25/05/2015
MPF DENUNCIA 6 E PEDE PRISÃO DE 1 POR CARTEL NO METRÔ
O Ministério Público Estadual denunciou seis executivos de quatro empresas por formação de cartel e fraude a licitações de R$ 1,75 bilhão para reforma das Linhas 1 e 3 do Metrô de São Paulo e modernização de 98 trens entre 2008 e 2009 (governo José Serra, do PSDB).
Um dos denunciados é um ex-diretor da Alstom, Cesar Ponce de Leon, de quem foi pedida a prisão preventiva.
Foram denunciados, ainda, executivos da Temoinsa, MPE e Tejofran. A Promotoria não aponta envolvimento de nenhum dirigente do Metrô.
A denúncia do Ministério Público Estadual foi revelada nesta sexta feira, 22, em reportagem do jornalista Wallace Lara, da TV Globo. Segundo o promotor de Justiça Marcelo Mendroni, que subscreve a acusação, os executivos ‘formaram conluios para evitar a efetiva concorrência, através de consórcios, sempre com divisões pré-determinadas dos objetos dos contratos”. Ele atribui aos denunciados ‘oligopólio em conluio’ para a prática de crime contra a ordem econômica. Diário do Poder
LOBISTA-CHEFE DE PASCOWITCH JÁ NÃO VIVE NO BRASIL
Fernando Moura, Pascowitch e o chefão Zé Dirceu |
O meticuloso trabalho da força-tarefa levou a Lava Jato a pôr as mãos nas figuras mais importantes do submundo da corrupção na Petrobras.
Mas no eixo Brasília-São Paulo causa espanto que ainda não tenha surgido nome de Fernando Moura.
Ligado a José Dirceu, foi o lobista – que hoje vive em Miami – quem sugeriu Renato Duque ao então ministro da Casa Civil de Lula para a Diretoria de Serviços da estatal.
Fernando Moura sempre foi considerado uma espécie de chefe do lobista Milton Pascowitch, preso na quinta (21), e do irmão dele, Zeca.
Atribuiu-se a Moura e ao ex-diretor do PT Silvio Pereira, aquele do Land Rover, a intermediação de interesses privados na Petrobras.
A pedido de Dirceu, Fernando Moura chegou a entrevistar candidatos a diretorias na Petrobras, ao lado de Silvio Pereira.
Dessa turma, Silvio Pereira sumiu, Renato Duque está preso e há anos Fernando Moura vive em Miami, sem descuidar dos seus interesses. Cláudio Humberto
LAVA JATO AVANÇA SOBRE CONTRATOS DO PRÉ-SAL
A força-tarefa da Operação Lava Jato deflagrou esta semana a primeira ofensiva para comprovar que o esquema de cartel e corrupção nas obras de refinarias e petroquímicas da Petrobrás, entre 2004 e 2014, foi reproduzido em contratos do bilionário mercado do pré-sal.
São obras de plataformas, construção e locação de navios e sondas de perfuração para exploração de petróleo – a maior parte deles vigente – que envolvem volume de investimentos público e privado superior aos projetos até agora sob escopo da operação.
No foco atual dos procuradores e delegados da Polícia Federal estão contratos da Sete Brasil – empresa criada pela Petrobrás em parceria com fundos de pensão públicos e privados e com três bancos – com cinco estaleiros para a construção, no País, de 29 sondas de exploração no fundo do mar.
Esses contratos somam US$ 25,5 bilhões. As empresas que compõem esses estaleiros são, em boa parte, as mesmas já suspeitas de formar um cartel e pagar propinas nos contratos das refinarias.
O estaleiro Atlântico Sul, controlado pela Camargo Corrêa, pela Queiroz Galvão e por investidores japoneses, é responsável pela construção de 7 sondas. O estaleiro Brasfels, do grupo estrangeiro Kepell Fels, de Cingapura, é responsável por 6 sondas.
O estaleiro Jurong Aracruz, controlado pelo grupo estrangeiro SembCorp Marine, também de Cingapura, é responsável por outras 7 sondas.
O estaleiro Enseada do Paraguaçu, controlado por Odebrecht, OAS, UTC e o grupo japonês Kawasaki, é responsável por mais 6 sondas. Por fim, o estaleiro Rio Grande, controlado pela Engevix, é responsável pela construção de 3 sondas. Ricardo Brandt, Fausto Macedo e Julia Affonso, Estadão Conteúdo
BZ-Antes de mais nada, é preciso explicar porque criaram a SETE BRASIL, para gerenciar o assunto das plataformas "off shore", que nos últimos 30 anos, vinha sendo exercido com sucesso pela Petrobrás. E ainda indicaram para presidente desta empresa, o Pedro Barusco, que foi gerente na Petrobrás, e acabou por devolver cerca de US$ 100 milhões que havia surripiado da empresa.
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