15/03/2011
O atual vice-governador da Bahia, Otto Alencar (PP) já começou a preparar a base de sustentação do novo Partido Democrático Brasileiro (PDB), que promete, de acordo com ele, aglutinar metade dos 320 prefeitos que apoiaram o governador nas últimas eleições. Um evento está marcado para as 9h deste domingo (20), no Hotel Fiesta, para discutir a criação da nova legenda. De acordo com a assessoria responsável pela divulgação do encontro, a reunião foi organizada pelo principal nome da nova sigla, o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (DEM), além do próprio Otto.
O deputado federal João Leão, uma das principais lideranças do PP na Bahia, disse ao Bahia Notícias não acreditar que o Partido Democrático Brasileiro (PDB) terá condições de disputar as eleições de 2012. A legenda, cuja formação é comandada pelo prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (DEM), seria liderada no estado pelo vice-governador Otto Alencar, que, apesar de ainda estar filiado ao PP, discutirá a sua criação no próximo domingo (20), no Hotel Fiesta, em Salvador, a partir das 9h. “Está todo mundo achando que é a coisa mais fácil do mundo, e não é assim. Eu, que participei das discussões da reforma política, sei que para fundar um partido é necessário ter 500 mil assinaturas. Tem mais de 100 partidos políticos em formação no Brasil que não estão conseguindo formalizar. Para mim, é impossível que o partido esteja regularizado para a eleição de 2012. Para fazer fusão com o PSB tem que estar todo formalizado. Isso é para 2014, e olhe lá”, avaliou.
Ao contrário do seu ainda correligionário João Leão (PP), o vice-governador Otto Alencar disse apostar na criação do PDB para as eleições municipais, que serão realizadas em 2012. Apesar de ainda ser oficialmente pepista, ele revelou que terá que sair do partido por causa de um acordo assumido com os gestores municipais que apoiaram a reeleição do governador Jaques Wagner no ano passado e estariam sem espaço para disputar o próximo pleito. “Quero deixar claro que não há nenhum constrangimento com o PP, mas eu tenho um compromisso de dar uma saída aos prefeitos que sofreram retaliações dos presidentes dos partidos, para que eles possam se candidatar. O Eduardo Alencar, por exemplo, meu irmão (prefeito de Simões Filho), apoiou Wagner e, logo depois, o presidente do PSDB, o Antonio Imbassahy, tomou a legenda dele. Em Cachoeira foi Tato que teve a legenda do PMDB retirada por Geddel, que também tirou da prefeita Domingas, de Governador Mangabeira. Como a saída jurídica é essa, é melhor do que eles ficarem submetidos ao julgo do bom ou mau humor dos presidentes dos partidos”, justificou. De acordo com Otto, o problema acontece porque a legislação brasileira é inadequada. “A Lei Eleitoral deu um poder imensurável aos presidentes. É a democracia com uma Lei Eleitoral ditatorial. O Congresso devia aprovar uma lei mais democrática”, criticou.
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