadores. Os povos de todo o mundo estão despertando, ainda que lentamente, do torpor em que têm vivido e ao qual se deve a presença prolongada de ditadores. É claro que há ditaduras disfarçadas também e isto se verifica em qualquer lugar em que a oposição é fragilizada ou até mesmo "dizimada". A verdadeira democracia requer respeito aos direitos individuais dos cidadãos, bem como às opiniões divergentes em relação aos governantes. Qualquer governante que aspire à maioria absoluta em uma democracia, exercendo controle através de manipulações e acordos, muitas vezes espúrios, traz em si as sementes do autoritarismo e oculta em seu interior, nem sempre com sutileza, um perfil ditatorial.
ResponderExcluirQualquer semelhança com alguns dos nossos dirigentes, não é mera coincidência não!