sábado, 2 de dezembro de 2017

EX-DEPUTADO ANDRÉ VARGAS DIZ A MORO QUE QUER DEVOLVER PROPINA E REFAZER A VIDA

02/12/2017
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Condenado duas vezes na Lava-Jato e alvo de uma terceira ação penal, o ex-deputado André Vargas disse ao juiz Sergio Moro, durante interrogatório nesta sexta-feira, 1º, que pretende devolver o dinheiro de propina e refazer sua vida, informa o site do jornal O Globo. 
Ele foi condenado a 13 anos e 10 meses de prisão por ter recebido cerca de R$ 1 milhão em vantagem indevida pela contratação da agência de publicidade Borghi&Lowe em licitações federais. 
Também recebeu pena de quatro anos e seis meses por lavagem de R$ 480 mil na compra de uma casa. 
O ex-deputado também foi acusado pelo Ministério Público Federal de ter recebido valores também na contratação da empresa de informática IT7 pela Caixa Econômica Federal. 
Vargas nega ter influenciado a decisão da Caixa. “Eu vou fazer a devolução, quero refazer minha vida”, disse Vargas ao juiz. 
“(..) Só fiz política, não fiz patrimônio. Não tenho evolução patrimonial a descoberto”, afirmou, dizendo não ter sido um deputado que ficava “mercadejando”. 
O irmão de André Vargas, Léon Vargas, também foi condenado na Lava-Jato e foi acusado de servir como ponte para propinas repassadas pelo doleiro Alberto Youssef. 
No depoimento a Moro, Vargas disse que não sabia dos negócios do irmão com Youssef, a quem conhecia há mais de 20 anos. Vargas foi um dos primeiros políticos flagrados na Lava-Jato. 
Nas escutas, foi pego combinando uma viagem de férias num jatinho pago pelo doleiro. Em delação premiada, o Youssef disse ter entregado R$ 1,62 milhão em dinheiro no apartamento funcional de Vargas em Brasília. 
O recebedor teria sido o irmão dele, Léon Vargas, também réu na ação. 
A contadora do doleiro, Meire Pozza, confirmou ter emitido notas fiscais frias para pagar propina aos irmãos Vargas. 
André Vargas negou as acusações e diz que Youssef mentiu. Alegou que não influenciou na contratação da empresa IT7, pois seu relacionamento com funcionários da Caixa e do Banco do Brasil era apenas de base política. 
O ex-deputado já teve a condenação de 13 anos confirmada em segunda instância. Ele está preso preventivamente desde abril de 2015 e, em breve, deve começar a cumprir a pena confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). Em nenhum momento Vargas havia admitido que recebeu a propina ou que tenha usado dinheiro ilícito na compra de sua casa em Londrina. Política Livre

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