segunda-feira, 2 de março de 2015

ESCANDALÔMETRO: MENSALÃO, TREMSALÃO, PETROLÃO...

02/03/2015
LISTA REVELA 342 BRASILEIROS COM CONTAS NA SUÍÇA 
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A lista de 342 correntistas brasileiros do banco HSBC na Suíça e o relatório sigiloso da Receita Federal com o nome dos 15 primeiros brasileiros que estão sendo averiguados no caso "SwissLeaks" incluem contas correntes regulares (abri-las não é ilegal, desde que declaradas no imposto de renda), empresários, doleiros e suspeitos de ligação com o tráfico de drogas. 
O depósitos dos brasileiros neste banco totalizariam um saldo de US$ 7 bilhões entre 2006 e 2007. 
Documentos com dados de 106 mil pessoas com contas no HSBC da Suíça foram divulgados por um grupo internacional de jornalistas investigativos, o International Consortium of Investigative Journalism (ICIJ). 
A Receita Federal cruzou a lista de 342 investidores com dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), chegando aos primeiros 15 brasileiros, cujos nomes foram divulgados pela revista Época deste final de semana 
BZ-Qualquer brasileiro pode ter uma conta no exterior, desde que o Banco Central esteja informado, e a origem do dinheiro esteja declarada à Receita Federal. 


DOCUMENTOS REFORÇAM ACUSAÇÃO CONTRA CARTEL NA LAVA JATO 
Mário Goes
A Operação Lava Jato encontrou contratos e notas fiscais de consultoria que envolvem sete empreiteiras acusadas de cartel e corrupção na Petrobras firmados com a Riomarine Oil e Gas, que pertence a Mário Frederico de Mendonça Góes. 
Preso desde o dia 8, ele é acusado de ser um dos 11 operadores de propina na Diretoria de Serviços da estatal e carregador de malas de dinheiro para o ex-diretor da estatal Renato Duque. 
Os documentos reforçam a acusação contra as empreiteiras citadas na operação, na visão dos investigadores. A força-tarefa da Lava Jato encontrou 31 notas fiscais da Riomarine emitidas para a Andrade Gutierrez que totalizam R$ 5,3 milhões, e 14 notas para a UTC no total de R$ 9,7 milhões referentes a seis contratos – um deles uma parceria com a Odebrecht no valor de R$ 1,5 milhão. 
Há ainda seis notas para a OAS, no valor total de R$ 10,2 milhões; dez notas para a MPE (R$ 9,3 milhões) e outras 22 notas que totalizam R$ 5,1 milhões para o Consórcio Mendes Junior/MPE/Setal. As notas encontradas somam R$ 39,7 milhões. Mário Góes, como é conhecido, foi um dos principais alvos da nona fase da Lava Jato, chamada de My Way. 
Único a ter prisão preventiva decretada na ocasião, há fortes indícios de que ele continuou atuando até novembro de 2014, segundo os investigadores, mesmo após deflagrada a operação. O fato foi considerado “perturbador” pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos do caso. 
A suspeita dos investigadores é de que foram firmados contratos fictícios de consultoria para encobrir o pagamento de propina. De acordo com o juiz, faltam detalhes do trabalho feito e a contratação de funcionários para realizá-lo. Mateus Coutinho, Ricardo Brandt e Fausto Macedo, Estadão Conteúdo 


OPERADOR DE PROPINA ERA SÓCIO DE EX-GERENTE DA PETROBRÁS 
Avião comprado com o dinheiro da propina.
Nas buscas realizadas na casa e nas empresas de Mário Góes – único dos 11 operadores de propina da Diretoria de Serviços da Petrobrás que teve prisão decretada na Operação My Way, nona fase da Lava Lato, a Polícia Federal encontrou depósitos de R$ 2,5 milhões em uma lavanderia do investigado e do ex-¬gerente de Engenharia Pedro Barusco – delator dos processos. 
Considerado um medalhão entre os operadores de propina alvos da My Way, deflagrada no dia 5, o engenheiro naval Mário Frederico de Mendonça Góes foi sócio do ex-gerente de Engenharia na JPA Lavanderia Industrial Ltda, com sede no Rio, entre 2006 e dezembro de 2014 – formalmente até 2009 e depois disso por meio da família. 
“Foi apreendida tabela indicativa de depósitos realizados pela empresa Riomarine na conta da empresa JPA Lavanderia Industrial”, registrou o Ministério Público Federal, em parecer em que recomendou a manutenção de prisão de Góes. 
Ele está detido na custódia da PF, em Curitiba, desde 8 de fevereiro. A Riomarine Empreendimentos Marítimos é a empresa de Góes, aberta em 1987 quando era presidente da Sociedade Brasileira de Engenharia Naval (Sobena), que tinha sido citada por Barusco como empresa em que foi registrada uma aeronave de R$ 1,3 milhão comprada pelos dois com dinheiro de propina.

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