sábado, 10 de outubro de 2015

NACIONAIS

10/10/2015
PROCESSO DE IMPEACHMENT LIDERADO POR CUNHA PERDE FORÇA 

Eduardo Cunha ainda tem muita força, vai conseguir prorrogar por algum tempo, mas alguma hora ele vai ter que sair. Não tem como continuar depois de comprovado que mentiu, que escondeu as contas na Suiça. E um processo de impeachment liderado por ele perde a força política. 

POR MERVAL PEREIRA NOVA IDENTIDADE  

O PT, que nasceu de um movimento dos trabalhadores, mas foi ideologicamente lapidado pelos intelectuais de esquerda e pela igreja progressista, perdeu a identidade. Muitos dos ideólogos fugiram do partido, atacando-o de corrupto e até de direita. E a igreja, até então aliada, já não compartilha dos mesmos ideais que comungava quando da sua criação. A ética deu lugar aos interesses corporativos, e a honestidade, infelizmente, à corrupção. E o povo, cansado dessa desordem política, certamente terá dificuldade em distinguir esse PT reacionário, raivoso e intolerante, dos militares que até pouco tempo ocupavam o poder utilizando-se das mesmas práticas truculentas. Jorge Oliveira/Diário do Poder 

DILMA FICA, MAS CHEFE DO GOVERNO É WAGNER 

O ministro-chefe da Casa Civil do governo Dilma, Jaques Wagner, ganhou ares de Primeiro Ministro, esta semana, após a presidente Dilma ter praticamente jogado a toalha no cargo. 
Dilma revelou a interlocutores que acredita ter feito o que “achou certo”. 
Mas agora, diante da rejeição das contas do seu governo pelo Tribunal de Contas da União e o processo na Justiça Eleitoral, ela está “esgotada”. 
Dilma “passou o bastão” para Jaques Wagner, que é o representante quase-oficial no governo do ex-presidente Lula, o “mentor” da reforma. 
 O abatimento da presidente Dilma na primeira reunião ministerial após a desastrada reforma administrativa confirma a crise institucional. Dilma, visivelmente desalentada, mal falou durante o encontro e a reunião foi chefiada pelo ex-governador baiano e ex-ministro de Lula. 
Por enquanto, Wagner se transformou no chefe de fato do governo, negociando até cargos e indicações com parlamentares e aliados. Cláudio Humberto 
BZ-O ministro Jaques Wagner já está sendo chamado por certa parte da Imprensa, de “Primeiro Ministro”. 

NÃO HÁ PREJUÍZO SOCIAL A PESCADORES COM SUSPENSÃO DE SEGURO DEFESO, DIZ MINISTRA 

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou nesta sexta-feira, 9, que a suspensão por 120 dias do benefício pago a pescadores artesanais tem como objetivo regularizar a aplicação de recursos públicos usados para o pagamento desse benefício. “Não há prejuízo social para os pescadores e nem risco predatório para o meio ambiente”, informou, em nota. De acordo com ela, a suspensão do seguro defeso coincide com o fim do período de proibição da pesca e da liberação da atividade. 
A revisão do benefício vai ser feita por um grupo de trabalho formado por representantes de seis ministérios, além da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 
Kátia Abreu afirmou que a suspensão se justifica pela “discrepância” entre o número de pescadores artesanais registrados pelo censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o volume de recursos investidos no programa com base nos cadastros dos pescadores. 
Segundo a ministra, o valor pago de R$ 3,4 bilhões por ano indica um número próximo de 1 milhão de pescadores artesanais – número que diverge do censo oficial. Por isso, a necessidade de rever os critérios para a concessão dos benefícios.
Entre as irregularidades, há casos de beneficiários que usam o benefício como segunda remuneração, o que é vedado pela legislação. 
A contrapartida do pescador à Previdência (2% da venda do pescado bruto) não é fiscalizada. Por falta de monitoramento, ela é, em média, de R$ 10 ao ano. 
“Os beneficiários que fazem da pesca sua atividade e sustento fiquem tranquilos, pois o recadastramento é uma forma de proteger esse importante programa que faz justiça social àqueles que cumprem seu dever e ao meio ambiente”, finalizou a ministra. Estadão Conteúdo 

EX-TESOUREIRO DE LULA E DILMA DIZ QUE ACUSAÇÕES ‘SÃO INVERÍDICAS’ 
José de Filippi Júnior
O ex-tesoureiro das campanhas presidenciais de Lula, em 2006, e Dilma em 2010, José de Filippi Junior, afirmou em petição encaminhada à Justiça Federal no Paraná, sede da Lava Jato, que tem “pleno interesse em ser ouvido e esclarecer os fatos investigados”. 
A manifestação foi encaminhada pela defesa do ex-tesoureiro ao juiz Sérgio Moro na quinta-feira, 8. 
Na petição, José de Filippi refuta as acusações do empreiteiro e delator na Lava Jato, Ricardo Ribeiro Pessoa. Dono da UTC Engenharia, apontada como carro-chefe do cartel de construtoras que assumiu o controle de contratos bilionários na Petrobras entre 2004 e 2014, Ricardo Pessoa afirmou ter sido apresentado por José de Filippi a João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT preso na Lava Jato. 
Ricardo Pessoa também afirmou que as doações de sua empresa ao PT vinham da propina do esquema de corrupção na Petrobras. Segundo o delator, de 2004 a 2014, a UTC repassou R$ 20,5 milhões em propinas no esquema da Petrobras ao PT. 
José de Filippi, que foi tesoureiro das campanhas de Dilma e Lula, diz que as informações sobre as doações para o partido são “inverídicas” e pediu acesso à investigação. 
“Por fim, o peticionário (Filippi) manifesta sua intenção de colaborar com a investigação, estando à disposição de Vossa Excelência e da Polícia Federal, por seus advogados, podendo, no período em que estiver viajando, através deles receber as comunicações que se fizerem necessárias.”, conclui o documento encaminhado à Justiça Federal. Estadão Conteúdo

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