sábado, 3 de janeiro de 2015

ESCANDALÔMETRO: MENSALÃO, TREMSALÃO, PETROLÃO...

03/01/2015
LAVA-JATO: SEM ALARDE, CGU NEGOCIA COM EMPREITEIRAS 


Sem alarde, o novo chefe da Controladoria-Geral da União, Valdir Simão (foto), está desde o mês passado tratando muito de perto da turma de empresas encrencadas com a Lava-Jato. 
Em encontros fora de agenda, se reuniu com algumas empreiteiras tentando uma solução para que elas não passem à condição de inidôneas e “parem o país”. Por Lauro Jardim 


GRUPO OAS QUER VENDER TODOS OS SEUS NEGÓCIOS, MENOS UM 

A OAS está de pernas para o ar, como consequência, claro, da Lava-Jato. O controlador Cesar Mata Pires (foto) contratou a G5/Evercore, empresa de investimentos e reestruturações, para vender os negócios do grupo. 
A ordem de Mata Pires é se desfazer de tudo, exceto a própria construtora, origem de tudo. 
Há duas semanas, praticamente todos os executivos das empresas OAS foram demitidos, menos da construtora. Por Lauro Jardim/VEJA 


OAS DÁ CALOTE DE US$ 16 MILHÕES EM JUROS DE TÍTULOS EM DÓLAR 

O GLOBO NOVA YORK 
A construtora OAS — que aparece entre as envolvidos no escândalo de corrupção da Petrobras — não pagou US$ 16 milhões em juros de títulos em dólares (bonds) com vencimento em 2021. Por isso, a agência de avaliação Fitch Ratings baixou a nota de crédito da companhia para C. 
Os papéis da construtora brasileira, que somam US$ 400 milhões, despencaram de 90 centavos de dólar em novembro para 33 centavos de dólar, em meio às alegações de pagamento de propina para obtenção de contratos da Petrobras. 
A companhia ainda tem 30 dias para fazer o desembolso antes de se considerar oficialmente inadimplente. 
Mas, de acordo com a Fitch, é provável que deixe de pagar os juros e o principal de títulos emitidos em real na semana que começa no dia 5. A construtora vem enfrentando dificuldades para obter linhas de crédito e pagamento de seus clientes. 
Daí que optou por preservar recursos no caixa para se manter operacional, conforme a Fitch. 


SAI DE BAIXO: CAMARGO CORRÊA NEGOCIA ACORDO DE DELAÇÃO PREMIADA 

A Camargo Corrêa está negociando os termos de um acordo de delação premiada. Não se trata de um acordo de leniência. Mas, repita-se, de delação. A possibilidade acendeu a luz amarela entre as outras empreiteiras. Por Lauro Jardim/VEJA 


ODEBRECHT QUER DEVOLVER O MARACANÃ PARA O GOVERNO DO RIO DE JANEIRO 

Qual é mesmo o papel de um estádio como o Maracanã, dentro de um grupo industrial como Odebrecht?
São intensas neste momento as negociações entre o governo do Rio de Janeiro e a Odebrecht, concessionária do Maracanã. 
Pelo contrato, a empreiteira pode devolver o Maracanã neste mês. E é exatamente isso que ela propôs. 
Mas Luiz Fernando Pezão pediu que a Odebrecht fique até pelo menos a Olimpíada. 
Para isso, alguns itens do contrato devem ser alterados. Como a empreiteira não quer arranjar briga com o governo do Rio, o acordo, em novos termos, tem tudo para ser fechado. 
O Maracanã é fonte de um prejuízo mensal de 5 milhões de reais para a maior empreiteira do Brasil. Por uro Jardim/VEJA
BZ-Depois da euforia, dos contratos superfaturados, das maracutaias diversas, e no momento em que novas negociatas estão sob a atenção de todos, o melhor mesmo é devolver. Agora ainda que mal pergunte, qual o interesse de um grupo industrial como o Odebrecht, controlar um estádio de futebol?

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