UM GERENTE PARA PRESIDENTENa quinta-feira, ao aceitar a missão de tentar reconquistar a Casa Branca para os republicanos, Mitt Romney fez um discurso eficiente e sólido, mas que não será lembrado na história. Ele disse que o atual ocupante do imóvel não correspondeu às expectativas. Em termos profissionais (nada pessoal), Barack Obama, portanto, deve ser demitido. Romney, porém, não levantou demais as expectativas, com foco no cotidiano econômico, sem fazer menção de sacrifícios em tempos difíceis e recorreu a típicas banalidades de oratória.
Num país com excesso de déficit (fiscal e de confiança nos políticos), não se recomenda um superávit de promessas (ok, ok, no discurso tivemos as promessas de praxe de um candidato de unir o país, restaurar sua grandeza e gerar um montão de empregos), mas é um risco para Romney investir em uma campanha com o mote de que gerente também pode ser presidente.
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