LUPI BURLOU JUSTIÇA ELEITORAL AO SE CANDIDATAR AO SENADO EM 2002
Jailton de Carvalho, O Globo
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi (foto acima), não pediu afastamento do cargo de assessor da liderança do PDT para se candidatar ao Senado pelo Rio em 2002. Levantamento preliminar da assessoria da Mesa da Câmara informa que não consta licença de Lupi entre janeiro de 2001 e maio de 2006.
Nesse período, o ministro estava na lista de auxiliares do líder do PDT em Brasília. Pela lei complementar 64, de 1990, funcionário público, sem cargo de chefia, é obrigado a se licenciar com, pelo menos, três meses de antecedência da eleição, caso queira se candidatar.
Pela lei 8.112, que rege o funcionalismo público, Lupi poderia pedir licença remunerada para concorrer ao Senado. Mas teria que abrir mão da gratificação legislativa e, com isso, perder 50% do salário.
Lupi foi contratado para um cargo de natureza especial 07. Hoje, o salário de um servidor classificado nessa categoria gira em torno de R$ 12 mil. A não desincompatibilização do cargo é considerada uma falta grave e poderia implicar na perda do mandato, caso o ministro tivesse sido eleito.
DILMA NÃO QUER O AMOR BANDIDO DO LUPI.
A presidente Dilma Rousseff ironizou nesta sexta-feira (2), em Caracas, a declaração de amor feita a ela pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), no mês passado e disse que fará uma análise "objetiva" para decidir, a partir de segunda, se ele permanece na pasta. Questionada se o "Dilma, eu te amo" lançado por Lupi durante sessão da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara no dia 10 havia influenciado a decisão da mandatária de mantê-lo no cargo até agora, apesar do parecer contrário da Comissão de Ética da Presidência, ela respondeu: "Eu tenho 63 anos de idade, uma filha com 34 anos, um neto de um ano e dois meses. Eu não sou propriamente uma adolescente e eu diria também [que não sou propriamente] uma romântica. Acho que a vida ensina a gente. Acho que a gente tem de respeitar as pessoas, mas eu faço análises muito objetivas." "Qualquer situação referente ao Brasil vocês podem ter certeza que eu resolvo a partir de segunda-feira", continuou. (CN)
MANTER LUPI É UM 'ERRO', DIZ REPRESENTANTE DA TRANSPARÊNCIA INTERNACIONAL
"Isso abala [a imagem do governo]. Segurar um ministro que tem denúncias de corrupção só prejudica a imagem dela e do governo. Se não demitir, talvez a própria comissão se demita. Talvez exista essa possibilidade.", disse Jorge Sanchez, presidente da Amarribo Brasil, que representa a Transparência Internacional no país. Segundo Sanchez, a decisão vai ter "efetivamente prejuízo" na imagem do governo. Para ele, a permanência de Lupi descredencia o colegiado. Informações da Folha




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