SUÍÇA VAI DEVOLVER AO BRASIL PARTE DO DINHEIRO DESVIADO POR ‘LALAU’
Jamil Chade, Estadão.com.br
Depois de doze anos de investigações e processos, a Justiça suíça vai devolver aos cofres públicos brasileiros parte da fortuna do ex-juiz Nicolau dos Santos Neto que estava no paraíso fiscal há duas décadas.
O Tribunal Federal suíço rejeitou na segunda-feira, 3, o terceiro recurso apresentado pelo ex-juiz e decidiu que seus ativos deverão ser repatriados para o Brasil. Desta vez, não cabe recurso e os US$ 6,8 milhões que estavam congelados em Genebra devem ser transferidos nas próximas semanas.
BZ-Só para lembrar, o juiz Lalau roubou do povo brasileiro, algo em torno dos 200 milhões de dólares.
Lá se foi o tempo em que os políticos exibiam a própria biografia como um símbolo de conduta reta, íntegra, ilibada. Fernando Collor, por exemplo, parece ter vergonha da própria biografia – e não é para menos. Com uma ficha que dispensa apresentações, Collor preferiu exibir na sua página pessoal na internet uma biografia abreviada na qual fica entendido que a vida política do “líder alagoano” começou em 2006, com a eleição para o Senado. Do mandato relâmpago no Planalto (só uma rápida citação “presidente da República 1990 a 1992″), passando pelo impeachment no Congresso, os rituais de magia negra na Casa da Dinda e as conversas com PC Farias, tudo foi esquecido por Collor. (Radar On Line / Veja)
Jamil Chade, Estadão
Os advogados de Paulo Maluf sofrem uma derrota na Justiça de Jersey e a Corte Real da ilha rejeita mais uma tentativa de adiar o julgamento em relação ao destino do dinheiro que estaria congelado em contas no paraíso fiscal. Para a corte, a iniciativa dos advogados de Maluf de apresentar um recurso era “tático” e concorda com a versão dos advogados da prefeitura de São Paulo de que os argumentos para pedir o adiamento seriam “cinicos”. Há cerca de um mês, a Corte concluiu as audiências em torno do caso aberto pela prefeitura de São Paulo para reaver o dinheiro que Maluf teria desviado das obras da Avenida Águas Espraiadas e que estariam no paraíso fiscal. O julgamento permitiu que, pela primeira vez em uma década, documentos fossem liberados mostrando que a família de Maluf administrou contas no exterior, algo que o ex-prefeito sempre negou. O Estado revelou na época com exclusividade detalhes dessa gestão e o fato de que os advogados de defesa admitiram que Maluf era beneficiário dessas contas, enquanto seu filho Flávio era diretor de uma das empresas para onde o dinheiro era enviado. Uma decisão deve ser tomada nos próximos meses. Mas, enquanto isso, a corte tem sido obrigada a se pronunciar sobre tentativas dos advogados de Maluf de impedir que uma decisão seja anunciada. Leia mais no Estadão.
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