Andreza Matais e Fernando Mello, Folha de S.Paulo
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, foi funcionário-fantasma da Câmara dos Deputados por quase seis anos. Ele ficou pendurado na folha de pagamento da Casa, com lotação na liderança do PDT, de dezembro de 2000 a junho de 2006. No período, ele exercia atividades partidárias, como vice e presidente da sigla.
A Folha ouviu assessores, deputados e ex-deputados do PDT. Os funcionários do partido em Brasília, que pediram para não ser identificados, confirmaram que Lupi não aparecia no gabinete da Câmara e se dedicava exclusivamente a tarefas partidárias.
Os parlamentares, entre eles ex-líderes da bancada do partido, disseram que nunca tinham ouvido falar que o hoje ministro fora contratado pela Câmara nesse período.
Lupi ocupava um CNE (Cargo de Natureza Especial) e recebia o maior salário pago a um assessor da sigla. Um cargo igual a esse paga hoje em dia R$ 12 mil por mês, o que daria R$ 864 mil no período em que Lupi ocupou a vaga.
JUSTIÇA DE SÃO PAULO DECRETA O SEQUESTRO DOS BENS DE KASSAB
Juliana Cardilli/G1
A Justiça de São Paulo decretou, nesta sexta-feira, o sequestro dos bens do prefeito Gilberto Kassab (PSD), do secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge (PV), de treze empresários e de seis empresas, entre elas a Controlar e a CCR. A decisão foi tomada pelo juiz Domingos de Siqueira Frascino na ação civil proposta, na quinta-feira, pelo Ministério Público (MP) na 11ª Vara da Fazenda de São Paulo, na qual a promotoria aponta a existência de uma fraude bilionária no contrato da Inspeção Veicular Ambiental de São Paulo. Na liminar, o juiz negou o pedido do MP para afastar o prefeito do cargo. Ao mesmo tempo, determinou a manutenção da inspeção veicular por considerá-la importante para o meio ambiente, mas fixou um prazo de 90 dias para a Prefeitura fazer uma nova licitação afim de romper o contrato com a Controlar por causa dos crimes, das ilegalidades e irregularidades apontadas pelo MP. A Prefeitura ainda não se manifestou sobre a sentença. (Estadão)
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal realizam nesta sexta-feira (25) a operação "Anjos do Asfalto", que cumpre 27 mandados de busca e apreensão em sete estados e no Distrito Federal, para prender quadrilha acusada de desviar mais de R$ 30 milhões no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A ação envolve 160 policiais federais e 20 analistas da Controladoria-Geral da União (CGU). A Justiça Federal determinou o imediato afastamento do cargo de cinco agentes públicos que deveriam fiscalizar e acompanhar a execução da obra de pavimentação asfáltica da BR-429, que liga o município de Presidente Médici a Costa Marques, em Rondônia, em que foi detectado o desvio de verba. Conforme noticia o jornal O Estado de S. Paulo, a empresa que executou a obra utilizou material de baixa qualidade. Agentes públicos responsáveis pela fiscalização seriam convenientes e se omitiram com relação às irregularidades, mediante promessa e recebimento de vantagens indevidas.
NEGROMONTE ADMITE QUE PEIXOTO MANDOU REFAZER PARECER
André Lessa/AE
O ministro das Cidades, Mário Negromonte, admitiu hoje, em entrevista à rádio EstadãoESPN que seu chefe de gabinete, Cássio Peixoto, pediu a reanálise da nota técnica que vetava a troca da obra de uma linha rápida de ônibus (BRT) para outra de veículo leve sobre trilhos (VLT) em Cuiabá (MT). E afirmou que o fez sem sua ordem. “Ele (Peixoto) solicitou a reanálise do projeto”, disse. “Agora, ele não fez a meu mandado, não.” Na entrevista, Negromonte negou fraude no caso, chamou o repórter do Grupo Estado de mentiroso e desligou o telefone durante a conversa. Conforme revelado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, documento forjado pela diretora de Mobilidade Urbana da pasta, Luiza Vianna, com autorização do chefe de gabinete do ministro, adulterou parecer que vetava a intenção do governo de Mato Grosso de trocar a implantação de BRT pela construção de um VLT e assim respaldou tecnicamente um acordo político que mudou o projeto de infraestrutura da Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá. (Agência Estado)
Um ex-senador e duas dezenas de servidores decidiram mover ações judiciais contra o Senado. Acusam a Casa legislativa de transgredir a lei. Sustentam que parte da verba descontada dos contracheques a título de contribuição previdenciária não foi repassada ao INSS ou a institutos de previdência. Chama-se Tião Viana (PT-AC) o ex-senador que vai à Justiça contra o Senado. No ano passado, elegeu-se governador do Acre. Os outros queixosos trabalhavam no gabinete de Tião como servidores comissionados. Davam expediente em Brasília e no escritório do parlamentar no Estado. Tião chegou ao Senado em 1999. Médico concursado, optou por contribuir para o AcrePrevidência, fundo de pensão dos funcionários públicos acreanos. Ao checar seus extratos, Tião se deu conta da anomalia: nem tudo o que lhe descontaram no Senado desceu às arcas do instituto. Leia mais no Blog do Josias.






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