sexta-feira, 24 de outubro de 2014

NACIONAIS

24/10/2014

APÓS PT PEDIR CONVOCAÇÃO DE AÉCIO À CPI, PSDB QUER DILMA 


Na guerra de requerimentos na CPI mista da Petrobras, antes do segundo turno, o PSDB decidiu contra-atacar o PT. 
Os petistas apresentaram pedidos para convocar o presidenciável tucano Aécio Neves e outros quatro integrantes do partido a fim de investigar se integrantes da legenda se beneficiaram do esquema de corrupção na estatal. 
O PSDB, por sua vez, decidiu devolver na mesma moeda e apresentou nesta quinta-feira, por meio do deputado Izalci (DF), requerimentos para chamar a candidata à reeleição Dilma Rousseff e o ex-ministro Antonio Palocci para falar sobre o financiamento eleitoral da campanha dela em 2010. 
Izalci pede que Dilma seja convidada para falar à CPI sobre reportagem publicada no final do mês passado pela revista Veja, segundo a qual o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou nos depoimentos prestados na delação premiada que, em 2010, havia sido procurado por Palocci, então coordenador do comitê eleitoral do PT, para repassar R$ 2 milhões para a campanha de Dilma, por meio do doleiro Alberto Youssef. 
Por se tratar de convite, caso seja aprovado, Dilma pode recusar a comparecer. 
No caso de Palocci, pelos mesmos fatos, o deputado do PSDB quer convocá-lo. Se o pedido for aprovado, ele não pode se recusar a comparecer à CPI mista. 
Nos bastidores, o pedido dos tucanos tem mais cunho político para marcar posição, tendo por objetivo fazer o contraponto da ofensiva à petista. 
Ou seja, eles nem sequer devem ser apreciados. No início das investigações da CPI, os deputados do DEM Rodrigo Maia (RJ) e Onyx Lorenzoni haviam apresentado um pedido para convocar Dilma para que ela falasse, entre outros fatos, sobre a suspeita de irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). 
No início de junho, o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), se recusou a colocar em votação o requerimento com a justificativa de que não havia amparo regimental para ouvir Dilma. Ricardo Brito, Estadão Conteúdo 


OAB DEFENDE MOBILIZAÇÃO COMO ÀS DA DIRETAS JÁ PARA APROVAR REFORMA POLÍTICA 


Para aprovar a reforma política será necessária uma mobilização semelhante ao movimento pelas eleições diretas, defendeu hoje (23) a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no encerramento do Congresso Nacional de Advogados. 
O secretário da Comissão Especial de Mobilização pela Reforma Política Democrática da OAB, Aldo Arantes, destacou que o projeto defendido pela entidade e mais 102 instituições vai requerer grande envolvimento da sociedade para passar no Legislativo. “Uma proposta dessa natureza tem dificuldade de passar no Congresso, mas, se a sociedade se mobiliza, consegue. 
A influência dessa pressão sobre o Congresso é muito forte. Portanto, o pressuposto absolutamente necessário é o envolvimento da sociedade”, disse Arantes. 
Acrescentou que este debate será a principal pauta política do ano que vem: “é necessária uma reforma política democrática, que assegure uma identificação entre a representação política e as aspirações da maioria da sociedade. Por isso, apresentamos esse projeto. 
Temos o dever e o papel de mobilizar a sociedade em algo semelhante ao que foi a Diretas Já”. O ponto mais importante a ser aprovado pela reforma política, na visão da OAB, é o fim do financiamento de empresas às campanhas, com a permissão apenas de financiamento público ou de pessoas físicas, com valor limitado. 
Outro, é a votação legislativa em dois turnos, quando os eleitores votariam, primeiro, nos projetos dos partidos, para depois escolherem seus candidatos entre os partidos eleitos. 
“Isso faz com que o debate se coloque em outro patamar, que a eleição não se dê em torno de pessoas, mas de projetos para o país, reduzindo o número de candidatos e de partidos de forma democrática e consolidando política e ideologicamente os partidos do país”, defendeu Aldo Arantes. Vinícius Lisboa, Agência Brasil
BZ-O movimento "DIRETAS JÁ" foi um dos pontos altos da democracia no Brasil, e mesmo não tendo conseguido seu intento principal, a aprovação pelo Congresso, da emenda Dante de Oliveira, que restabelecia o voto direto para presidente, tornou inviável, a continuação no poder, do regime militar de 1964, e abriu caminho para a eleição de Tancredo Neves.

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