MEDIDAS PROVISÓRIAS EDITADAS NO GOVERNO LULA SE CHOCAM COM ORIENTAÇÃO PARA CORTAR GASTOS
Cristiane Jungblut e Isabel Braga/O GLOBO
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff recebeu uma pesada e antiga herança do governo Lula no Congresso Nacional. Entre as 24 medidas provisórias que tramitam na Câmara e no Senado, 21 foram editadas no governo passado, sendo que dez estão trancando a pauta de votações da Câmara. Muitas dessas medidas vão na contramão do corte de R$ 50 bilhões anunciado na semana passada , pois implicam na criação de cargos e no aumento dos gastos públicos.
APÓS O MÍNIMO, DILMA TENTARÁ RECRIAR A CPMF
A pindaíba que obrigou o governo ao corte de R$ 50 bilhões nos gastos de 2011, levou a presidente Dilma a tomar a decisão de encaminhar ao Congresso, logo após a aprovação do salário mínimo de R$ 545, de um projeto restabelecendo a CPMF, o imposto do cheque, a fim de garantir o financiamento da reconstrução dos serviços públicos de saúde. O governo já se prepara para enfrentar a forte oposição ao tributo.
Aviso prévio. Após a votação do mínimo de R$ 545 e a depender do comportamento do PDT na câmara, o ministro Carlos Lupi (Trabalho) pode dançar.
Só de ida. Com seu jeito manhoso de ser, o ministro Antonio Palocci deixa claro: votar contra o mínimo de R$ 545 é bilhete sem volta para a oposição. (CLÁUDIO HUMBERTO)
DILMA PEDE QUE KASSAB SE FILIE AO PSB, NÃO PMDB
Até a presidenta Dilma Rousseff se meteu no impasse sobre o futuro político do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (DEM). Ela pediu para ele se filiar ao PSB e não ao PMDB, como estava previsto em princípio. A sugestão foi dada, na semana passada, por um emissário do PT de São Paulo com trânsito no Palácio Planalto. Até o fim do ano passado, Kassab negociava sua ida para o PMDB, partido do vice-presidente da República Michel Temer e que detém a maior bancada no Senado e a segunda maior na Câmara dos Deputados. Exatamente para o PMDB não crescer demais e ficar incontrolável, Dilma prefere que Kassab opte pelo PSB. Nas duas últimas semanas, peemedebistas e petistas entraram em conflito por causa de cargos no governo. Além disso, na visão de Dilma e do Palácio do Planalto, o PSB exerce maior controle sobre seus filiados. (BN)
CRÍTICA A AJUSTE FISCAL FAZ MANTEGA COBRAR EXPLICAÇÃO DE DIRCEU
O corte de R$ 50 bilhões no Orçamento explicitou as disputas internas do PT e dentro do governo de Dilma Rousseff. O anúncio fomentou uma fissura em plena comemoração dos 31 anos do PT. Incomodado com o bombardeio do próprio partido, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a questionar o ex-ministro José Dirceu sobre a veracidade de críticas atribuídas a ele. Na conversa, ocorrida durante a festa de aniversário, em Brasília, na quinta-feira, Dirceu negou que tenha reclamado do rigor do corte. Segundo relato de Mantega a interlocutores, Dirceu disse que considerava adequados os critérios de redução de gastos promovidos pelo governo Dilma. Horas antes, na reunião do Diretório Nacional do PT, o ex-ministro incentivou, porém, o partido a acompanhar com cuidado os cortes. (Folha)
GOVERNO QUER MUDAR PREVIDÊNCIA DE SERVIDOR PÚBLICO
Dilma Rousseff decidiu levar a mão a um vespeiro. Vai mandar ao Congresso projeto que altera o sistema de previdência dos servidores públicos. Hoje, ao vestir o pijama, o servidor assegura aposentadoria igual ao salário que tinham na ativa. Deseja-se interromper a mamata para os servidores que ingressarem nos quadros do Executivo, Legislativo e Judiciário depois da aprovação da nova lei. Deve-se a informação ao líder de Dilma no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Quem já tem direito à aposentoria integral não será importunado, diz ele. Quem ainda não tem, vai aos quadros do Estado com as mesmas regras do trabalhador da iniciativa privada. Significa dizer que, ao aposentar-se, o novo servidor receberá no máximo o teto fixado pelo INSS para o setor privado. Em cifras de hoje: R$ 3.689,66. No mesmo projeto, o governo vai criar um fundo complementar de aposentoria do setor público. Quem achar que a nova aposentadoria não enche a geladeira poderá associar-se ao fundo. O reforço será condicionado à contribuição (entre 6% e 9% do salário). A União será patrocinadora do fundo, na proporção de um para um. Ou seja, borrifará no fundo valor igual à contribuição do servidor. (Blog do Josias)
BZ-Tem que acabar esse peivilégio dos servidores públicos. Esperamos que a presidente Dilma aproveite o embalo e acabe também com as múltiplas aposentadorias dos servidores públicos e os políticos.
