quinta-feira, 27 de novembro de 2014

NACIONAIS

27/11/2014
ALIADOS CHANTAGEIAM DILMA ESCANCARADAMENTE 

Josias de Souza 
O que assusta na marcha resoluta de Dilma Rousseff rumo ao arcaico é sua crueza explícita. 
Se a sessão mais recente do Congresso serviu para alguma coisa foi para informar à presidente reeleita que ela não deve esperar nenhuma colaboração altruísta dos seus aliados. 
Ficou entendido que, no segundo mandato, os sócios do empreendimento governista enquadrarão a presidente da República em três leis: a lei da oferta e da procura, a lei do mais forte e a lei da selva. 
O fato de os partidos aproveitarem a hora para exigir definições sobre o rateio dos ministérios e otras cositas não deveria surpreender o Planalto. 
O pessoal está apenas exigindo a consideração que Dilma não demonstrou no primeiro mandato, quando ainda se achava uma gerente extraordinária. 
A presidente encomendou uma meia-sola para disfarçar o rombo nas contas de 2014. Os aliados querem ajudar. Mas exigem recompensa compatível com o valor do conserto —são regras do mercado persa. 


VEREADORA DISCURSA SEM CALCINHA EM DESAFIO A DECLARAÇÃO MACHISTA DE PARLAMENTAR 


Uma vereadora de Aracaju (SE), Lucimara Passos (PCdoB), fez um discurso inusitado e feminista na tribuna da Câmara, nessa terça-feira (25), contra o colega Agamenon Sobral (PP). 
O político afirmou na última semana que uma mulher que quis se casar sem calcinha era uma vagabunda e teria dito que ela merecia "uma surra". 
Durante o discurso, Lucimara tirou uma calcinha do bolso, mostrou aos colegas e disse que estava sem a peça íntima em protesto contra Agamenon. 
"Hoje vim com um vestido mais curto. Também trouxe a minha calcinha no bolso. Alguém pode me chamar de vagabunda? Alguém pode dizer que tenho de ser surrada? 
Os senhores não podem me julgar, nem julgar uma mulher pela roupa que ela veste, em função da calcinha que usa ou se não usa. Isso não define o meu caráter. 
Será que vão me dar uma surra quando eu descer daqui?", questionou, para silêncio da casa. 
De acordo com o Uol, a vereadora pediu punição ao colega que fez o pronunciamento. 
"Esse vereador já cometeu aqui vários crimes. Antes de chamar a mulher de vagabunda, dizer que merecia uma surra, disse que ia começar a andar armado, que a população tinha de se armar, que tinha de pendurar bandido de cabeça para baixo. 
E essa Casa não fez nada para puni-lo; tornou-se conivente com esse vereador; não disse a ele que ele não pode proceder dessa maneira", afirmou. 
Já Agamenon disse que a vereadora estava querendo "aparecer" e pediu para ser investigado. 
"É direito do vereador contestar. Sobre a Comissão de Ética, quero que seja efetivada porque já cansei de provar várias vezes sobre tudo o que trato aqui. 
Não tenho medo. A vereadora pode vir para tribuna de calcinha ou sem, como quiser, o problema é dela."
BZ-No passado as feministas queimavam os sutiãs.  


DEPUTADOS ARTICULAM AUMENTO DE SALÁRIO NO CONGRESSO E NO EXECUTIVO 


Os parlamentares querem elevar a partir de janeiro seus próprios salários, além dos vencimentos da presidente Dilma Rousseff, do seu vice, Michel Temer, e dos 39 ministros. 
A previsão é de reajuste de R$ 26.723 para R$ 33.769. O aumento tem como base o acumulado dos últimos quatro anos do índice oficial de inflação (IPCA), que segundo os técnicos é de 26,33%. 
Os congressistas, além dos salários, têm direito a apartamento funcional ou auxílio-moradia de R$ 3.800 e verba indenizatória de até R$ 41 mil para deputados e R$ 44,2 mil para senadores. 
O mais recente aumento dado aos congressistas e aos integrantes do Executivo federal ocorreu em dezembro de 2010. Erich Decat, Estadão 


SENADO APROVA GUARDA COMPARTILHADA DE FILHOS DE PAIS SEPARADOS 


O plenário do Senado aprovou hoje (26) o projeto de lei que garante a guarda compartilhada de filhos de pais divorciados, mesmo que não haja acordo entre as partes. 
A matéria tinha sido aprovada de manhã, pela Comissão de Assuntos Sociais, e foi enviada, em regime de urgência, para apreciação pelo plenário da Casa, passando à frente de outras pautas na fila de votação. 
O texto muda a atual redação do Código Civil, que tem induzido juízes a decretarem guarda compartilhada apenas nos casos em que há boas relações entre os pais após o fim do casamento. 
A ideia é que esse tipo de instituto seja adotado justamente quando se faz mais necessário: nas separações conflituosas. 
O projeto prevê também a necessidade de divisão equilibrada do tempo de convivência dos filhos com cada um dos pais. 
Além disso, estabelece multa para escolas e estabelecimentos que se negarem a dar informações sobre o filho a qualquer um dos pais. 
Ainda segundo o projeto, serão necessárias autorizações dos dois pais para os casos em que o filho menor de idade venha a mudar de município ou em caso de viagem ao exterior. 
A aprovação foi comemorada pelo presidente da Associação de Pais e Mães Separados (Apase), Analdino Rodrigues Paulino. “Foi uma vitória fantástica, nós estamos há 12 anos lutando pela guarda compartilhada”, disse. Mariana Jungmann, Agência Brasil

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