19/04/2014
MARCOS MEDRADO AMEAÇA RETIRAR APOIO PROMETIDO À CANDIDATURA DE RUI COSTA
Lilian Machado/Tribuna
Um dos aliados do palanque eleitoral do pré-candidato Rui Costa (PT) à sucessão estadual sinalizou estremecimento nas relações com o governo.
Um dos motivos seria o tratamento dispensado a Diego Medrado, filho do presidente da sigla, o deputado federal Marcos Medrado, que chegou a assumir o cargo de diretor de Orçamento da Bahiatursa, mas desistiu da função, após uma conversa com o presidente do órgão, Fernando Ferrero.
Além de Medrado, integram o partido, os deputados federais, Arthur Maia e Luiz Argolo.
O SDD não participou da última reunião do Conselho Político e enviou uma carta a Rui Costa, cobrando compromissos firmados anteriormente.
Nos bastidores houve rumores de possível aliança com a oposição, liderada pelo pré-candidato ao governo Paulo Souto (DEM), mas o fato foi negado pelo líder partidário.
O DESENCANTO
Ilimar Franco, O Globo
As últimas pesquisas, avalia um pesquisador, revelam que os eleitores estão descrentes com a política.
Ao mesmo tempo em que pedem mudança, há estabilidade na posição dos candidatos.
E é elevado o percentual de não respostas e de indecisos. A presidente Dilma já não agrada tanto.
Mas Aécio Neves e Eduardo Campos, mesmo com a recente exposição na TV, não estão empolgando. A incredulidade é ampla, geral e irrestrita.
IBOPE REVELA DISPUTA POLARIZADA ENTRE PT E PSDB
A oscilação negativa da intenção de voto da presidente Dilma Rousseff (PT) não se reverteu em um aumento da preferência do eleitorado para os pré-candidatos de oposição.
“Dilma tem uma oscilação negativa que é significativa, porque pode indicar uma tendência de queda, mas o que a gente vê é uma estabilidade cômoda das candidaturas de oposição”, afirma o cientista político Vitor Marchetti, professor da Universidade Federal do ABC, ao Broadcast Político, serviço de notícia em tempo real da Agência Estado.
Segundo o especialista, no retrato exibido nesta quinta-feira, 17, pela pesquisa Ibope, é interessante notar que, apesar de ter um desempenho melhor do que o de Eduardo Campos (PSB), a ex-senadora Marina Silva (PSB) não parece conseguir extrair votos nem de Dilma nem de Aécio Neves (PSDB).
Marchetti também chama atenção para o fato de que votos brancos, nulos e indecisos somam 37%, o mesmo porcentual de intenção de votos da favorita, Dilma Rousseff. Diante desse cenário, o cientista político acredita que há pouco espaço para uma terceira via, o objetivo de Campos.
“É bem possível que ainda tenhamos uma eleição no padrão dos anos anteriores, em que o PSDB e o PT dividiram boa parte dos votos”, disse Marchetti.
Ele lembra que mais da metade dos votos válidos tem se concentrado nas candidaturas dessas duas siglas desde 1994 e que, considerando as pesquisas recentes, uma alternativa a essa polarização não se consolidou.
Para ele, o discurso de esgotamento da polarização está “mais no Facebook do que nas urnas”. Letícia Sorg, Agência Estado
CAMPOS PROPÕE ‘NOVO DESENVOLVIMENTISMO’ PARA A ECONOMIA
O pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, pretende centrar seu programa econômico de governo no “novo desenvolvimentismo”.
Essa proposta, segundo Campos, agregará os projetos de desenvolvimento econômico com sustentabilidade, respeitando o tripé responsabilidade fiscal, metas de inflação que sejam de fato cumpridas e câmbio flutuante.
“É imperioso recuperar a confiança dos investidores”, ressaltou Campos, em entrevista ao Estado.
O ex-governador afirma que o mercado e os grupos econômicos têm grande curiosidade e expectativa sobre suas propostas para a área.
“Vamos deixar muito claro que todas as regras previstas para os contratos serão cumpridas.
Não haverá mudanças no meio do caminho. Quando o empresário investir no Brasil, saberá que não terá surpresas.”
Os economistas Eduardo Gianetti da Fonseca e André Lara Rezende chefiarão a equipe que vai cuidar dos projetos econômicos.
Os dois são ligados à ex-ministra Marina Silva, sua candidata a vice. Campos pretende começar a tornar as propostas da área conhecidas a partir do dia 30, quando o PSB fará um seminário em São Paulo, que reunirá economistas e empresários. João Domingos e Marcelo de Morais, Agência Estado
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