TENSÃO MARCA CONVÍVIO ENTRE GRUPO DE MARINA E ‘VELHO PV’
Antes de Marina Silva filiar-se ao PV, no ano passado, ficaram acertadas duas mudanças internas com a cúpula do partido. A primeira seria a reformulação do programa, o que aconteceu antes da eleição, com o intuito de destacar a questão da sustentabilidade como eixo de ação política. A segunda, que seria a reestruturação interna, com o objetivo de democratizar a vida partidária, ainda não aconteceu e está provocando mal-estar entre as duas principais forças do PV. De um lado, pessoas ligadas ao grupo que desembarcou no partido com Marina identificam lentidão e desinteresse no encaminhamento das mudanças. Querem aproveitar o sucesso eleitoral do ano passado para promover filiações e desencadear um processo de renovação dos cargos de direção – destinado a estancar um resistente fisiologismo partidário, principalmente nos Estados. Na outra ponta, militantes próximos ao presidente verde, deputado José Luiz Penna (SP), veem precipitação nas propostas de democratização e dizem temer que o partido afunde no assembleísmo. Uma das formas encontradas para reduzir a tensão será um seminário sobre democracia partidária, organizado pela Fundação Verde Herbert Daniel, vinculada ao partido. (Estadão)
BZ-O PV esteve muito tempo sob a batuta do deputado Zequinha Sarney, cujos princípios políticos estaõ longe dos preconizados pela Marina.
O quercia em 90 fez a mesma coisa para eleger o fleury, só que teve, se é que podemos chamar de dignidade de avisar a seus eleitores, que iria quebrar são paulo para eleger seu sucessor. O mulla fez o mesmo em 2010, só que não teve a mesma, "dignidade" que o seu colega paulista, e espero que tenha a mesma sorte que este.
ResponderExcluirPois é, essa sim é a verdadeira HERANÇA MALDITA deixada por 8 anos do (des)governo do Apedeuta Loroteiro e sua turma dos puxa-sacos "nunca antes na história deste país". Torraram o que podia e não podia. Agora vão fazer esse jogo de cena safado, com o Poste fazendo o que tem que fazer pro país não quebrar como os cortes (e outras medidas impopulares que virão) e o seu mestre papagaiando pra patuléia que não concorda com isso. Assim, com o poste "queimado" ele volta a cena triunfante em 2014 dizendo que ficou decepcionado com sua cria e a bugrada acreditando. É a mesma "engenharia política" usada no caso Quércia-Fleury e Maluf-Pitta. O soberano torra tudo pra ficar popular e o laranja que vem depois tem limpar o rastro de destruição, consertar as cagadas e fica impopular como cartucho queimado. Herança: Deficit:280 milhões e dívida interna beirando 2 tri. Saúde e educação: um lixo.
ResponderExcluirMas é clar que o governo vencerá a batalha do salário mínimo, na próxima quarta-feira, arrochando mais de vinte milhões de aposentados. E será por ampla maioria. Uma ampla maioria que espera por cargos nos vários escalões, além da liberação de emendas para as bases eleitorais. Espera-se que a oposição considere o valor de R$ 600 inegociável e que use de todas as manobras regimentais para que isto fique evidente, culminando com o abandono do plenário, como fazia o PT nos velhos tempos. Tudo há que ser feito com grande estardalhaço. Que fiquem por lá apenas os "prudentes" ou, traduzindo, os traidores dos 44 milhões de brasileiros ativos eleitoralmente que nas eleições de 2010 optaram por ver o petismo pelas costas e os petistas levando botinadas no traseiro. A oposição, para ser oposição de verdade e não uma tropa de cagões "propositivos", precisa mostrar aos ruminantes nacionais que desastre econômico não é o salário mínimo de 600 reais; são os desmandos e descalabros do petismo...!
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