DILMA NEGA POLÍTICA DO ‘TOMA LÁ, DÁ CÁ’ COM O CONGRESSO
A presidente Dilma Rousseff disse não se sentir refém dos aliados do governo, em entrevista exibida hoje no programa “Fantástico”. Ela também negou, mais uma vez, ter promovido uma faxina contra a corrupção, dizendo entender que o termo passa a ideia de que é simples acabar com o problema. Sobre a relação com aliados, a presidente afirmou que sua base no governo é composta de “pessoas de bem” e que é preciso “ter muito cuidado no Brasil para a gente não demonizar a política”. Ao ser questionada pela apresentadora Patrícia Poeta sobre como evitar a política do “toma lá, dá cá”, contrariada com a pergunta, disse: “Você me dá um exemplo do ‘dá cá’ que eu te explico o ‘toma lá’”. Em seguida, Dilma tentou descontrair: “Tô brincando contigo”. Depois, respondeu ao questionamento. “Eu não dei nada a ninguém que eu não quisesse. Nós montamos um governo de composição. Caso não seja de composição, não conseguimos governar.” A presidente falou também sobre ações de combate à corrupção, e explicou por que evita falar em faxina. “Acho a palavra errada, porque faxina você faz às 6h da manhã, e às 8h ela acabou. Atividade de controle do gasto público, na atividade presidencial, jamais se encerra.” Leia mais na Folha (para assinantes).
Ministro Paulo Bernardo, das comunicações |
COMISSÃO DE ÉTICA DA PRESIDÊNCIA ARQUIVA INVESTIGAÇÃO SOBRE MINISTROS
A Comissão de Ética da Presidência da República arquivou nesta segunda-feira a investigação de denúncias de irregularidades que teriam sido praticadas pelos ministros Paulo Bernardo (Comunicações), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e pelo presidente da Petrobras, José Gabrielli. No caso de Bernardo, a comissão analisou denúncias de que o ministro, segundo reportagens da revista “Época” e do jornal “O Globo”, viajou em avião da construtora Sanches Tripoloni – que realiza obras para o governo federal – e em aeronave de empresário do setor de agronegócios. O PPS questionou no mês passado se Bernardo infringiu assim o Código de Conduta da Alta Administração Federal. “Quanto aos aviões daquela empresa, não só houve um desmentido formal do ministro de que jamais utilizou aviões daquela empresa, como [houve desmentido] da própria empresa”, disse Sepúlveda Pertence, presidente da comissão. (Folha)
CIRO DIZ QUE POLÍTICA MONETÁRIA DO GOVERNO É ‘CRIMINOSA’
O ex-deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) criticou, nesta segunda-feira, a política monetária do Banco Central que reduziu a taxa de juros, após aumentá-la cinco vezes seguidas. Ele chamou a política cambial de “estúpida” e a monetária de “criminosa”, em palestra para cerca de 5.000 lojistas, durante a 52ª Convenção Nacional do Comércio Lojista, em Fortaleza (CE). “O grande problema brasileiro é a descoordenação absoluta, uma política de câmbio completamente estúpida, provocada por uma política monetária criminosa, porque o mundo inteiro está com taxa de juros negativa e o Banco Central brasileiro administrando a mais alta taxa de juros do mundo. A liquidez brasileira é sólida, absoluta, então você tem como ganhar muito, sem correr risco, e isso inunda o mercado brasileiro de dólar especulativo, a moeda brasileira se valoriza. E está aí a tragédia: não conseguimos exportar”, disse Ciro. (Folha)
BRASIL DÁ ’SINAIS MAIS CLAROS’ DE DESACELERAÇÃO, DIZ OCDE
O Brasil é o país que dá sinais mais claros de desaceleração econômica entre as principais economias do planeta, afirma a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico). De acordo com o relatório mensal da entidade, divulgado nesta segunda-feira, o indicador que antecipa a atividade econômica nos próximos seis a nove meses está mais fraco no Brasil que em qualquer outro dos principais países emergentes ou industrializados. O CLI (indicador composto avançado, na sigla em inglês) tem como base o valor 100, que representa a intensidade da atividade econômica no longo prazo. Depois de se recuperar dos efeitos da crise econômica de 2008, o Brasil vinha conseguindo manter um indicador levemente acima da tendência. Neste ano, porém, o CLI caiu abaixo dos 100 pontos, até chegar a 95 em julho. Em relação ao mês anterior, isto representa uma queda de 1,7%. “É um indicativo forte de que o Brasil terá uma desaceleração nos próximos seis a nove meses”, disse à BBC Brasil o porta-voz da OCDE Nadim Ahmad. Leia mais na Folha.
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