segunda-feira, 18 de setembro de 2017

A VOLTA DOS MILITARES

18/09/20187 
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A cada dia que passa, noto que crescem as manifestações de pessoas (famosas ou não), a favor da intervenção dos militares no processo político brasileiro. 
Vejo isso nas páginas sócias e nos blogs noticiosos de tendências diversa. 
São apresentados como a grande solução para exterminar de vez com a corrupção que nos aflige, e que, apesar dos esforços de vários setores públicos (promotorias, procuradorias, policia federal, juízes de várias instâncias, tribunais, etc...). 
Gostaria que os defensores desta tese, meditassem um pouco sobre alguns apectos da questão, conforme listados abaixo. 
As Forças Armadas tem sua função bem clara e definida pela Constituição, e dentre elas não está o exercício da política partidária, embora não esteja vedado aos seus integrantes, exercer esse tipo de função, por decisões pessoal. 
Militares e civis, somos todos brasileiros, seres humanos, e nesta condição há gente de toda qualidade. Gente boa e ruim. Ninguém é melhor que ninguém. 
Uma intervenção militar no processo politico brasileiro atual, como querem alguns, certamente comprometeria o natural desenvolvimento e amadurecimento de nossa ainda frágil democracia. 
Tenho dito em muitas ocasiões, que se queremos uma democracia, teremos que pratica-la, usando os seus meios: leis, regulamentos, diálogos, negociações, eleições, votos, tribunais, instituições, etc... 
Recorrer a intervenções militares, todas as vezes em que temos dificuldades em encontrar soluções para resolver questões importantes (a corrupção é uma delas), significa passar ao país e ao mundo, um atestado de que os todos os civis brasileiros são incompetentes, corruptos, etc...o que não é verdade, nem muito menos desejável. 
Por outro lado, os militares também não são “panacéia” para todos os nossos males nem tampouco “regra três” que poderemos utilizar sempre que quiseremos, como quisermos e depois mandá-los de volta para os quartéis. Não é assim que funciona. A solução é resolvermos pelo voto. 
Ano que vem teremos eleições. Pense responsável e objetivamente a quem dar o seu voto. 
Você pode dizer que pessoas menos instruídas não tem esse discernimento. Pois nos preparemos para ajuda-las. 
Por último, queremos dizer que há muita gente de má fé, interessada em ver “circo pegar fogo”, querendo o “quanto pior melhor”, se escondendo atrás da tese de que os militares deveriam assumir o poder imediatamente. Isso é pura pilantragem. BZ PRESS

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