segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

NACIONAIS

07/02/2011

DILMA INICIA MANDATO COM MARCA PRÓPRIA
Com pouco tempo de mandato, a presidente Dilma Rousseff deu sinalizações claras de que não vai passar pela História como a presidente que apenas deu continuidade à gestão de seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela deseja deixar sua marca própria nos quatro anos de governo e se diferenciar da administração anterior. Segundo ministros ouvidos pelo GLOBO semana passada, já há uma disposição da atual gestão de se afastar do discurso do continuísmo, que teve ênfase na campanha eleitoral. No Palácio do Planalto, há um consenso de que bater na tecla do “continuísmo” diminui o papel de Dilma. Discretamente, assessores diretos da presidente tentam diminuir ao máximo o nível de atrito com antigos integrantes do governo Lula, principalmente após as diferenças acentuadas nas primeiras semanas de governo Dilma. – A alternância de estilo causa um aspecto positivo e oxigena o governo. Mas não vejo por que Lula ter ciúmes daquilo em que ele apostou – disse o governador Jaques Wagner (PT-BA), interlocutor próximo de Dilma e Lula. – Não tem modelo pior ou melhor. São estilos muito diferentes. O Lula era palanqueiro e Dilma, não – diz o presidente do PT, José Eduardo Dutra. Leia mais em O Globo.

DILMA FREIA NOMEAÇÕES ATÉ CONGRESSO VOTAR MÍNIMO
Na mesma estratégia usada pelo Planalto para assegurar tranquilidade na votação da presidência da Câmara, o adiamento das nomeações do segundo escalão federal será usada para permitir que o Congresso aprove um valor do salário mínimo compatível com a meta do governo. A definição do valor é o principal teste da fidelidade da base aliada que a presidente Dilma enfrentará neste início de governo. Leia mais na Folha.


Moreira Franco o
meio ministro

O PMDB TEM QUATRO MINISTROS E MEIO
Na manhã de quinta-feira, antes de ir ao encontro do ministro Antonio Palocci (Casa Civil), o líder do PMDB, Henrique Alves (RN), reuniu-se com trinta deputados de primeiro mandato do partido. Lá, fez um longo discurso sobre o papel do PMDB no governo Dilma. Fala daqui, fala dali e ele diz: “Nós (PMDB) temos quatro ministérios e meio”. Um dos novatos perguntou: “Quem é o meio?”. Ele respondeu: “O meio é o Moreira Franco (Assuntos Estratégicos)”. Mais adiante, o deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), questionou: “E o (Nelson) Jobim? (Ministro da Defesa)”. Henrique emendou: “Esse não conta. Ele não é do PMDB”. (O Globo)

SERRA: PARA ELEITOR, QUEM NÃO SABE FAZER OPOSIÇÃO NÃO GOVERNA
O tucano José Serra afirmou que uma das objeções do eleitorado ao PSDB no pleito presidencial de 2010 foi porque o partido não soube fazer oposição ao então governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Para ele, a legenda se perde em combates internos, enquanto deveria se preocupar em representar os eleitores que conquistou no ano passado. “Não podemos deixar esse eleitorado sem representação. Precisamos convencer essas pessoas de que não jogaram seus votos fora”, disse. As informações são da coluna de Dora Kramer, no jornal O Estado de S. Paulo. “Uma das objeções do eleitorado ao candidato oposicionista estava no fato de o PSDB não ter sabido fazer oposição. Para muitos eleitores, quem não sabe ser oposição também não sabe ser governo”, disse. Serra afirmou ainda que existe uma “desproporção imensa” entre o que o PSDB faz e deveria fazer. Segundo ele, a oposição não deve se amedrontar e precisa manter posições claras, sem esquecer que uma eleição é resultado de quatro anos de atividades, e não somente 45 dias de campanha. (Terra)


FHC SOBRE DILMA: ‘ESTÁ NA HORA DE A OPOSIÇÃO BERRAR’
Há na política o costume de conceder a novos governantes uma trégua nos cem primeiros dias de gestão. Tempo para que a novidade diga a que veio. Fernando Henrique Cardoso não parece disposto, porém, a conceder o armistício de praxe à presidente Dilma Rousseff. Neste domingo, decorridos apenas 37 dias do início da gestão Dilma, o presidente de honra do PSDB insufla a oposição a se opor imediatamente. Como faz todo primeiro final de semana do mês, FHC manifestou-se por meio de artigo. A peça é veiculada em vários jornais do país. Sabendo-se general de uma tropa dividida ao meio –um pedaço com José Serra, outro com Aécio Neves—, FHC anota: “Ou a oposição fala e fala forte, sem se perder em questiúnculas internas, ou tudo continuará na toada de tomar a propaganda por realização”. Leia mais no Blog do Josias.

