04/03/2015
LOBISTA ENTREGOU EXTRATOS DE CONTAS COM PAGAMENTOS PARA DUQUE
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O lobista Julio Gerin Camargo (foto), um dos delatores da Operação Lava Jato, entregou à Justiça Federal os extratos bancários de suas contas na Suíça e no Uruguai, por onde passaram US$ 10 milhões destinados ao ex-diretor de Serviços Renato Duque e ao seu braço direito, o ex-gerente de Engenharia Pedro Barusco no esquema de corrupção e propina na Petrobras.
Ao todo, são 59 depósitos, realizados entre dezembro de 2006 e abril de 2012, que totalizam US$ 10.452.005,53 e 1.410.059,30.
Os valores saíram de contas operadas pelo delator, em bancos na Suíça e no Uruguai, e foram parar em sete contas indicadas por Barusco e Duque.
São 7 contas registradas em 6 bancos: Santander Suisse Swift, Lloyds Bank, Credit Suisse, Banco Cramer, Commerzbank e Deutsche Bank. As contas que foram usadas para Camargo pagar propina a Duque e Barusco foram Rheem Peak, Torrey Corporation, Korat Investen, Sharky, Drenos, Maranelle e Maynard Services. A conta preferencial usada por Duque e Barusco foi a Rheem Peak no Banco Santander Suisse Swift, na qual foram feitos 29 depósitos. Ao todo, o delator afirmou que movimentou US$ 74 milhões em propinas e consultorias nas contas no exterior, entre 2005 e 2012, em nome de suas empresas offshores, como a Treviso e Piemonte. Camargo era consultor no Brasil das gigantes japonesas Toyo Engiineering Corporation e a Samsung Heavy Industries, na intermediação de contratos com a Petrobras – esta última, alvo de propina na construção de navios-sonda.
Para identificar os repasses que diziam respeito à propina da Diretoria de Serviços – cota do PT no esquema – entre o total movimentado por ele no exterior, Camargo entregou oito tabelas em que separou quais valores eram referentes aos pagamentos, para facilitar a identificação dos valores dentro dos extratos.
Uma dessas tabelas é a de Renato Duque/Pedro Barusco. Os repasses variavam entre US$ 20 mil e até US$ 900 mil e 122 mil e 154.016,29. Duque e Barusco receberam 27 depósitos em 2007, ano em que houve o maior número de transações. A maior parte do dinheiro foi mandada pela empresa Piemonte. Agência Estado
EMPREITEIRO PRESO DIZ TER ‘CONTRIBUIÇÃO RELEVANTE’ PARA A LAVA JATO
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O vice-presidente da Engevix Engenharia, Gerson de Mello Almada, pediu à Justiça Federal no Paraná, na segunda-feira, 2, para ser ouvido. Ele afirma que teria contribuição relevante para cognição dos fatos.
O empreiteiro está preso desde novembro de 2014, acusado de participar do esquema de corrupção e propina na Petrobrás investigado pela Operação Lava Jato. “Há muito pede ele para ser ouvido por V. Exa., com a intenção de trazer contribuição relevante para a cognição dos fatos, o que parece possível, sem maiores riscos à defesa técnica, depois de findas as oitivas das testemunhas”, diz o documento anexado aos autos da ação penal da Engevix. Segundo Almada, o interrogatório judicial pedido por ele não trará qualquer prejuízo processual.
O vice da Engevix foi denunciado pelo Ministério Público Federal por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. ‘Sendo certo que eventual fato novo pode autorizar V. Exa. a determinar nova inquirição do acusado, em prol da busca da verdade, ou do pleno exercício do direito de defesa dos réus, afirmou.
No fim de janeiro, a defesa do executivo afirmou em documento entregue à Justiça Federal que a estatal havia sido usada para bancar o “custo alto das campanhas eleitorais”.
De acordo com os advogados de Almada, “a Petrobrás foi escolhida para geração desses montantes necessários à compra da base aliada do governo e aos cofres das agremiações partidárias”. Agência Estado
CUNHA E RENAN SÃO INFORMADOS DE QUE ESTÃO NA LISTA DE JANOT
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Chegou no Supremo Tribunal Federal na tarde desta terça-feira, 3, a lista de parlamentares que serão investigados na Operação Lava Jato, enviada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
O ministro Teori Zavascki, do STF, deve deferir ou indeferir os pedidos de abertura de inquérito até esta sexta-feira, quando também tornará o conteúdo oficialmente público.
Dentre os que serão investigados estão os presidentes da Câmara e do Senado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL), respectivamente. Ambos foram informados pelo vice-presidente da República, Michel Temer, na última sexta-feira, 27, de que constam como relacionados na lista de Janot, como investigados na Lava Jato.
O vice-presidente recebeu Janot em sua residência oficial, o Palácio do Jaburu, na manhã de quinta-feira, 26, em agenda que só foi divulgada posteriormente. Na ocasião, foi divulgado que a reunião teve como assunto questões orçamentárias do Ministério Público Federal.
Os pedidos de abertura de inquéritos para investigar políticos citados na Operação Lava Jato devem chegar ainda nesta semana ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os casos serão encaminhados ao ministro Teori Zavascki, relator na Corte das ações relativas ao esquema de corrupção na Petrobrás.
A expectativa é que as peças, elaboradas com base nas delações do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, sejam enviadas por Janot nos próximos dias. O procurador-geral deve pedir, na maioria dos casos, que o STF autorize investigações contra parlamentares e autoridades com prerrogativa de foro mencionados pelos delatores.
Ele também pode oferecer denúncia diretamente, se achar que já há indícios suficientes de participação de políticos no esquema, ou solicitar o arquivamento do trecho da delação referente a algum nome.




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