sexta-feira, 27 de novembro de 2015

AÇÃO DE DELCÍDIO É A PROVA DE QUE A COMPRA DA REFINARIA DE PASADENA FOI UMA GROSSA SEM-VERGONHICE

27/11/2015
De tanta ferrugem em seis equipamento, a refinaria foi apelidada de "ruivinha".
Nós, da imprensa, estamos dando pouco destaque a uma questão da maior relevância. Querem ver? 
Por que é que um senador então respeitado, como Delcídio do Amaral, com trânsito no PT e na oposição, líder do governo no Senado, paparicado pela imprensa — e, de fato, ele sempre foi um homem cordial —, se mete a planejar uma operação da pesada, criminosa (e não é coisa leve), arriscando-se a ser, como foi, desmoralizado? 
Bem, é a lógica dos apostadores, não é? Jogou alto porque o prêmio era grande. 
Ou, vá lá, é a lógica dos apostadores no lado escuro da sorte: jogou alto porque, a verdade vindo à tona, ele teria muito a perder. 
O que pesava contra Delcídio, então? A acusação de Fernando Baiano, segundo a qual ele levara entre US$ 1 milhão e US$ 1,5 milhão de propina na compra, pela Petrobras, da refinaria de Pasadena. 
Era só Fernando Baiano falando? Pois é… Ocorre que Nestor Cerveró, o homem que comandou a compra da sucata de Pasadena, estava fechando o seu acordo de delação premiada. 
E Delcídio viu o perigo crescer à sua frente — daí a necessidade de tirar do Brasil o “Nestor”, como ele chama, cheio de intimidade, o ex-diretor da Petrobras. 
Vamos ser claros? Se alguém ainda tinha alguma dúvida de que a compra da refinaria de Pasadena foi, independentemente de qualquer outra coisa, um escândalo monumental, agora não precisa ter mais. 
Vamos ser ainda mais claros? Vocês acham que Delcídio iria se meter nesse pântano se Baiano estivesse mentindo? Por: Reinaldo Azevedo/Veja
Na época, o senador Delcídio não era tão importante e recebeu US$ 1,5 Milhões, imagine quanto recebeu as pessoas que realmente tinham poder de decisão, a presidente Dilma inclusa.

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