CALHEIROS QUER VOLTAR A PRESIDIR O SENADO
A impossibilidade de o senador José Sarney (PMDB-AP) se reeleger presidente do Senado em fevereiro de 2013 e a nova configuração de forças da bancada do PMDB na Casa anteciparam a disputa interna no maior partido da base governista. O líder da legenda, senador Renan Calheiros (AL), já se movimenta nos bastidores em uma campanha silenciosa, mas aparente, para manter a hegemonia da dupla, que há mais de uma década comanda o Congresso. O desafio de Renan é construir um novo projeto de poder que lhe permita sonhar com a volta à presidência. Apesar de o quadro ser complexo e desfavorável, segundo o Estadão, Renan aproximou-se do grupo de independentes conhecido como G8, que aportou no Senado contestando sua liderança sobre a bancada de 19 senadores, para minar sua coesão. O ex-presidente da Câmara Alta começou por convocar reuniões de bancada para ouvir os liderados, prática que já adotara durante todo o governo Lula. Além disso, também tratou de afagar os descontentes com relatorias importantes, mesmo que os nomes não fossem do inteiro agrado do governo.
BZ-VADE RETRO! Durante o tempo em que foi presidente do Senado, Renan Calheiros protagonizou uma das maiores crises políticas e institucional já vistas no país, com amante paga por um lobista, boi que produzia mais que qualquer outro, o famoso "boi de ouro", sociedades com "laranjas" e vai por aí. Numa negociação fajuta, foi forçado a renunciar ao cargo, para não ser cassado e ter direitos políticos suspensos.
ESTIMATIVA DE ARRECADAÇÃO DO GOVERNO FEDERAL SUBIU R$ 6,8 BILHÕES
Dados divulgados pelo Ministério do Planejamento na quarta-feira (20) mostram que o governo foi surpreendido pelo desempenho da arrecadação. O governo elevou em R$ 6,8 bilhões, de R$ 619,5 bilhões para R$ 626,3 bilhões a estimativa de impostos e contribuições federais deste ano, ante projeção feita apenas dois meses atrás. A principal explicação para esse crescimento é o Refis da Crise. O governo concordou em reduzir em 40% os juros e em 100% as multas para contribuintes que anteciparem o pagamento de parcelas. Esse aumento de receitas foi parcialmente anulado pelo fato de o governo haver cortado, em R$ 3 bilhões, de R$ 18,2 bilhões para R$ 15,2 bilhões, a expectativa de ingresso de recursos no caixa do Tesouro Nacional a título de pagamento de dividendos pelas empresas estatais. Segundo o Ministério do Planejamento, a revisão não se deveu a nenhum problema de desempenho nas empresas, e sim a um cálculo “mais realista”. Não há como saber o que de fato levou à queda na projeção de dividendos, mas o corte pode ser uma forma de amenizar os ganhos de receita para evitar pressões políticas por mais gastos, acredita o economista Felipe Salto, da consultoria Tendências. A arrecadação de impostos e contribuições administradas pelo governo federal bateu recorde de arrecadação no primeiro semestre de 2011. Entre janeiro e junho, a Receita Federal já mordeu R$ 471,39 bilhões dos brasileiros. O número é quase 12,7% maior do que o registrado no mesmo período de 2010. (R7)
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