20/11/2017
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O ex-assessor parlamentar do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), Job Ribeiro Brandão, afirmou em depoimento à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República (PGR) que fez “coletas de dinheiro em espécie” na sede da Odebrecht em Salvador (BA).
Ele disse ter ido “cerca de 5 ou 6 vezes” na sede da empreiteira onde esteve “com uma senhora de nome Lúcia com quem pegou dinheiro em espécie nessas ocasiões”.
As coletas foram feitas a pedido do ex-ministro Geddel Vieira Lima e de Lúcio, segundo depoimento ao qual o Estado teve acesso.
Segundo Brandão, Lúcio orientou que ele procurasse a “sua xará no prédio da Odebrecht”. Ele foi informado de que o dinheiro eram “doações de campanha”.
Lúcia da Odebrecht era Maria Lúcia Tavares, delatora e ex-secretária do Setor de operações estruturadas da Odebrecht.
O depoimento dela que levou a Lava Jato ao chamado ‘departamento de propina’ da empreiteira baiana. Job Brandão tem intenção de fazer um acordo de colaboração premiada.
Ele virou alvo da Tesouro Perdido após a PF identificar suas digitais em parte dos R$ 51 milhões encontrados.
O ex-ministro e o deputado Lúcio Vieira Lima são investigados pelo crime de lavagem de dinheiro. Lúcio Vieira Lima é alvo de um dos inquéritos abertos com base na delação de executivos da Odebrecht, suspeito de ter recebido R$ 1 milhão da empreiteira para ajudar na aprovação de legislação favorável aos interesses da companhia.
O nome de Geddel também é um dos citados em depoimentos de executivos da Odebrecht, sob suspeita de recebimento de propina enquanto esteve à frente do Ministério da Integração Nacional. Recentemente, o também delator Lúcio Funaro afirmou em acordo de colaboração premiada que o presidente Michel Temer dividiu com Geddel propina da Odebrecht.
O presidente nega envolvimento em qualquer irregularidade. Estadão


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