SARNEY TENTA AGORA VIRAR ‘PATRONO’ DA REFORMA POLÍTICA
O tetrapresidente do Senado disse ao ministro José Eduardo Cardoso (Justiça) que vai constituir um grupo suprapartidário para elaborar projeto de reforma política.
Não especificou datas, mas deu a entender que tem pressa. Quer finalizar uma proposta antes do início do recesso parlamentar do meio do ano.
No segundo semestre, deseja levar a reforma a voto. Por que a correria? Sarney alega que é preciso aproveitar o embalo do início da gestão Dilma Rousseff.
BZ-Infelizmente não acreditamos que o senador Sarney possa levar a bom termo uma tarefa dessa magnitude e importância. Se deixar em suas mãos a reforma política, vai mudar muito pouco, e os privilégios atuais, assim como as brechas da lei que permitem a impunidade, serão mantidos ou até aumentados.


CAETANO VELOSO ADMITE ESTAR ‘ADORANDO’ DILMA
“Estou adorando Dilma. Lula era muito show business (eu já sou saturado do elemento). Dilma mandou guardar a Bíblia e o crucifixo, adiou a decisão sobre a compra dos caças, portou-se magnificamente bem na Argentina. O ministro Patriota já soa como um alívio depois das trapalhadas em tom elegante do seu predecessor. Dilma parece presidir. Claro que temos todos os problemas de grupos disputando cargos e influência — além do grande problema Brasil de sempre: obscena distribuição de renda, educação miserável, infraestrutura “tudo-ainda-é-construção-mas-já-é-ruína”, impotência para controlar os gastos. Sei que estamos no período de lua de mel com a presidente. Mas temos muitas razões para estar confiantes. Se a inflação global não tornar tudo impraticável, Dilma pode fazer um governo muito decente. Sou insuspeito: não votei nela nem aprovei o tom com que Lula e sua turma tocaram a campanha. Mas que tá bom, tá. Serra, nem pensar.” (O Globo)

4 comentários:

  1. Erenice, o braço direito de Dilma
    Parte da mídia parece querer acreditar que, num passe de mágica, Dilma se transformou na gestora honesta, eficiente, que busca resultados... Lembrai-vos, senhores, do dossiê contra D Ruth, da pressão sobre D. Lina, da Receita Federal, das mutretas com Ricardo Teixeira, amplamente divulgadas e de geral conhecimento. Sem falar na quadrilha de d. Erenice e familia. D. Dilma é a mesma, aquela da Casa Civil. Hellllooooo????!!!!!

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  2. Até Cetano deu a mão à palmatória. Mas, pro comentarista acima que ainda prefere Serra...

    Vá de retro, satanás....

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  3. Pra você, blogueiro, que é adepto da Folha:

    A Folha de S. Paulo virou alvo na “ditabranda” do Egito
    A polícia política do ditador Hosni Mubarack, do Egito, invadiu o quarto dos jornalistas da Folha de São Paulo no Hotel Hilton, no Cairo. Enviados dos jornais O Estado de S. Paulo e O Globo também tiveram apartamentos invadidos. Um fotógrafo do Wall Street Journal teve a roupa rasgada, um repórter da rádio France Inter foi quase linchado, o âncora da TV CNN, Anderson Cooper, levou um golpe na cabeça, o catalão Joan Roura, do Canal TV3, foi agredido durante transmissão ao vivo, o repórter belga, Serge Dumont, do Le Soir, levou pancadas na cabeça por civis não identificados. Há relatos de ataques a jornalistas da BBC, ABC, Al Jazeera e Al Arabiya.

    É chocante, mas, nada disso se compara à execução por enforcamento do jornalista Wladimir Herzog, pelos militares da ditadura brasileira, que a Folha de S. Paulo, em Editorial, classificou um dia de “ditabranda”. Allah Akbar.

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  4. Como se Caetano Veloso entendesse e esteja preocupado com o povo brasileiro e com o que Dilma metralha significara...Oh povo idiota que o brasileiro e!

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