17/12/2015
AZEREDO É CONDENADO NO MENSALÃO TUCANO
Azeredo, o líder do Mensalão do PSDB, um ensaio para os outros Mensalões. |
A juíza Melissa Pinheiro Costa Lage, da 9ª Vara Criminal de Minas Gerais, condenou hoje o ex-governador Eduardo Azeredo a 20 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
Azeredo foi identificado como o principal beneficiário do chamado "Mensalão Mineiro", esquema de desvio de recursos operado pelo publicitário Marcos Valério de Souza para abastecer o caixa dois da campanha do tucano à reeleição em 1998.
O esquema movimentou mais de R$ 100 milhões, dos quais R$ 54 milhões passaram pelas contas da SMP&B e DNA, de Valério. O Antagonista
CUNHA COBROU R$ 52 MILHÕES PARA LIBERAR DINHEIRO DO FI-FGTS, DIZ PGR
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De acordo com novas denúncias de delatores na Operação Lava Jato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cobrava propina para liberar dinheiro do FI-FGTS para empresas e recebia os valores em contas até agora desconhecidas, na Suíça e em Israel.
O documento foi revelado nesta quarta-feira, 16, pela revista Época.
Segundo a reportagem, no total, a PGR afirma que reuniu provas de R$ 52 milhões em propina, divididas em 36 prestações.
A revelação foi feita na delação premiada de Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior, da empreiteira Carioca Engenharia.
Ao contrário dos outros casos da Lava Jato, a dupla afirma que a propina foi cobrada diretamente por Cunha, em encontros pessoais. Os delatores detalham até os centavos da propina paga para receber R$ 3,5 bilhões do Fundo de Investimento do FGTS, o FI-FGTS, para uma obra no Rio.
O empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, também trocou mensagens diretas com Cunha, justamente para tratar da liberação de valores do FGTS.
Os documentos já foram, enviados ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, relator da operação Lava Jato que autorizou dezenas de buscas na última terça-feira. Diário do Poder
CERVERÓ CONFIRMA PAGAMENTO DE PROPINA A RENAN, JADER E DELCÍDIO
O ex-diretor de Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, confirmou em depoimento de delação premiada que pagou propina para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e aos senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e Delcídio do Amaral (PT-MT).
Preso no último dia 25, o petista teria recebido US$ 2 milhões do executivo.
Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, os pagamentos não seriam provenientes de uma única obra, mas de diversos contratos da diretoria comandada por Cerveró. Entre os contratos suspeitos de corrupção está o de construção de navios-sonda e da compra da refinaria de Pasadena (EUA).
Ainda de acordo com Folha, apesar da Área Internacional ser domínio do PMDB, a nomeação de Cerveró ocorreu por influência de Delcídio. Segundo o gestor, Jader e Renan receberam US$ 6 milhões em propinas em um contrato de navios-sonda, enquanto Delcídio obteve uma “comissão” de US$ 1,5 milhão por conta da compra da refinaria de Pasadena. Bahia Notícias
‘A ESTRUTURA DA PETROBRÁS ERA DO PT’, DIZ AMIGO DE LULA
Entre tantas revelações que fez durante seu interrogatório na Polícia Federal na segunda-feira, 14, uma em especial do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, chamou a atenção dos investigadores.
Ele afirmou que ‘a estrutura da Petrobrás era do Partido dos Trabalhadores’.
O delegado Filipe Hille Pace, da PF, insistiu para que Bumlai explicasse melhor sua afirmação.
Ele disse. “Sabia que o partido indicava grande parte dos nomes para ocupação de cargos essenciais.”
A Operação Lava Jato, até aqui, trabalhava com informações de que a influência do PT na Petrobrás teria ficado restrita à Diretoria de Serviços – com a nomeação do engenheiro Renato Duque, suposta indicação do ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu (Casa Civil/Governo Lula), ambos capturados por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.
Outras unidades estratégicas da estatal, durante o reinado da corrupção e dos desvios (2004/2014), foram administradas por outras agremiações políticas – PP dominou a Diretoria de Abastecimento e o PMDB controlou a Internacional, aponta a Lava Jato. Estadão Conteudo
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