segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

ESCANDALÔMETRO: MENSALÃO, TREMSALÃO, PETROLÃO...

23/02/2015
O BRASIL QUE SABOTA O BRASIL 

Não bastasse o fato de que uma das empreiteiras do escândalo do Petrolão vem sendo blindada sistematicamente para que não se chegue ao “capo di tutti capi” – o grande picareta – e seu poste amestrado fincado no coração de nossa república bananeira, temos uma oposição que não se opõe, uma justiça injusta e corporativa, uma economia capenga e um povinho que não deixa nada a dever ao pior do talibanismo. 
Enquanto alguns planejam uma grande manifestação em 15 de março, parte da imprensa tenta pateticamente – para não dizer peteticamente – dizer o que pode e o que não pode ser escrito nos cartazes dos indignados, sem no entanto esboçar um pingo sequer de protagonismo e encabeçar alguma parte nobre do movimento dos descontentes. VLADY OLIVER/VEJA 


ALELUIA COBRA APURAÇÃO DO MPF À DENÚNCIA DE EMPREITEIRO 


Diante das revelações do empreiteiro baiano Ricardo Pessoa, publicadas na edição de Veja desta semana, o deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA) cobra do Ministério Público Federal a apuração das denúncias que envolvem o governador da Bahia, Rui Costa, o ministro Jaques Wagner, o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, a presidente da República, Dilma Rousseff, e o ex-presidente Lula no escândalo do petrolão. 
Em entrevista ao site da revista (veja.com.br), Aleluia diz: “O Ministério Público sabe que tem que denunciar todas essas pessoas. E isso inclui o governador da Bahia, Rui Costa, o ex-governador da Bahia Jaques Wagner, o ex-presidente da Petrobras Sergio Gabrielli, o ex-presidente Lula e a presidente Dilma”. Ainda na matéria, Aleluia afirma: “Não dá pra ficar com o sentimento de que quem vai para a cadeia são os achacados e nunca os achacadores. 
O ex-presidente Lula estabeleceu no governo dele um esquema de que só trabalhava [na Petrobras] quem pagava. Para ser empreiteiro no Brasil tinha que pagar propina para Lula”. Para o deputado baiano, o Ministério Público deveria pedir a prisão preventiva de autoridades que, segundo ele, estão interferindo nas investigações sobre a Operação Lava Jato. 
“Quem com porcos se mistura farelo come. E Lula criou um chiqueiro na Petrobras. Por isso, não tem cabimento estarem soltos o ex-diretor Renato Duque, o tesoureiro João Vaccari Neto e o próprio Lula.


NA BOCA DOS DELATORES 

A Odebrecht não teve nenhum executivo preso. E sempre que é necessário publica desmentidos veementes rechaçando qualquer ligação com a Lava-Jato. 
Apesar disso, os delatores continuam a envolvê-la no Petrolão. Entre os treze que já fizeram delações premiadas, quatro a citaram: Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco, Alberto Youssef e Júlio Camargo. 
Nos depoimentos, o nome da construtora aparece pelo menos 62 vezes, em 38 páginas nas delações já tornadas públicas. 
Estes números ainda devem aumentar. Shinko Nakandakari, ex-gerente da Odebrecht, fechou acordo de delação para contar o que sabe. 
Entre os delatores, Costa, que disse ter recebido 31,5 milhões de dólares da Odebrecht em contas na Suíça a título de “política de bom relacionamento”, foi quem mais falou sobre a empreiteira em sua delação. Dos 35 termos da colaboração de PRC publicados pela Justiça, 17 trazem o nome da Odebrecht 35 vezes, em 22 páginas.Por Lauro Jardim/Veja


MINISTRO DA JUSTIÇA NEGA TER TRATADO DA OPERAÇÃO LAVA JATO EM ENCONTRO COM ADVOGADO DA UTC 

O ministro da Justiça José Eduardo Cardozo negou, em nota oficial emitida no último sábado (21), ter se reunido com o advogado da empreiteira UTC, Sérgio Renault, para tratar das investigações da Operação Lava Jato. No comunicado, Cardozo diz ainda que não tratou com Renault de um acordo de delação premiada para Ricardo Pessoa, dono da empresa. 
"O ministro da Justiça sempre garantiu a plena autonomia das investigações realizadas pela Polícia Federal, não admitindo qualquer interferênca indevida na sua condução", afirma a nota. Segundo o Valor Econômico, Cardozo disse ter encontrado com Renault, de quem é amigo, por acaso. 
BZ-A questão é a credibilidade do ministro. Mentiu, negou, tergiversou e agora quer que acreditemos nele. 

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