INTERNACIONAIS

26/11/2011

ITÁLIA É FORÇADA A PAGAR OS JUROS MAIS ALTOS DA HISTÓRIA DO EURO

Jamil Chade, O Estado de S. Paulo

Os desentendimentos entre líderes europeus custam caro ao continente: o acesso da Itália a créditos internacionais chegou ao limite, a Bélgica teve sua nota de risco rebaixada e os mercados deixaram claro que não acreditam que a União Europeia tenha uma estratégia para lidar com a crise.

Ao emitir na sexta-feira € 2 bilhões com vencimento em dois anos, a Itália foi obrigado a pagar taxa de juros de 7,8%, a mais alta do país desde a criação do euro, no final de 1999. Outros € 8 bilhões foram emitidos, com prazo de seis meses, a uma taxa de 6,5%.

Na prática, o preço cobrado pelo mercado é um sinal claro de que os investidores não confiam na capacidade do governo de Mario Monti de superar a crise. Países como Grécia, Portugal e Irlanda tiveram de ser socorridos com a taxa próxima de 7%.

 

 

APÓS MORTE DE MILITARES, SÍRIA PROMETE NOVAS REPRESÁLIAS

O Globo

Cada vez mais isolada e diante de uma crescente força interna, o Exército sírio anunciou na sexta-feira que vai “cortar todas as mãos malignas que tentem atacar com sangue a Síria”, numa demonstração de que a crise da violência no país pode piorar.

Segundo ativistas, 18 pessoas foram mortas em Homs, Deir el Zor e Deraa na sexta-feira. Mais cedo, Damasco divulgou a morte de dez soldados numa emboscada supostamente orquestrada por estrangeiros na quinta-feira.

EM PROTESTO RECORDE, EGÍPCIOS REJEITAM MEDIDAS DE MILITARES E NOVO PREMIÊ

Lourival Sant’Anna/ESTADÃO, enviado especial

CAIRO - Mais de 100 mil pessoas ocuparam nesta sexta-feira, 25, a praça Tahrir, no centro do Cairo, na maior manifestação desde o início da última onda de protestos, há uma semana. Foi mais uma eloquente rejeição às medidas tomadas pela junta militar - a última delas a nomeação de um novo premiê, Kamal Ganzouri, de 78 anos, que já ocupou o cargo entre 1996 e 1999, durante o governo de Hosni Mubarak, deposto em fevereiro por protestos semelhantes.