terça-feira, 20 de janeiro de 2015

ESCANDALÔMETRO: MENSALÃO, TREMSALÃO, PETROLÃO...

20/01/2015
GABRIELLI DIZ AO TCU QUE DILMA TEM DE SER RESPONSABILIZADA POR PERDAS DE PASADENA

Em defesa apresentada ao Tribunal de Contas da União, o ex-presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli pede para ser excluído, junto com outros dez ex-integrantes da Diretoria Executiva da estatal, do processo que determinou que o bloqueio de bens dos executivos responsáveis pela compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. 
Caso o pedido não seja aceito, solicita que o Conselho de Administração que autorizou o negócio em 2006 seja responsabilizado pelo prejuízo da compra e tenha o mesmo tratamento dos ex-diretores: todos precisam ser ouvidos no processo e ter o patrimônio congelado. 
 Dilma Rousseff era presidente do Conselho de Administração da estatal à época. O argumento da hoje presidente da República para ter aprovado o negócio é que o conselho se baseou em um resumo técnico “falho” e “incompleto” a respeito do negócio. 
Segundo concluiu o tribunal, o prejuízo da Petrobrás com o negócio foi de US$ 792 milhões. 
A defesa de Gabrielli argumenta que o Conselho de Administração teve tanta ou mais responsabilidade do que a Diretoria Executiva na compra da refinaria. 
BZ-Como presidente de Conselho de Administração da Petrobrás, na época em que a compra da refinaria de Pasadena foi autorizada, a presidente Dilma tem culpa sim. Ela poderia ter pedido, por exemplo, mais um ou dois pareceres técnicos de empresas de consultoria independentes, especializadas no negócio de petróleo e refinação, para respaldar melhor a decisão a ser tomada, que envolvia mais de 780 milhões de dólares. Não o fez e errou. Deu no que deu, e agora tem que responder na forma da lei. Resta saber até onde ela está envolvida.  

PF INVESTIGA CERVERÓ POR PREJUÍZO DE US$ 700 MILHÕES EM ANGOLA 

por Ricardo Brandt e Fausto Macedo/Estadão 
O ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró foi apontado na Polícia Federal por suposto prejuízo proposital em um negócio de exploração de petróleo em Angola, na África, que teria gerado um dispêndio de US$ 700 milhões. 
O caso passou a ser investigado após depoimento prestado sob sigilo por um funcionário de carreira da estatal, no Rio, que procurou os policiais um mês após ser deflagrada a Operação Lava Jato, em março de 2014. 
O informante citou o nome de Cerveró - preso na Operação Lava Jato - em um negócio de US$ 700 milhões, que contrariou pareceres internos, e teria gerado prejuízo proposital como forma de desviar recursos públicos. 
Funcionário de carreira com 30 anos de serviços prestados à Petrobras, o informante procurou os delegados para denunciar indícios de crimes e "má gestão proposital" na estatal"
"Um dos projetos que teve como objetivo o prejuízo internacional da Petrobras foi o bloco de exploração em Angola", afirmou o informante em depoimento de quatro horas, realizado no dia 28 de abril de 2014, no Rio. 
Conta ele que quando foi aberto leilão internacional para compra dos direitos de exploração de blocos petrolíferos em Angola, a estatal analisou o negócio. "Diversos pareceres de geólogos da Petrobras foram redigidos analisando o potencial de exploração de cada um deles. 
Estes pareceres apontavam indícios de que a Petrobras não deveria sequer participar do leilão, pois não havia indícios de lucros ou rentabilidade na exploração de tais áreas." 
Com base nesses pareceres, a Petrobras não entrou no leilão. "Alguns anos depois, a Petrobras decidiu comprar 50% dos direitos de exploração deste poços arrematados no leilão pelo mesmo valor que a empresa inicial arrematou a totalidade". 
A empresa vencedora teria pago US$ 500 milhões pelo negócio na época do leilão. O custo de 50% do direito aos blocos, no entanto, custou à Petrobras "exatamente a mesma quantia paga anos antes por 100% dos direitos" - US$ 500 milhões 
"Existem indícios de que o dinheiro repassado à ganhadora do leilão foi uma forma de desvia-lo da Petrobras e sugere que se investigue se houve retorno deste capital ao Brasil ou a contas controladas pelo envolvidos, no exterior", registra a PF, em documento anexado em novembro aos autos da Lava Jato, conforme revelou o Estado. 
Na época, reportagem mostrou que o informante havia apontado o envolvimento de Cerveró e do lobista Fernando Antônio Falcão Soares, o Fernando Baiano, em suposto desvio de propina na refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. 
BZ-Quem faz negócios, às vezes ganha, às vezes perde. Mas em negócios dolosos, feitos propositadamente para dar prejuízos a empresa, no caso a Petrobrás só perde, e os corruptos ganham. 


JANOT AUMENTA FORÇA-TAREFA QUE CUIDA DA LAVA-JATO 

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai ampliar a força-tarefa montada em seu gabinete com o objetivo de acelerar as investigações da Lava-Jato. 
A partir de hoje, Janot terá ao seu lado mais oito integrantes do Ministério Público Federal. 
O novo grupo será coordenado pelo procurador regional Douglas Fischer.
O anúncio oficial da medida será feito ainda hoje. A força-tarefa vai durar seis meses. Está chegando a hora dos políticos. E de outras empreiteiras. Por Lauro Jardim/VEJA 
BZ-E aumentam as nossas esperanças de que seja feita uma apuração rigorosa dos fatos e que o processo a ser encaminhado ao STF, tenha a consistência necessária para permitir a condenação de todos os culpados.


COM DESPESAS SIGILOSAS, GASTOS COM CARTÕES CORPORATIVOS DO PLANALTO SOBEM 51% 

Este é o famoso cartão de crédito corporativo usado por dezenas de altos funcionários do governo federal.
Eles compram e gastam, a gente paga a conta, sem ao menos o direito de saber o que está sendo pago.
O gabinete da Presidência da República elevou em 51% os gastos com cartões corporativos em 2014, com 99% das despesas sendo declaradas sigilosas. 
O montante foi de R$ 8,8 milhões de reais, sendo que em 2013 o total havia sido de R$ 5,8 milhões, em valores já corrigidos, segundo levantamento divulgado pela Veja. 
Os gastos de Dilma e sua equipe mais próxima constituíram uma média de R$ 24.007,00 por dia em 2014, incluindo feriados e fins de semana. 
Os cartões corporativos, oficialmente chamados de cartões de pagamento do governo federal, só podem ser usados para compra de material e contratação de serviços de pequeno vulto, em caráter excepcional. 
Despesas com passagens aéreas e diárias de hotéis, por exemplo, estão vetadas.
BZ-A farra continua, e continuará enquanto tiver quem pague as contas: você, eu, NÓS.

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