domingo, 15 de outubro de 2017

GOVERNO DEFENDE REVER PRISÃO APÓS 2ª INSTÂNCIA

15/10/2017 
Resultado de imagem para GOVERNO DEFENDE REVER PRISÃO APÓS 2ª INSTÂNCIA
Vamos nos libertar desses políticos desonestos, cruéis.
O governo Michel Temer defende a revisão da possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. 
Em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal, a Advocacia-Geral da União argumentou que a pena somente deve ser executada depois de esgotados todos os recursos da defesa, o chamado trânsito em julgado. 
Em outubro do ano passado, por seis votos a cinco, o Supremo decidiu pela admissibilidade da prisão após o recurso em segundo grau, ao negar liminar em ações ajuizadas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo PEN. 
O tema voltará a ser analisado no plenário em breve, uma vez que o relator Marco Aurélio Mello pretende liberar os processos para julgamento de mérito. 
Além da Presidência, o ministro solicitou informações ao Senado e à Câmara. 
O tema é alvo de polêmica e ainda divide a Corte. A decisão é criticada por advogados e defendida por integrantes do Ministério Público e do Judiciário, como o juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato. 
Ministros já sinalizaram que podem rever seus votos. Investigadores dizem que uma eventual mudança pode desestimular delações premiadas - uma colaboração pode ser fechada mesmo após a condenação e a prisão. 
A decisão de outubro passado, segundo a AGU, "flexibilizou o princípio da presunção de inocência".
"Em nosso regime constitucional, a presunção de inocência é direito fundamental e seus conteúdo e alcance influenciam todo o arcabouço jurídico criminal", escreveu o órgão do governo. 
A manifestação, obtida pelo jornal O Estado de S. Paulo, foi entregue pela AGU ao Supremo na quarta-feira. 
O documento é elaborado pelo advogado da União Rodrigo Pereira Martins Ribeiro. O despacho é da ministra Grace Mendonça. 
De acordo com a AGU, "a norma constitucional que consagra o postulado da presunção de inocência (artigo 5.º, LVII, da Constituição) deve ser compreendida como o princípio reitor do processo penal. 
Essa dimensão de regra de tratamento da presunção de inocência impõe a liberdade do acusado, como regra geral, no decorrer da persecução penal". A possibilidade de revisão do entendimento sobre o tema no STF agora deve depender do posicionamento de Alexandre de Moraes, sucessor de Teori Zavascki, morto em janeiro, e indicado por Temer. 
A corrente vencedora teve votos de Teori e Gilmar Mendes. No entanto, posteriormente, Gilmar passou a concordar com o voto de Dias Toffoli naquele julgamento, no sentido de que a pena deveria aguardar recurso especial no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para ser executada. 
É possível, porém, que Rosa Weber faça uma mudança na direção contrária à de Gilmar, aderindo à visão de que é possível a prisão após condenação em segunda instância. 
Ela já afirmou que "continua refletindo" sobre o tema. 
Se essas duas alterações ocorrerem, o placar estaria empatado, e o peso do voto decisivo estaria com Moraes. 
A incerteza sobre o tema preocupa o governo. "Tal julgamento gera uma grande instabilidade, tendo em vista que possivelmente diversos tribunais passarão a adotar esse entendimento (de cumprimento imediato da pena), afastando o disposto no artigo 283 do CPP (Código de Processo Penal)", escreveu a AGU. 
O CPP determina que a execução da pena resulta de sentença condenatória transitada em julgado - ou seja, quando não cabem mais recursos. 
"O trânsito em julgado da sentença penal condenatória ocorre no momento em que a sentença ou o acórdão torna-se imutável, surgindo a coisa julgada material. 
Não se verifica margem para que a expressão seja interpretada no sentido de que o acusado é presumido inocente, até o julgamento condenatório em segunda instância, ainda que interposto recurso para o Supremo Tribunal Federal ou Superior Tribunal de Justiça", afirmou a AGU. Breno Pires/Estadão
BZ-Grande parte dos brasileiros e das instituições, apoiaram a prisão depois da segunda instância, como um medida saneadora. Agora, o nefasto interesse dos políticos, querem mudar tudo isso, e voltar ao que era antes, uma sempre maior impunidade. Parece que os nossos políticos fazem curso de maldades contra o povo. Pois é hora de começarmos a pensar nas eleições de 2018. VAMOS FAZER JUSTIÇA  COM ...OS NOSSOS DEDOS, NA URNA ELETRÔNICA. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Espaço aberto para o leitor contribuir com o debate de forma qualificada. (O autor da matéria comentada ou o editor do blog dará uma resposta explicativa ao comentarista sempre que houver necessidade, abaixo do comentário).