29/12/2015
DE 3 MIL CARGOS QUE SERIAM EXTINTOS, DILMA SÓ CORTOU 346
Anunciada pela presidente Dilma Rousseff (PT) no início de outubro, a reforma administrativa previa a reduções de salários, de ministérios, de secretarias especiais e de cargos comissionados.
No entanto, a reforma mal saiu do papel. Pressionada a enxugar a máquina pública para cobrir o déficit de R$ 30,5 bilhões previsto na ocasião no Orçamento de 2016, a petista prometeu cortar ministérios e reduzir número de cargos de confiança, mas, até agora, os cortes foram pífios.
Segundo o jornal O Globo, dos 3 mil cargos que seriam extintos, apenas 346 foram efetivamente cortados.
Das 30 secretarias, só sete deixaram de existir. Dilma, o vice Michel Temer e os ministros teriam seus salários reduzidos de R$ 30.934,70 para R$ 27.841,23. Isso também ainda não aconteceu.
A previsão do governo era economizar com esses cortes R$ 200 milhões. O montante alcançado até agora foi de apenas R$ 16,1 milhões. O Globo
BZ-Por essas e outras, acreditamos que a presidente Dilma não tem mais credibilidade para enfrentar a difícil situação em que estamos.
APROVAÇÃO DA CPMF É DIFÍCIL, APESAR DA PRESSÃO DOS GOVERNADORES
Os estados estão quebrados e os governadores estão atrás de novos impostos.
Vão pressionar o Congresso para aprovar a CPMF e o governo para que fiquem com uma parte da arrecadação.
Mas é difícil aprovar mais imposto, nessa situação de desemprego e inflação. POR MERVAL PEREIRA
LUCRO DE BANCOS PODE ENCOLHER EM 2016 PELA 1ª VEZ EM DÉCADAS
O aumento do desemprego combinado com juros ascendentes deve sustentar a piora dos calotes nos grandes bancos no próximo ano, que caminha para ser ainda mais fraco sob o ponto de vista de oferta de crédito.
Além da previsível deterioração na qualidade dos ativos, efeitos adversos de maior tributação podem fazer com que o resultado em conjunto das maiores instituições do País - Bradesco, Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Santander - encolha, pela primeira vez em décadas, e que o retorno sobre o patrimônio fique abaixo dos tradicionais 20%.
As projeções indicam outro ano de avanço de apenas um dígito no crédito, principalmente porque não há apetite dos brasileiros para tomar empréstimos em um cenário de deterioração da economia brasileira e aumento do desemprego.
Os mais pessimistas apostam em estabilidade ou até mesmo encolhimento das carteiras, com exceção das linhas de imobiliário e consignado (com desconto em folha).
Na outra ponta, financiamento de automóveis vai continuar em queda, podendo se estabilizar apenas no final de 2017, segundo o Goldman Sachs.
Para o crédito em geral, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) projeta alta nominal de 7,8% em 2015 e no próximo ano. "O orçamento de 2016 vai carregar a expectativa de um Produto Interno Bruto (PIB) negativo para o próximo ano. A inadimplência deve aumentar, mas em um processo gradativo", avaliou o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, em recente conversa com a imprensa.
Até novembro, segundo dados do Banco Central, o crédito cresceu 7,4% ante um ano, totalizando R$ 3,177 trilhões. A expectativa é de alta de 7% neste ano, contra projeção de 9% no início de 2015. Caminha, assim, para renovar o menor patamar de alta em mais de uma década, conforme a base histórica do regulador. No ano passado, avançou 11,3%.
Já a inadimplência, levando em conta atrasos superiores a 90 dias, fechou o mês passado em 3,3%, contra indicador de 3,2% em outubro e 2,8% no mesmo período do ano passado. "Nesse ano, houve desaceleração um pouco mais rápida do crédito, o que é normal, uma vez que a demanda em 2015 foi menor, impactada pela postergação de decisões por parte de muitos participantes", avaliou Murilo Portugal, presidente da Febraban, em recente entrevista à imprensa.
"Os bancos também adotaram um cuidado adicional na hora de liberar recursos, em um esforço de avaliar com mais cautela os riscos nas operações", acrescentou.
A postura cautelosa para emprestar será mantida em 2016. Depois de priorizarem os segmentos de menor risco, os grandes bancos restringiram os empréstimos para a compra da casa própria, via elevação de juros e exigência de maior entrada, e reforçaram a negociação de créditos em atraso.
Até mesmo os adimplentes entraram na mira, em um esforço dessas instituições para evitar uma piora ainda mais acentuada dos calotes, uma vez que há impacto da Lava Jato no âmbito empresarial e do ambiente macroeconômico, que tem se refletido no orçamento das famílias. por Aline Bronzati/Estadão Conteúdo
BZ-Como se vê, mesmo os bancos brasileiros, recordistas mundiais em lucros, lucraram menos em 2015. Não perderam dinheiro, nem tiveram prejuízos. As empresas produtoras, perdem dinheiro, mas os bancos, apenas reduzem seus lucros.
REUNIÃO DE DILMA COM MINISTROS DA JUNTA ORÇAMENTÁRIA DISCUTIU CONTAS DA UNIÃO
Terminou nesta segunda, 28, a reunião da presidente Dilma Rousseff com os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Nelson Barbosa (Fazenda), Valdir Simão (Planejamento) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo).
Foi o primeiro encontro de Dilma com os membros da junta orçamentária depois da saída de Joaquim Levy do Ministério da Fazenda.
O encontro durou quase três horas. A reunião serviu, para entre outros temas, discutir o fechamento das contas da União deste ano.
Nesta tarde, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, publicou um texto pedindo uma “nova e ousada” política econômica para 2016, no qual pede o fim da “altas de juros e cortes de investimentos” e cobra a adoção de medidas para a retomada do crescimento em 2016. Falcão disse confiar na nova equipe econômica.
“Sabemos da competência, habilidade e capacidade de diálogo dos novos ministros Nelson Barbosa e Valdir Simão.
Confiamos em que eles deem conta da tarefa, mudando com responsabilidade e ousadia a política econômica.”
Com o texto, o presidente do PT junta-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e grupos sociais e sindicais que cobram a adoção de medidas concretas para acompanhar a entrada do novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Estadão Conteudo
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