06/11/2014
ITAMARATY QUESTIONA ATIVIDADES DE MINISTRO VENEZUELANO NO BRASIL
O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, chamou nesta quarta-feira o encarregado de negócios da Venezuela, Reinaldo Segóvia, para manifestar a insatisfação do governo brasileiro com as atividades do vice-presidente e ministro para o Poder Popular das Comunas e Desenvolvimento Social, Elías Jaua, no Brasil.
Figueiredo afirmou a Segóvia que o governo brasileiro viu com “estranheza” o fato de Jaua ter vindo ao País sem informar e ter tido uma agenda de trabalho, inclusive com assinatura de acordos, e que isso poderia significar uma “interferência” nos assuntos internos do País.
Figueiredo cobrou explicações do governo venezuelano. De acordo com o ministro, o diplomata foi informado de que o Brasil considera que “o fato não se coaduna com o excelente nível das relações entre os dois países”.
A decisão de chamar o representante diplomático da Venezuela – o embaixador está viajando – foi conversada com a presidente Dilma Rousseff depois de ter virado notícia do fato de Jaua ter usado seu tempo no Brasil, em que teoricamente estaria acompanhando a mulher em um tratamento médico, para assinar um convênio com o Movimento Sem Terra (MST), além de outras ações relativas a seu cargo de ministro.
Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, a visita silenciosa de Jaua, que não informou o Itamaraty sobre a sua viagem, causou mal estar no governo brasileiro.
Apesar de não ser obrigatório no caso de uma visita particular, seria de praxe um aviso. No caso do ministro venezuelano, que ainda fez algumas atividades de trabalho, a situação ficou ainda pior.
Ontem, a Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou um convite para que Figueiredo dê explicações sobre a passagem do venezuelano pelo Brasil. Lissandra Paraguassu, Estadão Conteúdo
BZ-Esse malandro bolivariano vem para o Brasil para trazer a esposa para tratamento médico, e sem nenhuma permissão de nossas autoridades, vai aos movimentos sociais fazer agitação.
OBAMA PEDE US$ 6,2 BI AO CONGRESSO PARA COMBATE AO EBOLA
O presidente americano, Barack Obama, pediu que o Congresso aprove US$ 6,2 bilhões em fundos de emergência para enfrentar a epidemia de ebola em sua origem, na África Ocidental, e para proteger os EUA contra a possível propagação do vírus.
Funcionários do governo afirmaram que US$ 2 bilhões seriam enviados para a Agência para Desenvolvimento Internacional dos EUA, US$ 2,4 bilhões iriam para o Departamento de Saúde e Serviços Humanos e outros US$ 1,5 bilhão seria destinados a um fundo de contingência.
O pedido é o primeiro de Obama após o resultados das eleições que marcam o início do período controlado pelos republicanos no Congresso.
A Casa Branca pediu uma ação imediata, o que significa que quer a aprovação durante a atual sessão, enquanto os democratas ainda estão no controle do Senado.
Os republicanos têm sido especialmente críticos em relação à resposta doméstica à epidemia, condenando a coordenação com os estados e questionando as medidas de segurança.
O escritório do presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner, disse que o pedido seria analisado. “Nós vamos continuar a trabalhar com os nossos membros e com a administração para garantir que estamos fazendo tudo o que podemos para proteger o público dessa doença mortal”, afirmou o porta-voz de Boehner, Kevin Smith. Associeated Press
SUL DOS EUA ELEGE PRIMEIRO SENADOR NEGRO DESDE O FIM DA GUERRA DA SECESSÃO
Os norte-americanos da Carolina do Sul elegeram o primeiro senador negro do Sul do país desde o fim da Guerra de Secessão, segundo projeções das televisões norte-americanas.
Ele é o primeiro senador negro depois do período chamado de Reconstrução, que terminou em 1877, com a retirada das tropas federais do Sul dos Estados Unidos.
Tim Scott, um republicano de 49 anos, obteve a vitória histórica no estado onde teve início, em 1861, a Guerra da Secessão. Scott já exercia, contudo, desde janeiro de 2013, o cargo de senador, em substituição a seu antecessor que havia renunciado.
A eleição de Scott marca um significativo contraste em relação ao senador Strom Thurmond, que representou a Carolina do Sul durante décadas, e foi um radical opositor da igualdade racial que lutou durante anos pela segregação.
Há seis anos, o senador Barack Obama tornou-se o primeiro presidente negro dos Estados Unidos ao derrotar o rival republicano John McCain nas urnas.
Filho de um queniano e de uma americana, Obama substituiu George W. Bush, que estava havia oito anos no governo. Aluno de Harvard, Obama foi o primeiro negro a presidir a revista universitária Harvard Law Review. Agência Brasil
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