JEAN-PHILIP STRUCK/O ESTADO DE SÃO PAULO
Eleito com a promessa de moralizar a Assembleia Legislativa do Paraná --palco de escândalos em 2010--, o presidente da Casa, Valdir Rossoni (PSDB), recebe salário em dobro, ultrapassando o teto do funcionalismo.
Ao todo, o presidente ganha R$ 40 mil por mês. O salário de um deputado estadual no Paraná é de R$ 20 mil. De acordo com a Constituição, o salário do funcionalismo não pode ultrapassar o de um ministro do Supremo Tribunal Federal, que atualmente é de R$ 26.700.
O pagamento extra recebido por Rossoni existe graças a um decreto de 1992, que após a publicação passou a beneficiar com mais um salário quem ocupa a presidência da Assembleia. Além de Rossoni, outros quatro deputados que ocuparam a presidência nos últimos 20 anos receberam o benefício.
A emenda que custeou a aquisição de equipamentos hospitalares superfaturados em até 500% foi liberada em tempo recorde pelo governo de São Paulo, à época sob a gestão de Alberto Goldman (PSDB). No dia 14 de dezembro, a então deputada Patrícia Lima (PR) solicitou R$ 2,2 milhões para a compra de equipamentos para o hospital São João, na cidade de Registro. Em menos de dez dias, o pedido foi aprovado e o convênio assinado pelo governo de São Paulo. Ontem a Folha revelou que dinheiro foi usado pela Apamir (Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância de Registro), entidade que controla o hospital, para comprar produtos de uma empresa de fachada. O convênio foi assinado no dia 23, conforme publicação no “Diário Oficial”. (Folha)
MILHARES DE PESSOAS PROTESTAM EM BRASÍLIA CONTRA A CORRUPÇÃO.
Os milhares de manifestantes que participam da 2ª Marcha Contra a Corrupção protestam em frente ao Congresso Nacional. Os participantes do movimento gritam "Congresso, vergonha do Brasil".O grupo carrega uma enorma bandeira do Brasil e uma pizza gigante feita de lona. Algumas pessoas se acorrentaram em uma corda. Todos pedem pelo fim do voto secreto. Uma das organizadoras do movimento em Brasília, Luciana Kalil, afirma que "a união da população brasiliense que fará a grande diferença neste movimento".Ela relata que está colhendo assinaturas pedindo o fim do voto secreto e a aplicação da Ficha Limpa. Os participantes também defendem o fim do foro privilegiado, a revisão dos critérios para aprovação de emendas e a promulgação do projeto de lei que caracteriza a corrupção como crime hediondo.
BZ-Interessante notar que nas fotos das passeatas (como acima), não se encontram bandeiras da CUT, da Força Sindical, da UNE, etc... Parece que estas entidades, normalmente muito aguerridas e engajadas na luta contra a corrupção, de um tempo para cá, amofinaram ou mudaram de ponto de vista.
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